A construção do inimigo nos discursos presidenciais norte-americanos do pós-Guerra Fria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Lucas Amaral Batista [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/109288
Resumo: Abrangendo de 1989 a 2009, período que tem como pano de fundo do fim da União Soviética à guinada conservadora da “guerra ao terror” como consequência dos atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque, o livro examina a construção da narrativa do inimigo nos discursos conhecidos com Estado da União (State of Union Adresses), realizados anualmente pelos chefes do Executivo norte-americano. São analisados os discursos dos presidentes George H. W. Bush (1989-1993), Bill Clinton (1993-2001) e George W. Bush (2001-2009). Por meio da linguagem utilizada nesses discursos, Lucas Amaral Batista Leite busca entender de que modo a linguagem se caracterizou como a principal forma de estabelecer relações de alteridade. Para o autor, o discurso que busca delimitar o outro como inimigo carrega marcas que envolvem discussões e conceitos amplos, como a possibilidade de definições preestabelecidas do que é civilizado e moderno e do que é barbárie. A importância desse discurso não está apenas na delimitação de quem “eu sou” e quem “o outro é”, mas também nas narrativas que legitimam essas construções, como a concepção de um constante progresso, a possibilidade de prever e conter riscos, modelos mais propensos à paz, entre outras. A contraposição entre Ocidente e o resto, democracia e totalitarismo, paz e guerra é ideia à qual se recorre com frequência, na tentativa de resgatar construções passadas para legitimar ações no presente. Entre as conclusões do autor, está a de que os presidentes norte-americanos usam “caminhos” preestabelecidos para criar um discurso que seja entendível, aceitável e, ao mesmo tempo, permita a identificação com significados próprios da cultura e da linguagem política dos Estados Unidos. Portanto, o papel dos discursos é o de estabelecer limites e fronteiras no que se busca transmitir como a identidade norte-americana. Quando o presidente assume para si essa função, ele transmite...
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Bush, George W, 1946-
Bill, Clinton, 1946-
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Guerra fria - Aspectos sociais - Estados Unidos
Política internacional - 1945-1989
Guerra contra o terrorismo, 2001
Ataques terroristas de 11 de setembro, 2001
Estados Unidos - Relações exteriores - 1945-1989
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