Padrões de alocação reprodutiva em espécies de Physalaemus (Anura : Leiuperidae) de áreas abertas e florestadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pupin, Nadya Carolina [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/99504
Resumo: O gênero Physalaemus inclui 42 espécies distribuídas do norte da Argentina às Guianas. Uma característica interessante do gênero é a capacidade de ocupar uma ampla variedade de ambientes, desde a serrapilheira de florestas úmidas até ambientes sazonais tais como os encontrados no Cerrado, Chaco e Caatinga. Esta dissertação é apresentada em dois capítulos. No primeiro capítulo, dados sobre a biologia reprodutiva de Physalaemus crombiei, uma espécie endêmica da Mata Atlântica, são apresentados, juntamente com as relações tamanho-fecundidade, investimento reprodutivo da espécie, modos reprodutivos e uma comparação com dados obtidos na literatura para mais 12 espécies do gênero. No segundo capítulo foi verificado se fêmeas de diferentes espécies vivendo em ambientes contrastantes investem diferentemente em reprodução. Estas comparações foram feitas entre fêmeas de quatro espécies de Physalaemus associados a áreas florestadas e quatro espécies de área aberta. Neste contexto, as correlações entre os componentes de história de vida destas espécies foram investigadas, bem como a existência de variação no tamanho dos ovos dentro das desovas. Physalaemus crombiei se reproduz ao longo do ano, com seu pico de reprodução nos meses mais chuvosos. Exibe o modo de reprodução típico para o gênero (modo 11), mas pode exibir modos reprodutivos alternativos (modos 14 e 28), assim como outras espécies do grupo de P. signifer. As espécies do grupo de P. signifer depositam desovas com ovos maiores e em menor número do que as outras espécies do gênero. Esta diferença pode ser explicada não apenas pelo menor tamanho destas espécies, mas também por depositarem desovas terrestres. Na comparação entre espécies de mata e área aberta, o tamanho do corpo da fêmea foi correlacionado com o número de ovócitos em apenas duas dentre as sete espécies analisadas
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