Influência do volume e horário de aplicação na deposição, controle da cigarrinha Dalbulus maidis e nos parâmetros de produtividade da cultura do milho

• Autor(a) principal: Dias, Miguel Eduardo Câmara
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256213
• topic: Cigarrinha-do-milho; Deposição; Doenças foliares; Eficiência de controle; Produtividade; Tecnologia de aplicação de defensivos; Corn leafhopper; Deposition; Foliar diseases; Control efficiency; Productivity; Pesticide application technology

O milho no Brasil, até o momento, alcançou uma produção na safra 23/24 (dados de maio/2024) de 111.635,8 mil toneladas. Dentre os fatores que interferem na produtividade desta cultura está o ataque de pragas, sendo considerada hoje uma das principais, a cigarrinha-do-milho Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae), transmitindo várias doenças e reduzindo o potencial produtivo da cultura. Esse estudo teve por objetivo verificar como o volume e o horário de aplicação interferem nos depósitos da pulverização, no controle da cigarrinha-do-milho e nos parâmetros de produtividade. O estudo foi conduzido no delineamento em blocos casualizados no esquema fatorial (3 × 2) + 1, sendo 3 volumes de aplicação (53, 115 e 173 L ha-1) em 2 horários de aplicação (10h e 18h) mais 1 testemunha com 4 repetições. Os depósitos da pulverização foram quantificados pelo corante Azul Brilhante. O estudo foi realizado na 1ª safra (janeiro) e repetido na 2ª safra (fevereiro) no ano de 2023. Os parâmetros avaliados foram: deposição nas plantas e em alvos artificiais posicionados no cartucho das plantas de milho, uniformidade dos depósitos da pulverização, controle da cigarrinha, incidência das doenças, índice de doenças e parâmetros de produtividade. Os dados foram submetidos à análise de variância e quando significativo as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. A uniformidade dos depósitos da pulverização foi mensurada pelo coeficiente de variação. Nos resultados encontrados, na deposição nas plantas, em µg g-1 MSPA, na 1ª safra o horário das 18 horas e o volume de 53 L ha-1 apresentaram os melhores valores e na 2ª safra a interação entre o horário das 10 horas com o volume de 53 L ha-1 foi o que obteve melhor resultado. Na deposição nos alvos artificiais posicionados no cartucho das plantas de milho, em µg/cm2, na 1ª safra o horário das 10 horas apresentou os melhores valores de deposição e na 2ª safra a interação entre o horário das 10 horas com o volume de 53 L ha-1 foi o que obteve melhor resultado. Verificando a uniformidade de deposição através do coeficiente de variação, verificou-se que o maior volume (173 L ha-1), em todas as avaliações, apresentou melhor uniformidade. No controle da cigarrinha D. maidis, na 1ª safra não foram identificadas diferenças significativas e na 2ª safra o horário das 18 horas e o volume de 53 L ha-1 diferiram significativamente da testemunha para eficiência de controle. Analisando a incidência e o índice de doenças, na 1ª safra, apresentaram menor incidência quando comparado a testemunha, o horário das 10 horas e o volume de 53 L ha-1 e no índice de doenças todos os volumes e horários diferiram da testemunha, apresentando menores valores, enquanto na 2ª safra, o volume de 53L ha-1 apresentou menor incidência de doença quando comparado aos outros volumes, todos os volumes e horários difeririam da testemunha, com valores melhores e para o índice de doenças não foram encontradas diferenças significativas. Nas avaliações dos componentes biométricos e de produção, não foram encontradas diferenças significativas e ambas as safras. Conclui-se que as pulverizações podem ser aplicadas no volume de 53 L ha-1 sem prejudicar a deposição de calda no alvo. A cigarrinha-do-milho é uma praga de difícil controle e o híbrido utilizado apresenta tolerância as doenças transmitidas.