Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152589
Resumo: O conhecimento da resistência das plantas daninhas a herbicidas, em especial do capim-amargoso (Digitaria insularis L.) e a tecnologia de aplicação são aspectos fundamentais para recomendações de manejo da espécie daninha, e melhoria da performance do uso dos herbicidas. A pesquisa teve por objetivos estudar: (i) a sensibilidade de populações de capim-amargoso (D. insularis L.) aos herbicidas glyphosate e chethodim (ii); os processos pelos quais à tecnologia de aplicação, em particular as formulações de herbicida e os adjuvantes podem contribuir para a otimização do controle de D. insularis e, (iii) a influência destes fatores na absorção e metabolismo de D. insularis suscetível e resistente ao herbicida. Para isso, 62 populações de capim-amargoso foram coletadas nos estados do Paraná e São Paulo, sendo a maior parte delas provenientes de lavouras de soja transgênica, tolerante ao glyphosate. Ensaios screening foram conduzidos para determinar a sensibilidade das populações de capim-amargoso aos herbicidas por meio de estudos de curvas de frequência de respostas. Com esses dados foram selecionadas populações de capim-amargoso resistentes e suscetíveis aos herbicidas para determinação do nível de resistência por meio de estudos de curva dose-resposta, em diferentes estádios da planta. Posteriormente realizaram-se ensaios para comparar formulações de glyphosate e adjuvantes sobre variáveis de tecnologia de aplicação. Nestes ensaios, duas formulações de glyphosate (WG e SL) e cinco combinações (sem adjuvante, óleo mineral, óleo vegetal metilado, aquil ester etoxilado e polioxietileno alquilfenol éter), mais um tratamento controle (sem aplicação), foram comparados avaliando-se o tamanho de gotas, depósito, tensão superficial, ângulo de contato, absorção, ácido chiquímico e controle. Também foram feitos estudos para comparar a anatomia foliar de D. insularis e os efeitos dos tratamentos sobre a superfície foliar e os tecidos internos por técnicas de microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz. Na última etapa do trabalho, duas populações de D. insularis (resistente e suscetível), foram comparadas quanto à absorção, produção de compostos da rota do ácido chiquímico, metabolismo e controle. A quantificação dos compostos foi realizada por cromatografia líquida e espectrometria de massas, 24h após a aplicação dos tratamentos e o controle avaliado aos 21 dias após a aplicação. Os resultados revelaram que todas as populações de D. insularis coletadas em lavouras com soja transgênica apresentaram baixa sensibilidade ao glyphosate quando submetidas à dose comercial do herbicida (1080 g e.a. ha-1), e alta sensibilidade ao clethodim. O fator de resistência máximo entre as populações foi de 15, sendo a resposta ao herbicida dependente do estádio de desenvolvimento da planta. As formulações não apresentaram diferenças significativas em relação à absorção, entretanto, os adjuvantes proporcionaram incrementos de até 170% da quantidade de herbicida absorvido quando comparado aos tratamentos sem adjuvantes. O incremento da absorção não foi suficiente para o controle eficaz da população resistente, porém, a utilização de adjuvante apropriado pode ser útil para a otimização do uso de glyphosate no controle da D. insularis. Os resultados revelaram que o mecanismo de resistência de D. insularis não está envolvido à absorção do glyphosate e metabolização do herbicida pela planta.
id UNSP_b1afe417dcb3de71881c993473121b90
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/152589
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantesResistance of Digitaria insularis (L). Fedde populations to herbicides: frequency of occurrence and interactions between glyphosate formulations and adjuvantescapim-amargosotecnologia de aplicaçãoabsorção de herbicidatamanho de gotastensão superficialanatomia foliardepósito da pulverizaçãoO conhecimento da resistência das plantas daninhas a herbicidas, em especial do capim-amargoso (Digitaria insularis L.) e a tecnologia de aplicação são aspectos fundamentais para recomendações de manejo da espécie daninha, e melhoria da performance do uso dos herbicidas. A pesquisa teve por objetivos estudar: (i) a sensibilidade de populações de capim-amargoso (D. insularis L.) aos herbicidas glyphosate e chethodim (ii); os processos pelos quais à tecnologia de aplicação, em particular as formulações de herbicida e os adjuvantes podem contribuir para a otimização do controle de D. insularis e, (iii) a influência destes fatores na absorção e metabolismo de D. insularis suscetível e resistente ao herbicida. Para isso, 62 populações de capim-amargoso foram coletadas nos estados do Paraná e São Paulo, sendo a maior parte delas provenientes de lavouras de soja transgênica, tolerante ao glyphosate. Ensaios screening foram conduzidos para determinar a sensibilidade das populações de capim-amargoso aos herbicidas por meio de estudos de curvas de frequência de respostas. Com esses dados foram selecionadas populações de capim-amargoso resistentes e suscetíveis aos herbicidas para determinação do nível de resistência por meio de estudos de curva dose-resposta, em diferentes estádios da planta. Posteriormente realizaram-se ensaios para comparar formulações de glyphosate e adjuvantes sobre variáveis de tecnologia de aplicação. Nestes ensaios, duas formulações de glyphosate (WG e SL) e cinco combinações (sem adjuvante, óleo mineral, óleo vegetal metilado, aquil ester etoxilado e polioxietileno alquilfenol éter), mais um tratamento controle (sem aplicação), foram comparados avaliando-se o tamanho de gotas, depósito, tensão superficial, ângulo de contato, absorção, ácido chiquímico e controle. Também foram feitos estudos para comparar a anatomia foliar de D. insularis e os efeitos dos tratamentos sobre a superfície foliar e os tecidos internos por técnicas de microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz. Na última etapa do trabalho, duas populações de D. insularis (resistente e suscetível), foram comparadas quanto à absorção, produção de compostos da rota do ácido chiquímico, metabolismo e controle. A quantificação dos compostos foi realizada por cromatografia líquida e espectrometria de massas, 24h após a aplicação dos tratamentos e o controle avaliado aos 21 dias após a aplicação. Os resultados revelaram que todas as populações de D. insularis coletadas em lavouras com soja transgênica apresentaram baixa sensibilidade ao glyphosate quando submetidas à dose comercial do herbicida (1080 g e.a. ha-1), e alta sensibilidade ao clethodim. O fator de resistência máximo entre as populações foi de 15, sendo a resposta ao herbicida dependente do estádio de desenvolvimento da planta. As formulações não apresentaram diferenças significativas em relação à absorção, entretanto, os adjuvantes proporcionaram incrementos de até 170% da quantidade de herbicida absorvido quando comparado aos tratamentos sem adjuvantes. O incremento da absorção não foi suficiente para o controle eficaz da população resistente, porém, a utilização de adjuvante apropriado pode ser útil para a otimização do uso de glyphosate no controle da D. insularis. Os resultados revelaram que o mecanismo de resistência de D. insularis não está envolvido à absorção do glyphosate e metabolização do herbicida pela planta.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq: 159038/2013-8Universidade Estadual Paulista (Unesp)Raetano, Carlos Gilberto [UNESP]Carbonari, Caio Antonio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]2018-01-25T12:08:40Z2018-01-25T12:08:40Z2017-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15258900089633133004064034P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-05-03T12:40:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152589Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:13:39.766233Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
Resistance of Digitaria insularis (L). Fedde populations to herbicides: frequency of occurrence and interactions between glyphosate formulations and adjuvantes
title Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
spellingShingle Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]
capim-amargoso
tecnologia de aplicação
absorção de herbicida
tamanho de gotas
tensão superficial
anatomia foliar
depósito da pulverização
title_short Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
title_full Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
title_fullStr Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
title_full_unstemmed Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
title_sort Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes
author Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]
author_facet Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Raetano, Carlos Gilberto [UNESP]
Carbonari, Caio Antonio [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv capim-amargoso
tecnologia de aplicação
absorção de herbicida
tamanho de gotas
tensão superficial
anatomia foliar
depósito da pulverização
topic capim-amargoso
tecnologia de aplicação
absorção de herbicida
tamanho de gotas
tensão superficial
anatomia foliar
depósito da pulverização
description O conhecimento da resistência das plantas daninhas a herbicidas, em especial do capim-amargoso (Digitaria insularis L.) e a tecnologia de aplicação são aspectos fundamentais para recomendações de manejo da espécie daninha, e melhoria da performance do uso dos herbicidas. A pesquisa teve por objetivos estudar: (i) a sensibilidade de populações de capim-amargoso (D. insularis L.) aos herbicidas glyphosate e chethodim (ii); os processos pelos quais à tecnologia de aplicação, em particular as formulações de herbicida e os adjuvantes podem contribuir para a otimização do controle de D. insularis e, (iii) a influência destes fatores na absorção e metabolismo de D. insularis suscetível e resistente ao herbicida. Para isso, 62 populações de capim-amargoso foram coletadas nos estados do Paraná e São Paulo, sendo a maior parte delas provenientes de lavouras de soja transgênica, tolerante ao glyphosate. Ensaios screening foram conduzidos para determinar a sensibilidade das populações de capim-amargoso aos herbicidas por meio de estudos de curvas de frequência de respostas. Com esses dados foram selecionadas populações de capim-amargoso resistentes e suscetíveis aos herbicidas para determinação do nível de resistência por meio de estudos de curva dose-resposta, em diferentes estádios da planta. Posteriormente realizaram-se ensaios para comparar formulações de glyphosate e adjuvantes sobre variáveis de tecnologia de aplicação. Nestes ensaios, duas formulações de glyphosate (WG e SL) e cinco combinações (sem adjuvante, óleo mineral, óleo vegetal metilado, aquil ester etoxilado e polioxietileno alquilfenol éter), mais um tratamento controle (sem aplicação), foram comparados avaliando-se o tamanho de gotas, depósito, tensão superficial, ângulo de contato, absorção, ácido chiquímico e controle. Também foram feitos estudos para comparar a anatomia foliar de D. insularis e os efeitos dos tratamentos sobre a superfície foliar e os tecidos internos por técnicas de microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz. Na última etapa do trabalho, duas populações de D. insularis (resistente e suscetível), foram comparadas quanto à absorção, produção de compostos da rota do ácido chiquímico, metabolismo e controle. A quantificação dos compostos foi realizada por cromatografia líquida e espectrometria de massas, 24h após a aplicação dos tratamentos e o controle avaliado aos 21 dias após a aplicação. Os resultados revelaram que todas as populações de D. insularis coletadas em lavouras com soja transgênica apresentaram baixa sensibilidade ao glyphosate quando submetidas à dose comercial do herbicida (1080 g e.a. ha-1), e alta sensibilidade ao clethodim. O fator de resistência máximo entre as populações foi de 15, sendo a resposta ao herbicida dependente do estádio de desenvolvimento da planta. As formulações não apresentaram diferenças significativas em relação à absorção, entretanto, os adjuvantes proporcionaram incrementos de até 170% da quantidade de herbicida absorvido quando comparado aos tratamentos sem adjuvantes. O incremento da absorção não foi suficiente para o controle eficaz da população resistente, porém, a utilização de adjuvante apropriado pode ser útil para a otimização do uso de glyphosate no controle da D. insularis. Os resultados revelaram que o mecanismo de resistência de D. insularis não está envolvido à absorção do glyphosate e metabolização do herbicida pela planta.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-07-31
2018-01-25T12:08:40Z
2018-01-25T12:08:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/152589
000896331
33004064034P1
url http://hdl.handle.net/11449/152589
identifier_str_mv 000896331
33004064034P1
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128483405070336