Avaliação da toxicidade da vinhaça tratada utilizando fígado de peixes Oreochromis niloticus como modelo

• Autor(a) principal: Sardinha, Luiza Figueiredo [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/156462; http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2018-04-26/000898158.pdf
• topic: Histologia; Toxicidade - Testes; Vinhaça; Figado - Histopatologia; Peixe; Tilápia-do-Nilo; Ecossistemas aquáticos; Residuos como fertilizante; Água - Poluição; Toxicologia ambiental

Com o aumento da população e, consequentemente, do consumo e das atividades industriais, a integridade dos ecossistemas aquáticos tem sido ameaçada, uma vez que são os principais receptores de efluentes tóxicos, tal como a vinhaça. A vinhaça, subproduto da produção de álcool a partir da cana-de-açúcar (Saccharum sp.), é utilizada, principalmente no Brasil, como fertilizante. Esta substância apresenta significativo poder poluente aos recursos hídricos devido à sua alta concentração de matéria orgânica. Os peixes são excelentes modelos experimentais para estudos de toxicologia aquática, pois alertam sobre o potencial perigo de substâncias químicas ou sobre a possibilidade da poluição ambiental. Várias respostas observadas nestes organismos são excelentes biomarcadores, como por exemplo, a histopatologia do fígado, órgão que possui capacidade de acumular substâncias por exposição direta a poluentes presentes nas águas de rios e mares, ou por exposição indireta, por meio da cadeia alimentar do ecossistema. Diante do exposto, este projeto teve por finalidade analisar a toxicidade da vinhaça em diferentes diluições utilizando análises histológica e histoquímicas no fígado de peixes da espécie Oreochromis niloticus, expostos em ensaios laboratoriais. As análises físico-químicas da água dos aquários, após adição da vinhaça tratada (correção do pH com cal), indicaram aumento do pH e redução considerável dos níveis de DBO e DQO. Durante o bioensaio não houve mortandade dos peixes. As análises histoquímicas para a detecção de proteínas e de polissacarídeos não mostraram alteração neste estudo, quando comparadas ao grupo controle. Nas análises histológicas, as alterações estatisticamente significativas foram degeneração hidrópica, perda de integridade citoplasmática dos hepatócitos, perda de limite citoplasmático dos hepatócitos e desorganização...