Depósito de caldas fungicidas e controle da ferrugem asiática em função da angulação da barra pulverizadora e da chuva na cultura da soja
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/194395 |
Resumo: | A aplicação de fungicidas de diferentes grupos químicos e modos de ação permanece a alternativa mais utilizada para o controle de Phakopsora pachyrhizi. Entretanto, as aplicações a campo ainda carecem de melhor compreensão de seus atributos, a fim de obter uma quantidade de depósito suficiente e persistência do ingrediente ativo sobre a folha, resultando em um efetivo controle do patógeno. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o depósito de caldas fungicidas e o controle da ferrugem asiática em diferentes angulações da barra pulverizadora e da chuva na cultura da soja. Os experimentos foram conduzidos durante as safras 2018/19 e 2019/20, onde foram analisadas as características físicas e químicas de 4 caldas fungicidas: 1- oxicloreto de cobre formulação SC na dosagem 1,0 L ha-1; 2- oxicloreto de cobre formulação WP na dosagem 1,0 L ha-1; 3- mancozebe formulação OD na dosagem 1,5 L ha-1 e; 4- mancozebe formulação WG na dosagem 1,5 L ha-1. Para verificar o efeito das angulações, os produtos foram avaliados à campo sob diferentes posicionamentos da barra pulverizadora: 30° a favor do deslocamento do pulverizador (F30º); plano vertical da cultura (0°) e 30° contrário ao deslocamento do pulverizador (B30º), além de um tratamento adicional como testemunha não tratada. Para verificar o efeito da chuva sobre a aplicação desses produtos, foram realizados dois experimentos em vasos com soja, o primeiro alterando os volumes de chuva artificial (0, 5, 10, 15 e 20 mm) e o segundo alterando os intervalos entre a aplicação e a chuva (sem chuva, 2, 6, 12 e 12 horas). Como resultados dos experimentos conduzidos à campo, foi possível observar que a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foi diretamente influenciada pelo produto mancozebe em formulação OD e pelo diâmetro mediano volumétrico. Na primeira safra as angulações F30º e B30º foram semelhantes e na segunda as angulações semelhantes foram a F30° e a 0°. Para os experimentos de chuva artificial, verificou-se que os volumes e os intervalos avaliados sem chuva influenciaram de maneira variada o depósito das formulações de fungicidas sobre os terços das plantas de soja. Entretanto, não influenciaram o controle da ferrugem asiática. Não houve redução de oxicloreto de cobre SC sob nenhum volume de chuva no terço superior da planta. Não houve redução de ingrediente ativo das formulações líquidas para nenhum intervalo entre a aplicação e a incidência da chuva. Para as sólidas houve redução mesmo após 24 horas no terço superior. Conclui-se que o produto mancozebe OD apresentou o maior controle da ferrugem asiática à campo. As angulações avaliadas não resultaram em diferenças para a AACPD e para a produtividade, agrupando-se de maneira distinta entre as safras. O fungicida oxicloreto de cobre SC apresenta maior resistência à remoção do ingrediente ativo no terço superior da planta após ser submetido a chuva. Devem ser aprofundados estudos sobre as condições que influenciam os resultados da angulação da barra pulverizadora assim como a relação entre o depósito de produtos nas folhas e o controle dos patógenos após a incidência de chuvas. |
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Depósito de caldas fungicidas e controle da ferrugem asiática em função da angulação da barra pulverizadora e da chuva na cultura da sojaDeposition of fungicide spray solution and control of asian soybean rust due to the spray fan angle and to the rain on soybean cropPhakopsora pachyrhiziFungicidas multissitiosGotasPulverizaçãoMultisite fungicidesDropsSprayingA aplicação de fungicidas de diferentes grupos químicos e modos de ação permanece a alternativa mais utilizada para o controle de Phakopsora pachyrhizi. Entretanto, as aplicações a campo ainda carecem de melhor compreensão de seus atributos, a fim de obter uma quantidade de depósito suficiente e persistência do ingrediente ativo sobre a folha, resultando em um efetivo controle do patógeno. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o depósito de caldas fungicidas e o controle da ferrugem asiática em diferentes angulações da barra pulverizadora e da chuva na cultura da soja. Os experimentos foram conduzidos durante as safras 2018/19 e 2019/20, onde foram analisadas as características físicas e químicas de 4 caldas fungicidas: 1- oxicloreto de cobre formulação SC na dosagem 1,0 L ha-1; 2- oxicloreto de cobre formulação WP na dosagem 1,0 L ha-1; 3- mancozebe formulação OD na dosagem 1,5 L ha-1 e; 4- mancozebe formulação WG na dosagem 1,5 L ha-1. Para verificar o efeito das angulações, os produtos foram avaliados à campo sob diferentes posicionamentos da barra pulverizadora: 30° a favor do deslocamento do pulverizador (F30º); plano vertical da cultura (0°) e 30° contrário ao deslocamento do pulverizador (B30º), além de um tratamento adicional como testemunha não tratada. Para verificar o efeito da chuva sobre a aplicação desses produtos, foram realizados dois experimentos em vasos com soja, o primeiro alterando os volumes de chuva artificial (0, 5, 10, 15 e 20 mm) e o segundo alterando os intervalos entre a aplicação e a chuva (sem chuva, 2, 6, 12 e 12 horas). Como resultados dos experimentos conduzidos à campo, foi possível observar que a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foi diretamente influenciada pelo produto mancozebe em formulação OD e pelo diâmetro mediano volumétrico. Na primeira safra as angulações F30º e B30º foram semelhantes e na segunda as angulações semelhantes foram a F30° e a 0°. Para os experimentos de chuva artificial, verificou-se que os volumes e os intervalos avaliados sem chuva influenciaram de maneira variada o depósito das formulações de fungicidas sobre os terços das plantas de soja. Entretanto, não influenciaram o controle da ferrugem asiática. Não houve redução de oxicloreto de cobre SC sob nenhum volume de chuva no terço superior da planta. Não houve redução de ingrediente ativo das formulações líquidas para nenhum intervalo entre a aplicação e a incidência da chuva. Para as sólidas houve redução mesmo após 24 horas no terço superior. Conclui-se que o produto mancozebe OD apresentou o maior controle da ferrugem asiática à campo. As angulações avaliadas não resultaram em diferenças para a AACPD e para a produtividade, agrupando-se de maneira distinta entre as safras. O fungicida oxicloreto de cobre SC apresenta maior resistência à remoção do ingrediente ativo no terço superior da planta após ser submetido a chuva. Devem ser aprofundados estudos sobre as condições que influenciam os resultados da angulação da barra pulverizadora assim como a relação entre o depósito de produtos nas folhas e o controle dos patógenos após a incidência de chuvas.The application of fungicides from different chemical groups and modes of action remains the most used alternative for the control of Phakopsora pachyrhizi. However, field applications still need a better understanding of the attributes in order to obtain a sufficient amount of deposition and persistence of the active ingredient on the leaf, resulting in effective control of the pathogen. Thus, the aim of the study was to evaluate the deposition of fungicidal spray solutions and the control of Asian soybean rust (ASR) at different angles of the spray fan and of the rain on the soybean crop. The experiments were conducted during the 2018/19 and 2019/20 seasons, where the physical and chemical characteristics of four fungicidal spray solutions were analyzed: 1- copper oxychloride SC formulation in the dosage 1.0 L ha-1; 2- copper oxychloride WP formulation in dosage 1.0 L ha-1; 3- mancozeb OD formulation in the dosage 1.5 L ha-1 e; 4- mancozeb WG formulation in dosage 1.5 L ha-1. To verify the effect of the angulations, the products were tested in the field under different positions of the spray fan: 30° forward in the displacement driving direction (F30º); vertical plane towards the crop (0°) and 30° backward in the opposite driving direction (B30º), besides an additional treatment as an untreated control. To verify the effect of the rain on the application of these products, two experiments were carried out on soybean vases, the first changing the rainfall volumes (0, 5, 10, 15 and 20 mm) and the second changing the intervals between application and rain simulation (without rain, 2, 6, 12 and 12 hours). As a result of the experiments conducted in the field, it was possible to observe that the area under the disease progress curve (AUDPC) was directly influenced by the mancozeb product in OD formulation and by the median volumetric diameter. In the first season, the angles F30º and B30º were similar and in the second, the similar angles were F30 ° and 0 °. For the rain simulation experiments, it was found that the volumes and intervals without rain tested in this study varied in a different way in the deposit of the fungicide formulations on the thirds of the soybean plants. However, they did not influence the control of ASR. There was no removal of the product SC copper oxychloride under any volume of rain in the upper third of the plant. There was no removal of active ingredient from liquid formulations for any interval between the application and the occurrence of rain, while for solid formulations there was removal even after 24 hours in the upper third. It is concluded that the OD mancozeb product presented the greatest control of ASR in the field. The fan angulations evaluated did not result in differences for AUDPC and yield, grouping differently between seasons. The fungicide SC copper oxychloride has greater resistance to the removal of the active ingredient in the upper third of the plant after being subjected to rain. Studies on the conditions which influence the results of the angle of the spray fan as well as on the relationship between the deposition of products on the leaves and the control of pathogens after being subjected to rain must be deepened.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ferreira, Marcelo da Costa [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ramos, Maria Fernanda Tavares2020-11-24T16:54:24Z2020-11-24T16:54:24Z2020-10-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19439533004102001P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-04T19:52:03Zoai:repositorio.unesp.br:11449/194395Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:37:38.830459Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A aplicação de fungicidas de diferentes grupos químicos e modos de ação permanece a alternativa mais utilizada para o controle de Phakopsora pachyrhizi. Entretanto, as aplicações a campo ainda carecem de melhor compreensão de seus atributos, a fim de obter uma quantidade de depósito suficiente e persistência do ingrediente ativo sobre a folha, resultando em um efetivo controle do patógeno. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o depósito de caldas fungicidas e o controle da ferrugem asiática em diferentes angulações da barra pulverizadora e da chuva na cultura da soja. Os experimentos foram conduzidos durante as safras 2018/19 e 2019/20, onde foram analisadas as características físicas e químicas de 4 caldas fungicidas: 1- oxicloreto de cobre formulação SC na dosagem 1,0 L ha-1; 2- oxicloreto de cobre formulação WP na dosagem 1,0 L ha-1; 3- mancozebe formulação OD na dosagem 1,5 L ha-1 e; 4- mancozebe formulação WG na dosagem 1,5 L ha-1. Para verificar o efeito das angulações, os produtos foram avaliados à campo sob diferentes posicionamentos da barra pulverizadora: 30° a favor do deslocamento do pulverizador (F30º); plano vertical da cultura (0°) e 30° contrário ao deslocamento do pulverizador (B30º), além de um tratamento adicional como testemunha não tratada. Para verificar o efeito da chuva sobre a aplicação desses produtos, foram realizados dois experimentos em vasos com soja, o primeiro alterando os volumes de chuva artificial (0, 5, 10, 15 e 20 mm) e o segundo alterando os intervalos entre a aplicação e a chuva (sem chuva, 2, 6, 12 e 12 horas). Como resultados dos experimentos conduzidos à campo, foi possível observar que a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foi diretamente influenciada pelo produto mancozebe em formulação OD e pelo diâmetro mediano volumétrico. Na primeira safra as angulações F30º e B30º foram semelhantes e na segunda as angulações semelhantes foram a F30° e a 0°. Para os experimentos de chuva artificial, verificou-se que os volumes e os intervalos avaliados sem chuva influenciaram de maneira variada o depósito das formulações de fungicidas sobre os terços das plantas de soja. Entretanto, não influenciaram o controle da ferrugem asiática. Não houve redução de oxicloreto de cobre SC sob nenhum volume de chuva no terço superior da planta. Não houve redução de ingrediente ativo das formulações líquidas para nenhum intervalo entre a aplicação e a incidência da chuva. Para as sólidas houve redução mesmo após 24 horas no terço superior. Conclui-se que o produto mancozebe OD apresentou o maior controle da ferrugem asiática à campo. As angulações avaliadas não resultaram em diferenças para a AACPD e para a produtividade, agrupando-se de maneira distinta entre as safras. O fungicida oxicloreto de cobre SC apresenta maior resistência à remoção do ingrediente ativo no terço superior da planta após ser submetido a chuva. Devem ser aprofundados estudos sobre as condições que influenciam os resultados da angulação da barra pulverizadora assim como a relação entre o depósito de produtos nas folhas e o controle dos patógenos após a incidência de chuvas. |
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