Efeito do tratamento com melatonina sobre o potencial metastático de células de carcinoma ovariano.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/244258 |
Resumo: | O câncer de ovário (CO) é a quinta causa de morte por câncer no mundo. O CO possui uma alta taxa de malignidade pelo seu diagnóstico tardio, sendo muitas vezes confundido com outras patologias ginecológicas, apresentando alta incidência no período pós-menopausa, quando há a senescência ovariana. A transição epitélio-mesenquimal é um processo pela qual a célula epitelial polarizada sofre uma conversão fenotípica para invadir, migrar e gerar metástase em órgãos distantes. A melatonina (N-acetil-5-metoxi-triptamina), hormônio secretado pela glândula pineal, exerce inúmeras funções antioxidantes, antitumorais e imunomodulatórias, e o baixo nível de melatonina na célula tumoral pode estar relacionado com a progressão tumoral. O presente trabalho evidenciou o potencial da melatonina como agente antitumoral e antimetastático em células de câncer de ovário (linhagem SKOV-3) e testou se os efeitos são dependentes do receptor de membrana MT1. Para tanto, as células de CO foram expostas a concentração próxima da fisiológica de 3,4 µM (IC50), por um período de 24 h. Assim, foram avaliados os seguintes parâmetros pós-tratamento: contagem celular, ensaio de MTT, ensaio de anoikis, teste de invasão e migração celular, ensaios de western blotting para imunoexpressão da proteína E-caderina e Per-1, além da expressão gênica pra vimentina, twist e e-caderina, moléculas envolvidas na transição epitélio-mesenquimal (TEM). A melatonina demostrou efetividade para modulação dos genes estudados, reduzindo a expressão de Vimentina e Twist independente do receptor MT1; esses genes estão relacionados com mudança de fenótipo celular, perdendo característica epitelial e ganhando característica mesenquimal, facilitando a TEM. A melatonina regulou de forma positiva o gene CDH1e a proteina E-caderina, responsáveis pela ancoragem celular, de maneira dependente de seu receptor MT1. Além disso, a melatonina foi efetiva na diminuição do potencial invasivo e migratório das células de CO, independentemente de seu receptor MT1. Assim, a melatonina diminui fatores relacionados com a perda de fenótipo epitelial e aumenta fatores de ancoragem, sem, no entanto, afetar a resistência a anoikis. A melatonina auxilia na atenuação da TEM, mesmo em baixas concentrações em período de exposição de 24 h, podendo ser um aliado importante na terapia contra o CO. |
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Efeito do tratamento com melatonina sobre o potencial metastático de células de carcinoma ovariano.Effect of melatonin treatment on the metastatic potential of ovarian carcinoma cells.Câncer de OvárioMelatoninaTransição epitélio-mesnquimaE-caderinaPer-1VimentinaSobrevivência celularOvarian cancerMelatoninEpithelial-mesenchymal transitionVimentinE-cadherinCell survivalO câncer de ovário (CO) é a quinta causa de morte por câncer no mundo. O CO possui uma alta taxa de malignidade pelo seu diagnóstico tardio, sendo muitas vezes confundido com outras patologias ginecológicas, apresentando alta incidência no período pós-menopausa, quando há a senescência ovariana. A transição epitélio-mesenquimal é um processo pela qual a célula epitelial polarizada sofre uma conversão fenotípica para invadir, migrar e gerar metástase em órgãos distantes. A melatonina (N-acetil-5-metoxi-triptamina), hormônio secretado pela glândula pineal, exerce inúmeras funções antioxidantes, antitumorais e imunomodulatórias, e o baixo nível de melatonina na célula tumoral pode estar relacionado com a progressão tumoral. O presente trabalho evidenciou o potencial da melatonina como agente antitumoral e antimetastático em células de câncer de ovário (linhagem SKOV-3) e testou se os efeitos são dependentes do receptor de membrana MT1. Para tanto, as células de CO foram expostas a concentração próxima da fisiológica de 3,4 µM (IC50), por um período de 24 h. Assim, foram avaliados os seguintes parâmetros pós-tratamento: contagem celular, ensaio de MTT, ensaio de anoikis, teste de invasão e migração celular, ensaios de western blotting para imunoexpressão da proteína E-caderina e Per-1, além da expressão gênica pra vimentina, twist e e-caderina, moléculas envolvidas na transição epitélio-mesenquimal (TEM). A melatonina demostrou efetividade para modulação dos genes estudados, reduzindo a expressão de Vimentina e Twist independente do receptor MT1; esses genes estão relacionados com mudança de fenótipo celular, perdendo característica epitelial e ganhando característica mesenquimal, facilitando a TEM. A melatonina regulou de forma positiva o gene CDH1e a proteina E-caderina, responsáveis pela ancoragem celular, de maneira dependente de seu receptor MT1. Além disso, a melatonina foi efetiva na diminuição do potencial invasivo e migratório das células de CO, independentemente de seu receptor MT1. Assim, a melatonina diminui fatores relacionados com a perda de fenótipo epitelial e aumenta fatores de ancoragem, sem, no entanto, afetar a resistência a anoikis. A melatonina auxilia na atenuação da TEM, mesmo em baixas concentrações em período de exposição de 24 h, podendo ser um aliado importante na terapia contra o CO.Ovarian cancer (OC) is the fifth leading cause of cancer death worldwide. OC has a high rate of malignancy due to its late diagnosis, and is often confused with other gynecological pathologies, with a high incidence in the postmenopausal period, when there is ovarian senescence. The epithelial-mesenchymal transition (EMT) is a process by which the polarized epithelial cell undergoes a phenotypic conversion to invade, migrate, and metastasize to distant organs. Melatonin (N-acetyl-5-methoxy-tryptamine), a hormone secreted by the pineal gland, has a variety of antioxidant, antitumor and immunomodulatory functions, and the low level of melatonin in tumor cells may be related to tumor progression. The present work investigated the potential of melatonin as an antitumor and antimetastatic agent by regulating EMT in ovarian cancer cells (SKOV-3) and tested if melatonin’s actions are MT1 receptor dependent. For this purposes, OC cells were exposed to a concentration close to the physiological one of 3.4 µM (IC50), in a period of 24 h. Thus, the following post-treatment parameters were evaluated: cell count, MTT assay, anoikis assay, cell invasion and migration test, western blotting assays for E-cadherin and Per-1 protein immunoexpression, in addition to gene expression for vimentin, twist and e-cadherin, molecules involved in the EMT). Melatonin was effective in reducing the expression of Vimentin and Twist regardless of the MT1 receptor; these genes are related to a change in cell phenotype, losing the epithelial characteristics and gaining mesenchymal phenotype, thusfacilitating EMT. Melatonin positively regulated both the CDH1 gene and E-cadherin protein, which are responsible for cell anchorage in a MT1 dependent manner. Also, melatonin promoted a reduction in the invasive and migratory potential of cells, regardless of its MT1 receptor. Thus, melatonin reduces factors related to the loss of epithelial phenotype while increasing anchoring factors, without affecting anoikis resistance. The melatonin’s effects helped to reduce EMT-related molecules, even at low concentration in a short period of exposure, potentially serving as a therapeutic agent for OC management.doses it manages to produce a cytotoxic factor for cells in a 24-hour period.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)88887.669274/2022-00Universidade Estadual Paulista (Unesp)Chuffa, Luiz Gustavo de Almeida [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Vígaro, Renan Aparecido2023-06-29T13:53:40Z2023-06-29T13:53:40Z2023-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/24425833004064080P3porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-16T06:04:17Zoai:repositorio.unesp.br:11449/244258Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:04:46.212312Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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