O hermafroditismo protândrico é uma característica do camarão carídeo Potimirim potimirim (Crustacea, Decapoda, Atyidae)? Análise histológica e comportamental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/191951 |
Resumo: | Camarões da infraordem Caridea (Crustacea, Decapoda) constituem um componente importante da macrofauna de diversos ambientes aquáticos. O conhecimento sobre o comportamento reprodutivo de espécies de Caridea, ecologicamente importantes, vem ganhando espaço, em particular, entre autores brasileiros. Baseado na hipótese que camarões do gênero Potimirim possam ser hermafroditas, analisamos o comportamento reprodutivo do camarão carídeo Potimirim potimirim (Müller, 1881), em laboratório. Esta espécie vive agregada e movimenta-se bastante no ambiente em busca de alimento, em especial. Deste modo, os experimentos foram acompanhados, em laboratório, quanto aos ciclos reprodutivos utilizando-se uma câmera de vídeo, totalizando 10 réplicas (nenhum camarão foi re-utilizado nos experimentos). Fêmeas ovígeras foram mantidas num mesmo aquário com fêmeas adultas que recém haviam liberado larvas para a verificação de ocorrência de acasalamento. Neste caso, testando-se a hipótese de hermafroditismo simultâneo. O comportamento reprodutivo apresentou-se conforme três etapas, como seguem: interação, posicionamento lateral e cópula (obs. não seguindo tal ordem e nem algum padrão). Verificou-se que machos realizaram guarda pré-cópula, entretanto a guarda pós-cópula não foi registrada. Fêmeas copularam com mais de um macho. Desse modo, viver agregado pode ser uma tática vantajosa para essa espécie. Tais resultados favorecem a hipótese pelo qual a falta de corte pelo macho, guarda pós-cópula e pela alta taxa de indivíduos agregados, as cópulas ocorrem em encontros por acaso, reforçando a “pure searching”, sendo uma tática evolutiva de muitas espécies de camarões pequenos. A controvérsia existente na literatura, que classifica Potimirim mexicana De Saussure, 1857 e, possivelmente o gênero, como hermafrodita não foi evidenciada para P. potimirim, a qual se trata de uma espécie gonocórica. |
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O hermafroditismo protândrico é uma característica do camarão carídeo Potimirim potimirim (Crustacea, Decapoda, Atyidae)? Análise histológica e comportamentalIs protandric hermaphroditism a characteristic of the caridea shrimp Potimirim potimirim (Crustacea, Decapoda, Atyidae)? Histological and behavioral analysisCarideaCópulaGonocorismoProtandriaÁgua doceProtândricoSistema sexualCamarão miúdoHistologiaCamarões da infraordem Caridea (Crustacea, Decapoda) constituem um componente importante da macrofauna de diversos ambientes aquáticos. O conhecimento sobre o comportamento reprodutivo de espécies de Caridea, ecologicamente importantes, vem ganhando espaço, em particular, entre autores brasileiros. Baseado na hipótese que camarões do gênero Potimirim possam ser hermafroditas, analisamos o comportamento reprodutivo do camarão carídeo Potimirim potimirim (Müller, 1881), em laboratório. Esta espécie vive agregada e movimenta-se bastante no ambiente em busca de alimento, em especial. Deste modo, os experimentos foram acompanhados, em laboratório, quanto aos ciclos reprodutivos utilizando-se uma câmera de vídeo, totalizando 10 réplicas (nenhum camarão foi re-utilizado nos experimentos). Fêmeas ovígeras foram mantidas num mesmo aquário com fêmeas adultas que recém haviam liberado larvas para a verificação de ocorrência de acasalamento. Neste caso, testando-se a hipótese de hermafroditismo simultâneo. O comportamento reprodutivo apresentou-se conforme três etapas, como seguem: interação, posicionamento lateral e cópula (obs. não seguindo tal ordem e nem algum padrão). Verificou-se que machos realizaram guarda pré-cópula, entretanto a guarda pós-cópula não foi registrada. Fêmeas copularam com mais de um macho. Desse modo, viver agregado pode ser uma tática vantajosa para essa espécie. Tais resultados favorecem a hipótese pelo qual a falta de corte pelo macho, guarda pós-cópula e pela alta taxa de indivíduos agregados, as cópulas ocorrem em encontros por acaso, reforçando a “pure searching”, sendo uma tática evolutiva de muitas espécies de camarões pequenos. A controvérsia existente na literatura, que classifica Potimirim mexicana De Saussure, 1857 e, possivelmente o gênero, como hermafrodita não foi evidenciada para P. potimirim, a qual se trata de uma espécie gonocórica.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)133876/2019-5Universidade Estadual Paulista (Unesp)Negreiros-Fransozo, Maria Lucia [UNESP]Bertini, Giovana [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Costa, Marina Machado2020-03-23T17:20:04Z2020-03-23T17:20:04Z2020-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19195100092979433004064012P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-21T06:11:15Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191951Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:19:40.552643Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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