Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Pereira, Fernando Jorge Muniz [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000200008
http://hdl.handle.net/11449/20257
Resumo: Modelos matemáticos baseados no conceito de graus dia (thermal-time) e Ψw dia (hydrotime) podem ser usados para a elaboração de modelos mais gerais sobre a germinação e emergência de plântulas no campo, podendo ser uma importante ferramenta para estudos sobre a biologia de plantas daninhas e seu controle. Neste trabalho, avaliou-se a germinação de sementes de D. cordata em resposta ao potencial hídrico (Ψw), usando-se o modelo Ψw dia. Tanto a germinabilidade como a velocidade de germinação decresceram linearmente com a redução do Ψw, atingindo valores próximos a zero em -0.8 MPa. em temperatura ótima, a taxa de queda na germinação foi maior em comparação com as temperaturas sub- e supra-ótima. O Ψw base (Ψwb) mediano foi similar entre as temperaturas sub-ótima (19 ºC) e supra-ótima (32 ºC), mas foi maior (menos negativo) à temperatura ótima (25 ºC), mostrando que sementes de D. cordata são menos sensíveis à redução do potencial hídrico à 19 ºC do que à 25 ºC. O Ψw dia foi maior para sementes germinadas à temperatura sub-ótima do que à temperatura ótima, mostrando que a velocidade de germinação num dado potencial hídrico é maior em temperatura ótima. A quantidade de Ψw dia necessária para a germinação foi maior em temperatura supra-ótima do que em temperatura ótima, e menor em temperatura supra-ótima do que em sub-ótima. em geral, Ψw dia foi relativamente constante entre as diferentes sub-populações. O modelo de Ψw dia pode descrever bem o efeito do potencial hídrico sobre as curvas de germinação (porcentagem acumulada x tempo), especialmente às temperaturas sub-ótima e supra-ótima.
id UNSP_b75d704e93ec46ce745883f8555d2c2c
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/20257
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídricoGermination of Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult. seeds: effect of water potentialmodelagemplantas invasorastemperaturahydrotimemodellingtemperatureweedsModelos matemáticos baseados no conceito de graus dia (thermal-time) e Ψw dia (hydrotime) podem ser usados para a elaboração de modelos mais gerais sobre a germinação e emergência de plântulas no campo, podendo ser uma importante ferramenta para estudos sobre a biologia de plantas daninhas e seu controle. Neste trabalho, avaliou-se a germinação de sementes de D. cordata em resposta ao potencial hídrico (Ψw), usando-se o modelo Ψw dia. Tanto a germinabilidade como a velocidade de germinação decresceram linearmente com a redução do Ψw, atingindo valores próximos a zero em -0.8 MPa. em temperatura ótima, a taxa de queda na germinação foi maior em comparação com as temperaturas sub- e supra-ótima. O Ψw base (Ψwb) mediano foi similar entre as temperaturas sub-ótima (19 ºC) e supra-ótima (32 ºC), mas foi maior (menos negativo) à temperatura ótima (25 ºC), mostrando que sementes de D. cordata são menos sensíveis à redução do potencial hídrico à 19 ºC do que à 25 ºC. O Ψw dia foi maior para sementes germinadas à temperatura sub-ótima do que à temperatura ótima, mostrando que a velocidade de germinação num dado potencial hídrico é maior em temperatura ótima. A quantidade de Ψw dia necessária para a germinação foi maior em temperatura supra-ótima do que em temperatura ótima, e menor em temperatura supra-ótima do que em sub-ótima. em geral, Ψw dia foi relativamente constante entre as diferentes sub-populações. O modelo de Ψw dia pode descrever bem o efeito do potencial hídrico sobre as curvas de germinação (porcentagem acumulada x tempo), especialmente às temperaturas sub-ótima e supra-ótima.Mathematical models based on thermal time (degree day) and hydrotime (Ψw day) can be used as an input to more general models of seed germination and seedling emergence in the field, and may be an important tool for understanding weed biology and control. Germination of Drymaria cordata seeds in response to reduced water potentials in the medium was evaluated by using the hydrotime model. Both the germinability and germination rate decreased linearly with the reduction of the water potential (Ψw), attaining values near a zero at -0.8 MPa. The rate of decrease was higher at optimum temperature as compared to sub- and supra-optimum temperatures. The mean base water potential (Ψwb) was similar between sub- (19 ºC) and supra-optimum (32 ºC) temperatures, and was higher (less negative) at optimum temperature (25 ºC), showing that D. cordata seeds are less sensitive to reduced water potential at 19 ºC than at 25 ºC. Hydrotime was higher for seeds germinated at sub-optimum than at optimum temperature, showing that the germination rate for a given water potential is higher at optimum temperature. The hydrotime required for seeds to complete germination was higher at supra-optimum than at optimum temperature, and lower at supra-optimum than at sub-optimum temperature. In general, hydrotime was relatively constant among subpopulations. The hydrotime model can well describe the effects of water potential on the time-course of seed germination of D. cordata, particularly at sub- and supra-optimum temperatures.Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências Departamento de BotânicaUniversidade Estadual Paulista Instituto de Biociências Departamento de BotânicaSociedade Botânica de São PauloUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]Pereira, Fernando Jorge Muniz [UNESP]2013-09-30T19:43:46Z2014-05-20T13:56:40Z2013-09-30T19:43:46Z2014-05-20T13:56:40Z2008-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article253-261application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000200008Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 31, n. 2, p. 253-261, 2008.0100-8404http://hdl.handle.net/11449/2025710.1590/S0100-84042008000200008S0100-84042008000200008S0100-84042008000200008.pdf6960838311041673SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporBrazilian Journal of Botany0,269info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-24T06:14:12Zoai:repositorio.unesp.br:11449/20257Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:08:22.764996Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
Germination of Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult. seeds: effect of water potential
title Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
spellingShingle Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]
modelagem
plantas invasoras
temperatura
hydrotime
modelling
temperature
weeds
title_short Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
title_full Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
title_fullStr Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
title_full_unstemmed Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
title_sort Germinação de sementes de Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult.: efeito do potencial hídrico
author Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]
author_facet Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]
Pereira, Fernando Jorge Muniz [UNESP]
author_role author
author2 Pereira, Fernando Jorge Muniz [UNESP]
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Victor José Mendes [UNESP]
Pereira, Fernando Jorge Muniz [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv modelagem
plantas invasoras
temperatura
hydrotime
modelling
temperature
weeds
topic modelagem
plantas invasoras
temperatura
hydrotime
modelling
temperature
weeds
description Modelos matemáticos baseados no conceito de graus dia (thermal-time) e Ψw dia (hydrotime) podem ser usados para a elaboração de modelos mais gerais sobre a germinação e emergência de plântulas no campo, podendo ser uma importante ferramenta para estudos sobre a biologia de plantas daninhas e seu controle. Neste trabalho, avaliou-se a germinação de sementes de D. cordata em resposta ao potencial hídrico (Ψw), usando-se o modelo Ψw dia. Tanto a germinabilidade como a velocidade de germinação decresceram linearmente com a redução do Ψw, atingindo valores próximos a zero em -0.8 MPa. em temperatura ótima, a taxa de queda na germinação foi maior em comparação com as temperaturas sub- e supra-ótima. O Ψw base (Ψwb) mediano foi similar entre as temperaturas sub-ótima (19 ºC) e supra-ótima (32 ºC), mas foi maior (menos negativo) à temperatura ótima (25 ºC), mostrando que sementes de D. cordata são menos sensíveis à redução do potencial hídrico à 19 ºC do que à 25 ºC. O Ψw dia foi maior para sementes germinadas à temperatura sub-ótima do que à temperatura ótima, mostrando que a velocidade de germinação num dado potencial hídrico é maior em temperatura ótima. A quantidade de Ψw dia necessária para a germinação foi maior em temperatura supra-ótima do que em temperatura ótima, e menor em temperatura supra-ótima do que em sub-ótima. em geral, Ψw dia foi relativamente constante entre as diferentes sub-populações. O modelo de Ψw dia pode descrever bem o efeito do potencial hídrico sobre as curvas de germinação (porcentagem acumulada x tempo), especialmente às temperaturas sub-ótima e supra-ótima.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-06-01
2013-09-30T19:43:46Z
2013-09-30T19:43:46Z
2014-05-20T13:56:40Z
2014-05-20T13:56:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000200008
Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 31, n. 2, p. 253-261, 2008.
0100-8404
http://hdl.handle.net/11449/20257
10.1590/S0100-84042008000200008
S0100-84042008000200008
S0100-84042008000200008.pdf
6960838311041673
url http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000200008
http://hdl.handle.net/11449/20257
identifier_str_mv Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 31, n. 2, p. 253-261, 2008.
0100-8404
10.1590/S0100-84042008000200008
S0100-84042008000200008
S0100-84042008000200008.pdf
6960838311041673
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Botany
0,269
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 253-261
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129290386014208