Representações e práticas dos profissionais da saúde sobre a violência sexual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/182798 |
Resumo: | Esta pesquisa visa contribuir para a compreensão das representações sociais sobre violência sexual elaboradas pelos profissionais da saúde. Para tanto, buscou-se construir o perfil das vítimas e do agravo, a partir de dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para confrontar estas informações com as representações encontradas e entender se estas podem influenciar na prática de atendimento ou na naturalização da violência. Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado, com os profissionais que fazem o atendimento às vítimas em dois locais de referência no município de São Carlos. Estas informações foram submetidas à análise utilizando-se do software Atlas.ti e da técnica de análise de conteúdo. Foi possível observar, a partir dos dados colhidos, que a violência sexual atinge majoritariamente pessoas do sexo feminino, menores de 14 anos, vitimadas em local doméstico por pessoas do seu convívio social. Esta também é a compreensão dos profissionais sobre o perfil mais afetado pela violência, divergindo apenas quanto a faixa etária mais atingida, caracterizando estes indivíduos como jovens. Os profissionais representam a violência sexual como qualquer ato de cunho sexual praticado contra a vontade da vítima, com diferentes compreensões sobre suas causas, ao tempo que reconhecem as consequências como “um grande trauma” para a vítima. Boa parte dos profissionais dizem que não é possível prevenir o problema, outros apontam de forma genérica para uma “melhor orientação” como forma de preveni-lo, entre outras soluções. Foi possível concluir que as representações compartilhadas pelos profissionais da saúde da amostra não prejudicam na prática de atendimento, por conta, entre outras coisas, dos protocolos de atendimento, nem na naturalização da violência, de modo que as representações dos profissionais entrevistados nesta pesquisa não interferem significativamente no acolhimento às vítimas |
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Representações e práticas dos profissionais da saúde sobre a violência sexualHealth professionals representations and practices about sexual violenceviolência sexualviolência de gêneroprofissionais da saúderepresentações sociaisSexual violenceGender-based violenceHealth professionalSocial representationEsta pesquisa visa contribuir para a compreensão das representações sociais sobre violência sexual elaboradas pelos profissionais da saúde. Para tanto, buscou-se construir o perfil das vítimas e do agravo, a partir de dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para confrontar estas informações com as representações encontradas e entender se estas podem influenciar na prática de atendimento ou na naturalização da violência. Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado, com os profissionais que fazem o atendimento às vítimas em dois locais de referência no município de São Carlos. Estas informações foram submetidas à análise utilizando-se do software Atlas.ti e da técnica de análise de conteúdo. Foi possível observar, a partir dos dados colhidos, que a violência sexual atinge majoritariamente pessoas do sexo feminino, menores de 14 anos, vitimadas em local doméstico por pessoas do seu convívio social. Esta também é a compreensão dos profissionais sobre o perfil mais afetado pela violência, divergindo apenas quanto a faixa etária mais atingida, caracterizando estes indivíduos como jovens. Os profissionais representam a violência sexual como qualquer ato de cunho sexual praticado contra a vontade da vítima, com diferentes compreensões sobre suas causas, ao tempo que reconhecem as consequências como “um grande trauma” para a vítima. Boa parte dos profissionais dizem que não é possível prevenir o problema, outros apontam de forma genérica para uma “melhor orientação” como forma de preveni-lo, entre outras soluções. Foi possível concluir que as representações compartilhadas pelos profissionais da saúde da amostra não prejudicam na prática de atendimento, por conta, entre outras coisas, dos protocolos de atendimento, nem na naturalização da violência, de modo que as representações dos profissionais entrevistados nesta pesquisa não interferem significativamente no acolhimento às vítimasThis research aims to contribute to the understanding of social representations on sexual violence elaborated by health professionals. Therefore, we sought to construct the profile of the victims and the offense, based on data provided by the Public Security Secretariat of São Paulo, to compare this information with the representations found and to understand whether these may influence the practice of care or naturalization of violence. Beyond that, interviews were conducted in depth, with a semi-structured script, with the professionals who perform care for the victims in two reference sites in the city of São Carlos. This information was submitted to the analysis using Atlas.ti software and the content analysis technique. From the data collected, it was possible to observe that sexual violence affects the majority of female victims, under 14 years of age, victims of domestic violence. This is also the professionals' understanding of the profile most affected by violence, differing only in the age group most affected, characterizing these individuals as young people. Professionals portray sexual violence as any sexual act practiced against the will of the victim, with different understandings of its causes, while recognizing the consequences as a "major trauma" for the victim. Many professionals say that it is not possible to prevent the problem, others point generally to a "better orientation" as a way to prevent it, among other solutions. It was possible to conclude that the representations shared by the health professionals of the sample do not harm in the practice of care, due to, among other things, the protocols of care, nor in the naturalization of violence, so that the representations of the professionals interviewed in this research do not interfere victimsCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Castro, Ana Lúcia de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Balog, Ana Julieta Parente [UNESP]2019-07-24T16:11:05Z2019-07-24T16:11:05Z2019-05-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18279800091867233004030017P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-11T18:48:08Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182798Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:34:15.892189Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Esta pesquisa visa contribuir para a compreensão das representações sociais sobre violência sexual elaboradas pelos profissionais da saúde. Para tanto, buscou-se construir o perfil das vítimas e do agravo, a partir de dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para confrontar estas informações com as representações encontradas e entender se estas podem influenciar na prática de atendimento ou na naturalização da violência. Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado, com os profissionais que fazem o atendimento às vítimas em dois locais de referência no município de São Carlos. Estas informações foram submetidas à análise utilizando-se do software Atlas.ti e da técnica de análise de conteúdo. Foi possível observar, a partir dos dados colhidos, que a violência sexual atinge majoritariamente pessoas do sexo feminino, menores de 14 anos, vitimadas em local doméstico por pessoas do seu convívio social. Esta também é a compreensão dos profissionais sobre o perfil mais afetado pela violência, divergindo apenas quanto a faixa etária mais atingida, caracterizando estes indivíduos como jovens. Os profissionais representam a violência sexual como qualquer ato de cunho sexual praticado contra a vontade da vítima, com diferentes compreensões sobre suas causas, ao tempo que reconhecem as consequências como “um grande trauma” para a vítima. Boa parte dos profissionais dizem que não é possível prevenir o problema, outros apontam de forma genérica para uma “melhor orientação” como forma de preveni-lo, entre outras soluções. Foi possível concluir que as representações compartilhadas pelos profissionais da saúde da amostra não prejudicam na prática de atendimento, por conta, entre outras coisas, dos protocolos de atendimento, nem na naturalização da violência, de modo que as representações dos profissionais entrevistados nesta pesquisa não interferem significativamente no acolhimento às vítimas |
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