Biogeografia de frutos de megafauna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mattos, Jacqueline Salvi de [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/155804
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2017-09-28/000889753.pdf
Resumo: No final do Pleistoceno, entre 50.000 e 10.000 anos atrás, houve uma grande extinção em massa que afetou grande parcela dos mamíferos do mundo. Essa extinção também pode ter interferido em muitos tipos de processos ecológicos, como por exemplo, a dispersão de sementes. Apesar disso, atualmente ainda existem muitos tipos de frutos que aparentam ser mais adaptados aos dispersores do passado do que do presente, devido as suas características morfológicas e às síndromes de dispersão. Tais frutos são chamados de frutos de megafauna. O objetivo deste trabalho foi construir e analisar um banco de dados de espécies de frutos potencialmente dispersos por mega-frugívoros, por meio de modelos operacionais que utilizam frutos dispersados por elefantes como representantes de frutos de megafauna. Nossa hipótese é de que a diversidade de frutos considerados de grandes frugívoros seja correspondente à diversidade da megafauna atual e pretérita nos diversos continentes analisados. Foi encontrada uma maior quantidade de frutos de megafauna na América do Sul (289 espécies), seguida da Austrália (80) e África (78), sendo que os frutos com maiores diâmetros estão presentes na América do Sul e na África. Também foram analisadas as famílias vegetais dos frutos encontrados e então feita uma análise de agrupamento (Cluster Analysis) dos dados de similaridade entre elas. Estes indicaram que há uma maior semelhança entre as espécies da América do Sul e África, e entre a Austrália e Sudeste Asiático, enquanto as ilhas da Oceania e Madagascar não apresentam semelhanças filogenéticas com os outros locais. Concluímos que os frutos de megafauna apresentam ainda grande diversidade e abundância no planeta, mesmo depois da extinção em massa que dizimou seus dispersores principais
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