O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732005000200009 http://hdl.handle.net/11449/28233 |
Resumo: | É possível ensinar filosofia? O filósofo alemão G. W. F. Hegel (1770-1831) não somente responde afirmativamente à questão posta, como também indica o que deve ser ensinado e como em filosofia. A resposta hegeliana tem como fonte sua atividade como diretor do ginásio de Nürnberg, onde ele procura estabelecer diretrizes e procedimentos para que a filosofia seja ensinada aos jovens. Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração. Isto deve resultar na apreciação da realidade humana para que a partir dela sejam levados e elevados à sua maior e melhor compreensão pela reflexão e pela especulação. Tais habilidades não são adquiridas senão pelo contato direto com a filosofia em sua especificidade na sua produção histórica, ou seja, nos textos. Conhecer a história da filosofia já é aprender filosofia, mas tal aprendizagem necessita da mediação do professor. A mediação se faz necessária, pois a aprendizagem não é natural e, portanto, não se dá espontaneamente. Aprender é sempre aprender com alguém. |
id |
UNSP_b9b1f104222f85b4d48c5e70459c4255 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/28233 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidadeThe teaching of philosophy according to HegelabstraçãodialéticaespeculaçãoResumoiondialecticspeculationÉ possível ensinar filosofia? O filósofo alemão G. W. F. Hegel (1770-1831) não somente responde afirmativamente à questão posta, como também indica o que deve ser ensinado e como em filosofia. A resposta hegeliana tem como fonte sua atividade como diretor do ginásio de Nürnberg, onde ele procura estabelecer diretrizes e procedimentos para que a filosofia seja ensinada aos jovens. Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração. Isto deve resultar na apreciação da realidade humana para que a partir dela sejam levados e elevados à sua maior e melhor compreensão pela reflexão e pela especulação. Tais habilidades não são adquiridas senão pelo contato direto com a filosofia em sua especificidade na sua produção histórica, ou seja, nos textos. Conhecer a história da filosofia já é aprender filosofia, mas tal aprendizagem necessita da mediação do professor. A mediação se faz necessária, pois a aprendizagem não é natural e, portanto, não se dá espontaneamente. Aprender é sempre aprender com alguém.Is it possible to teach philosophy? The German philosopher G. W. F. Hegel (1770-1831) not only answers positively to such question but also indicates what has to be taught in philosophy and how. Hegel's answer has as its source his activity in the High School of Nürnberg where he searches to establish the aims and the procedures so that philosophy may be taught to the young people. According to Hegel philosophy is always meaningful when it considers what is basic for men, i.e., their life with all the questions related to it. In this way philosophy has to assume the man as its object. This ends up in the consideration of the human reality as it is so that it may be better and deeper understood through reflection and speculation. These abilities can only be obtained by the direct contact with philosophy itself in what is its specifications in its historical production or in other words, its texts. To know the history of philosophy is already to learn philosophy but such learning process needs the mediation of a teacher because one does not learn naturally nor spontaneously . To learn is to learn together with someone else.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituto de Biociências Departamento de EducaçãoUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituto de Biociências Departamento de EducaçãoUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Departamento de FilosofiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP]2014-05-20T15:12:01Z2014-05-20T15:12:01Z2005-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article129-148application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732005000200009Trans/Form/Ação. Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia , v. 28, n. 2, p. 129-148, 2005.0101-3173http://hdl.handle.net/11449/2823310.1590/S0101-31732005000200009S0101-31732005000200009S0101-31732005000200009.pdf28882620067461060000-0001-7750-7246SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporTrans/Form/Ação0,100info:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-19T06:09:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/28233Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-19T06:09:41Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade The teaching of philosophy according to Hegel |
title |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
spellingShingle |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP] abstração dialética especulação Resumoion dialectic speculation |
title_short |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
title_full |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
title_fullStr |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
title_full_unstemmed |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
title_sort |
O ensino da filosofia segundo Hegel: contribuições para a atualidade |
author |
Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP] |
author_facet |
Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Novelli, Pedro Geraldo Aparecido [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
abstração dialética especulação Resumoion dialectic speculation |
topic |
abstração dialética especulação Resumoion dialectic speculation |
description |
É possível ensinar filosofia? O filósofo alemão G. W. F. Hegel (1770-1831) não somente responde afirmativamente à questão posta, como também indica o que deve ser ensinado e como em filosofia. A resposta hegeliana tem como fonte sua atividade como diretor do ginásio de Nürnberg, onde ele procura estabelecer diretrizes e procedimentos para que a filosofia seja ensinada aos jovens. Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração. Isto deve resultar na apreciação da realidade humana para que a partir dela sejam levados e elevados à sua maior e melhor compreensão pela reflexão e pela especulação. Tais habilidades não são adquiridas senão pelo contato direto com a filosofia em sua especificidade na sua produção histórica, ou seja, nos textos. Conhecer a história da filosofia já é aprender filosofia, mas tal aprendizagem necessita da mediação do professor. A mediação se faz necessária, pois a aprendizagem não é natural e, portanto, não se dá espontaneamente. Aprender é sempre aprender com alguém. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-01-01 2014-05-20T15:12:01Z 2014-05-20T15:12:01Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732005000200009 Trans/Form/Ação. Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia , v. 28, n. 2, p. 129-148, 2005. 0101-3173 http://hdl.handle.net/11449/28233 10.1590/S0101-31732005000200009 S0101-31732005000200009 S0101-31732005000200009.pdf 2888262006746106 0000-0001-7750-7246 |
url |
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732005000200009 http://hdl.handle.net/11449/28233 |
identifier_str_mv |
Trans/Form/Ação. Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia , v. 28, n. 2, p. 129-148, 2005. 0101-3173 10.1590/S0101-31732005000200009 S0101-31732005000200009 S0101-31732005000200009.pdf 2888262006746106 0000-0001-7750-7246 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Trans/Form/Ação 0,100 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
129-148 application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp), Departamento de Filosofia |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp), Departamento de Filosofia |
dc.source.none.fl_str_mv |
SciELO reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799964991360598016 |