Análise da progressão da periodontite experimental em ratas ovariectomizadas sob influência do tamoxifeno

• Autor(a) principal: Conceição, Maria Eduarda Schneider da [UNESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/236635
• topic: Tamoxifeno; Periodontite; Ratos; Modelos animais; Tamoxifen

O objetivo do presente estudo foi avaliar a progressão da periodontite experimental (PE) induzida em ratas, que foram ovariectomizadas (OVX) primeiramente e, após, tratadas com o modulador seletivo de receptor de estrógeno Tamoxifeno (TAM). Foram utilizadas 60 fêmeas distribuídas aleatoriamente em 2 grupos experimentais (n=30), Grupo PE-SS: animais com PE induzida que receberam administração de solução salina (SS) (0,9%). Grupo PE-TAM: animais com PE induzida que receberam administração de citrato de tamoxifeno. Em ambos os grupos, a ligadura responsável por induzir a doença periodontal permaneceu até o momento de eutanásia. A administração de SS e TAM foi feita diariamente por meio de gavagem gástrica na dose de 0,5 mL e 15 mg/Kg respectivamente por todo o período experimental (60 dias). Para indução da PE foi adaptado um fio de algodão número 24 ao redor dos primeiros molares inferiores esquerdos. Decorridos os períodos de 7, 15 e 30 dias após indução da PE os animais foram submetidos à eutanásia pela administração de dose letal de thiopental (150mg/kg). As mandíbulas coletadas foram processadas para realização da análise histológica e histométrica. Os resultados obtidos revelaram que o grupo PE-SS aos 30 dias apresentou infiltrado inflamatório intenso, o tecido conjuntivo com pequeno número de fibroblastos e fragmentos de osso necrótico, áreas de reabsorção do tecido ósseo, cemento e dentina estavam ativas. No grupo PE-TAM aos 30 dias se observou a presença de tecido conjuntivo desenvolvido, quantidade moderada de vasos sanguíneos e de número de fibroblastos, tecido ósseo desenvolvido e ocupando toda a área da furca, ligeiro infiltrado inflamatório, ligamento periodontal íntegro aderido a superfície óssea e cementária. Histometricamente, a Porcentagem de Osso de Furca (POF) em análise intergrupos apresentou no grupo PE-TAM (52,12% ± 8%; 62,78% ± 2,90%; 67,36% ± 3,06%) diferença estatisticamente significante no período de 30 dias, quando comparado ao grupo PE-SS (56,20% ± 7,12%; 50,54% ± 9,17%; 50,34% ± 4,34%) no período de 30 dias (p≤0,05). Conclusão: o TAM proporcionou efeitos secundários positivos frente à progressão da periodontite; preenchimento do espaço entre as raízes e maturação do tecido ósseo em ratas do grupo PE-TAM, favorecendo a manutenção da massa óssea na região de furca. Animais do grupo PE-TAM apresentaram maior POF do que o grupo PE-SS, assim como na modulação do processo inflamatório frente à evolução da doença periodontal.