Indigestão vagal em bezerro: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Anne Yaguinuma de [UNESP]
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Leal, Laís Cecato Moura [UNESP], Almeida, Caroline Clemente de [UNESP], Leoni, Victoria Galvão [UNESP], Vicentini, Yuri Ferreira [UNESP], Mendes, Luiz Cláudio Nogueira [UNESP], Feitosa, Francisco Leydson Formiga [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243543
Resumo: Introdução: Os problemas digestórios em ruminantes são de grande importância na clínica médica. O nervo vago realiza a inervação sensorial e motora dos pré-estômagos e do abomaso, sendo a indigestão vagal uma síndrome caracterizada por transtornos de motilidade do rúmen, retículo, omaso e abomaso, causadas devido às disfunções vagais, gerando timpanismo, inapetência, alterações na motilidade ruminal, emagrecimento, entre outros. Relato do caso: Foi encaminhado à Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira” um bezerro com aproximadamente 6 meses de idade, mestiço. De acordo com o proprietário, o animal apresentava distensão abdominal há cada 3 dias, durante 30 dias, sendo este resolvido através da sondagem orogástrica, administração de acetil tributil acetato e probiótico. A dieta do paciente era composta por suplemento líquido, ração, pastagem e leite. Ao exame físico, o animal apresentou pouco gás ruminal e bradicardia, ficando em observação. No sétimo dia de internação o bezerro manifestou distensão abdominal no formato maçã/pera (Figura 1) e atonia ruminal, dando início ao tratamento com a sondagem orogástrica e administração de gluconato de cálcio IM, houve melhora clínica. Após o primeiro episódio de timpanismo, o animal timpanizou recorrentemente, totalizando 5 recidivas em um período de 7 dias, onde não apresentava melhoras com o tratamento instituído. Resultados: O hemograma e o leucograma estavam normais, descartando a possibilidade de uma reticuloperitonite traumática. A dosagem de cloretos do líquido ruminal estava levemente aumentada, indicando uma lesão pilórica discreta. Devido ao histórico, sinais clínicos e exames complementares compatíveis com indigestão vagal, foi sugerido a realização da eutanásia. Durante a necropsia foi encontrado úlcera de abomaso não perfurante de grau Ib. Conclusões: O diagnóstico da indigestão vagal é predominantemente clínico, entretanto se faz necessário descartar outras afecções, sendo assim, o histórico, a anamnese e os exames físicos e complementares foram essenciais neste caso.
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