Hantavirose no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/239050 |
Resumo: | A Hantavirose é uma zoonose viral aguda de alta letalidade, transmitida por roedores silvestres, que são os reservatórios naturais do vírus. No Brasil, a maioria dos genótipos virais descritos, responsáveis por provocar a doença em humanos, está associada ao vírus Andes orthohantavirus (ANDV) e ao Laguna Negra orthohantavirus (LANV). Esta enfermidade possui duas manifestações clínicas principais, sendo elas: a síndrome cardiopulmonar (SCPH) endêmica nas Américas; e a febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR) predominante na Europa e Ásia. No ser humano a principal forma de transmissão ocorre pela via aerógena, com a inalação de aerossóis, contendo partículas virais, provenientes do ressecamento das excreções de roedores infectados. Outras formas menos frequentes de transmissão, ocorrem por meio da mordedura ou arranhadura do roedor; inoculação em pele ou mucosas; e a ingestão de água ou alimentos contaminados com urina ou fezes desses animais. No Brasil, os fatores de risco relacionados à Hantavirose englobam, de maneira geral, as atividades agrícolas e as alterações ambientais. A doença é caracterizada por inicialmente desenvolver sinais clínicos inespecíficos, evoluindo rapidamente para dificuldade respiratória e edema pulmonar grave. O diagnóstico clínico é complexo, sendo de difícil realização, devido à inespecificidade inicial dos sintomas e rápida evolução clínica. Os casos de Hantavirose são mais frequentemente diagnosticados por sorologia, utilizando o teste ELISA, ou por RT-PCR. O tratamento suporte é a base terapêutica para a SCPH, uma vez que, não há um tratamento antiviral específico para a Hantavirose. As principais medidas preventivas, para essa doença, incluem: manejo de áreas agrícolas; controle de roedores silvestres nos domicílios; manejo de locais contaminados; preservação e vigilância ambiental. O presente estudo revisou os principais aspectos da etiologia; epidemiologia; patogenia; manifestações clínicas; diagnóstico; tratamento; prevenção; controle e os reflexos na saúde pública da Hantavirose no Brasil. |
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Hantavirose no BrasilHantavirosis in BrazilZoonoseRoedoresAgriculturaSCPHHantavírusZoonosisRodentsAgricultureHPSHantavirusA Hantavirose é uma zoonose viral aguda de alta letalidade, transmitida por roedores silvestres, que são os reservatórios naturais do vírus. No Brasil, a maioria dos genótipos virais descritos, responsáveis por provocar a doença em humanos, está associada ao vírus Andes orthohantavirus (ANDV) e ao Laguna Negra orthohantavirus (LANV). Esta enfermidade possui duas manifestações clínicas principais, sendo elas: a síndrome cardiopulmonar (SCPH) endêmica nas Américas; e a febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR) predominante na Europa e Ásia. No ser humano a principal forma de transmissão ocorre pela via aerógena, com a inalação de aerossóis, contendo partículas virais, provenientes do ressecamento das excreções de roedores infectados. Outras formas menos frequentes de transmissão, ocorrem por meio da mordedura ou arranhadura do roedor; inoculação em pele ou mucosas; e a ingestão de água ou alimentos contaminados com urina ou fezes desses animais. No Brasil, os fatores de risco relacionados à Hantavirose englobam, de maneira geral, as atividades agrícolas e as alterações ambientais. A doença é caracterizada por inicialmente desenvolver sinais clínicos inespecíficos, evoluindo rapidamente para dificuldade respiratória e edema pulmonar grave. O diagnóstico clínico é complexo, sendo de difícil realização, devido à inespecificidade inicial dos sintomas e rápida evolução clínica. Os casos de Hantavirose são mais frequentemente diagnosticados por sorologia, utilizando o teste ELISA, ou por RT-PCR. O tratamento suporte é a base terapêutica para a SCPH, uma vez que, não há um tratamento antiviral específico para a Hantavirose. As principais medidas preventivas, para essa doença, incluem: manejo de áreas agrícolas; controle de roedores silvestres nos domicílios; manejo de locais contaminados; preservação e vigilância ambiental. O presente estudo revisou os principais aspectos da etiologia; epidemiologia; patogenia; manifestações clínicas; diagnóstico; tratamento; prevenção; controle e os reflexos na saúde pública da Hantavirose no Brasil.Hantavirus is a highly lethal acute viral zoonosis transmitted by wild rodents, which are the natural reservoirs of the virus. In Brazil, most of the viral genotypes described, responsible for causing the disease in humans, are associated with the Andes orthohantavirus (ANDV) and Laguna Negra orthohantavirus (LANV). This disease has two main clinical manifestations, namely: the pulmonary syndrome (HPS) endemic in the Americas; and hemorrhagic fever with renal syndrome (HFRS) predominant in Europe and Asia. In humans, the main form of transmission occurs through the air route, with the inhalation of aerosols, containing viral particles, from the drying of the exceptions of infected rodents. Other less frequent forms of transmission occur through the bite or scratch of the rodent; inoculation into skin or mucous membranes; and the ingestion of water or food contaminated with urine or feces of these animals. In Brazil, the risk factors related to Hantavirus include, in general, agricultural activities and environmental changes. The disease is characterized by initially developing nonspecific clinical signs, rapidly progressing to respiratory distress and severe pulmonary edema. The clinical diagnosis is complex, being difficult to perform, due to the initial non-specificity of the symptoms and rapid clinical evolution. Hantavirus cases are most often diagnosed by serology, using the ELISA test, or by RT-PCR. Supportive treatment is the therapeutic basis for HPS, since there is no specific antiviral treatment for Hantavirus. The main preventive measures for this disease include: management of agricultural areas; control of wild rodents in households; management of contaminated sites; environmental preservation and surveillance. The present study reviewed the main aspects of the etiology; epidemiology; pathogenesis; clinical manifestations; diagnosis; treatment; prevention; control and repercussions on public health of Hantavirus, with Brazil as the focus.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Paes, Antonio Carlos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Bruna Nobre de2023-01-27T13:19:14Z2023-01-27T13:19:14Z2023-01-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/239050porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-13T06:24:39Zoai:repositorio.unesp.br:11449/239050Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:16:10.126018Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A Hantavirose é uma zoonose viral aguda de alta letalidade, transmitida por roedores silvestres, que são os reservatórios naturais do vírus. No Brasil, a maioria dos genótipos virais descritos, responsáveis por provocar a doença em humanos, está associada ao vírus Andes orthohantavirus (ANDV) e ao Laguna Negra orthohantavirus (LANV). Esta enfermidade possui duas manifestações clínicas principais, sendo elas: a síndrome cardiopulmonar (SCPH) endêmica nas Américas; e a febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR) predominante na Europa e Ásia. No ser humano a principal forma de transmissão ocorre pela via aerógena, com a inalação de aerossóis, contendo partículas virais, provenientes do ressecamento das excreções de roedores infectados. Outras formas menos frequentes de transmissão, ocorrem por meio da mordedura ou arranhadura do roedor; inoculação em pele ou mucosas; e a ingestão de água ou alimentos contaminados com urina ou fezes desses animais. No Brasil, os fatores de risco relacionados à Hantavirose englobam, de maneira geral, as atividades agrícolas e as alterações ambientais. A doença é caracterizada por inicialmente desenvolver sinais clínicos inespecíficos, evoluindo rapidamente para dificuldade respiratória e edema pulmonar grave. O diagnóstico clínico é complexo, sendo de difícil realização, devido à inespecificidade inicial dos sintomas e rápida evolução clínica. Os casos de Hantavirose são mais frequentemente diagnosticados por sorologia, utilizando o teste ELISA, ou por RT-PCR. O tratamento suporte é a base terapêutica para a SCPH, uma vez que, não há um tratamento antiviral específico para a Hantavirose. As principais medidas preventivas, para essa doença, incluem: manejo de áreas agrícolas; controle de roedores silvestres nos domicílios; manejo de locais contaminados; preservação e vigilância ambiental. O presente estudo revisou os principais aspectos da etiologia; epidemiologia; patogenia; manifestações clínicas; diagnóstico; tratamento; prevenção; controle e os reflexos na saúde pública da Hantavirose no Brasil. |
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