Psicologia do esporte: a ansiedade no contexto esportivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Gyovanna Hingrid Estrivo dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257280
Resumo: De acordo com Gill (1979) e Weinberg e Gould (2017) a psicologia do esporte é uma área que visa compreender os indivíduos e seus comportamentos diante do cenário do esporte e do exercício, além de entender e intervir de maneira prática/aplicada por meio de tal conhecimento. Para tal fato, é necessário que sejam entendidos quais são os possíveis fatores psicológicos influenciadores do rendimento de um atleta e como a saúde, o bem-estar e o desenvolvimento psicológico são afetados por meio da participação em programas esportivos e de exercícios físicos. Para Cratty (1984), ansiedade pode ser definida como uma inquietação gerada a partir de uma situação desconfortável e também como um traço de personalidade relacionado à tolerância e tensão em geral. Spielberg (1970), considera a ansiedade adotando duas formas distintas e complementares: ansiedade-traço que é uma característica relativamente permanente da personalidade do indivíduo; e ansiedade- estado, não oferecendo qualquer tipo de risco ou perigo ao indivíduo. O estudo analisou a relação da ansiedade traço e estado de atletas e a sua influência sobre eles. Também foi ponderado se há diferença no nível de ansiedade entre homens e mulheres, se esse nível é diferente em esportes coletivos e individuais e, por fim, se a experiência no esporte exerce alguma influência. O método utilizado foi baseado na pesquisa de revisão bibliográfica, utilizando materiais pertinentes à temática. Seria realizada uma pesquisa de caráter quanti-qualitativa, havendo aplicação de dois questionários: o Sport Competition Anxiety Test (SCAT) e a versão brasileira do CSAI-2R (Competitive State Anxiety Inventory 2), no entanto, devido a pandemia da covid-19, ficou inviável a aplicação dos mesmos, passando a ser adotada a pesquisa de revisão bibliográfica. Os resultados encontrados demonstram que a ansiedade estado de interferir diretamente no rendimento esportivo dos atletas, sendo que existe uma tendência dos esportistas com traço de ansiedade mais elevado, vivenciarem mais situações de ansiedade estado. Desta forma, há relação entre ansiedade, ativação e desempenho esportivo. Além disso, também foi verificado que as mulheres costumam ser mais ansiosas que os homens, assim como atletas de modalidades individuais também apresentam níveis maiores de ansiedade quando comparados a atletas de modalidades coletivas. Não há uma regra sobre o tempo de prática ou experiência na modalidade com a ansiedade, no entanto, atletas com mais experiência geralmente apresentam níveis menores de ansiedade, interpretando as situações como motivadoras e facilitadoras, não como debilitantes ao rendimento esportivo. Assim, é preciso que treinadores e psicólogos do esporte ajudem os atletas a encontrarem a zona ideal de desempenho, equilibrando fatores emocionais e utilizando estratégias que ajudem os indivíduos a possuírem autonomia, realizando a autorregulação quando necessário, visando o melhor desempenho possível.
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Spielberg (1970), considera a ansiedade adotando duas formas distintas e complementares: ansiedade-traço que é uma característica relativamente permanente da personalidade do indivíduo; e ansiedade- estado, não oferecendo qualquer tipo de risco ou perigo ao indivíduo. O estudo analisou a relação da ansiedade traço e estado de atletas e a sua influência sobre eles. Também foi ponderado se há diferença no nível de ansiedade entre homens e mulheres, se esse nível é diferente em esportes coletivos e individuais e, por fim, se a experiência no esporte exerce alguma influência. O método utilizado foi baseado na pesquisa de revisão bibliográfica, utilizando materiais pertinentes à temática. Seria realizada uma pesquisa de caráter quanti-qualitativa, havendo aplicação de dois questionários: o Sport Competition Anxiety Test (SCAT) e a versão brasileira do CSAI-2R (Competitive State Anxiety Inventory 2), no entanto, devido a pandemia da covid-19, ficou inviável a aplicação dos mesmos, passando a ser adotada a pesquisa de revisão bibliográfica. Os resultados encontrados demonstram que a ansiedade estado de interferir diretamente no rendimento esportivo dos atletas, sendo que existe uma tendência dos esportistas com traço de ansiedade mais elevado, vivenciarem mais situações de ansiedade estado. Desta forma, há relação entre ansiedade, ativação e desempenho esportivo. Além disso, também foi verificado que as mulheres costumam ser mais ansiosas que os homens, assim como atletas de modalidades individuais também apresentam níveis maiores de ansiedade quando comparados a atletas de modalidades coletivas. Não há uma regra sobre o tempo de prática ou experiência na modalidade com a ansiedade, no entanto, atletas com mais experiência geralmente apresentam níveis menores de ansiedade, interpretando as situações como motivadoras e facilitadoras, não como debilitantes ao rendimento esportivo. Assim, é preciso que treinadores e psicólogos do esporte ajudem os atletas a encontrarem a zona ideal de desempenho, equilibrando fatores emocionais e utilizando estratégias que ajudem os indivíduos a possuírem autonomia, realizando a autorregulação quando necessário, visando o melhor desempenho possível.According to Gill (1979) and Weinberg and Gould (2017), sport psychology is an area that aims to understand individuals and their behaviors in the sport and exercise scenario, in addition to understanding and intervening in a practical / applied way through of such knowledge. For this, it is necessary to understand what are the possible psychological factors influencing an athlete's performance and how health, well-being and psychological development are affected through participation in sports programs and physical exercises. For Cratty (1984), anxiety can be defined as a restlessness generated from an uncomfortable situation and also as a personality trait related to tolerance and tension in general. Spielberg (1970), considers anxiety by adopting two distinct and complementary forms: trait anxiety, which is a relatively permanent characteristic of the individual's personality; and state anxiety, offering no risk or danger to the individual. The study analyzed the relationship between trait anxiety and state anxiety of athletes and their influence on them. It was also considered if there is a difference in the level of anxiety between men and women, if this level is different in team and individual sports and, finally, if the experience in sport has any influence. The method used was based on bibliographic review research, using materials relevant to the theme. A quanti-qualitative research would be carried out, with the application of two questionnaires: the Sport Competition Anxiety Test (SCAT) and the Brazilian version of the CSAI-2R (Competitive State Anxiety Inventory 2), however, due to the covid-19 pandemic, their application was not viable, and bibliographic review research was adopted. The results found demonstrate that state anxiety interferes directly in athletes' sports performance, and there is a tendency for athletes with higher anxiety traits to experience more situations of state anxiety. Thus, there is a relationship between anxiety, activation and sports performance. In addition, it was also found that women tend to be more anxious than men, as well as athletes in individual sports also have higher levels of anxiety when compared to athletes in collective sports. There is no rule about the time of practice or experience in the modality with anxiety, however, athletes with more experience generally have lower levels of anxiety, interpreting situations as motivating and facilitating, not as debilitating to sports performance. Thus, it is necessary for coaches and sports psychologists to help athletes find the ideal performance zone, balancing emotional factors and using strategies that help individuals to have autonomy, performing self-regulation when necessary, aiming at the best possible performance.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Machado, Afonso Antonio [UNESP]Morão, Kauan Galvão [UNESP]Santos, Gyovanna Hingrid Estrivo dos2024-09-03T11:27:12Z2024-09-03T11:27:12Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/257280porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T06:44:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/257280Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T06:44:16Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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