Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150
http://hdl.handle.net/11449/135482
Resumo: Since its arrival in Brazil at the beginning of the new century, queer theory – and particularly that variant of it linked to the works of Judith Butler – has been followed, criticized, contested and yet hardly problematicized in its deeper epistemological implications. Although Brazilian scholars have employed meanings and consistent debates regarding the changes that this axis of subaltern knowledge has provoked, there are still few discussions which seek to think about these contributions in the specific Brazilian context, in which categories of gender, sexuality, race and ethnicity link and cross in unique ways, creating experiences that are quite different from those generally discussed by foreign queer theorists. In the present article, I am trying to provoke an anthropophagic reflection, seeking fruitful dialogues with feminisms and post-colonial texts, emphasizing those that focus upon Latin-American reality, in an attempt create tension in our productions – thought in terms of local realities – as these face questions and issues that are also transnational. The idea here is to go beyond translating "queer", towards thinking of a theory informed by these productions, but which also dares to invent itself through questioning our own marginalized experience. In the present article, I look at the short but intense production of Argentine anthropologist Néstor Perlongher, taking it as one of the starting points for the elaboration of a Latin American (but mainly Brazilian) "teoria cu": that which is produced outside of the phallocentric and heteronormative regimes of canonic science.
id UNSP_c2d692b497cd33b02c66f2c27dae59e1
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/135482
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?Queer theoryCu theorySouth epistemologyNéstor PerlongherTeoria queerTeoría cuierEpistemologías del surNéstor PerlongherTeoria queerTeoria cuEpistemologias do sulNéstor PerlongherSince its arrival in Brazil at the beginning of the new century, queer theory – and particularly that variant of it linked to the works of Judith Butler – has been followed, criticized, contested and yet hardly problematicized in its deeper epistemological implications. Although Brazilian scholars have employed meanings and consistent debates regarding the changes that this axis of subaltern knowledge has provoked, there are still few discussions which seek to think about these contributions in the specific Brazilian context, in which categories of gender, sexuality, race and ethnicity link and cross in unique ways, creating experiences that are quite different from those generally discussed by foreign queer theorists. In the present article, I am trying to provoke an anthropophagic reflection, seeking fruitful dialogues with feminisms and post-colonial texts, emphasizing those that focus upon Latin-American reality, in an attempt create tension in our productions – thought in terms of local realities – as these face questions and issues that are also transnational. The idea here is to go beyond translating "queer", towards thinking of a theory informed by these productions, but which also dares to invent itself through questioning our own marginalized experience. In the present article, I look at the short but intense production of Argentine anthropologist Néstor Perlongher, taking it as one of the starting points for the elaboration of a Latin American (but mainly Brazilian) "teoria cu": that which is produced outside of the phallocentric and heteronormative regimes of canonic science.Tras haber llegado en Brasil, en el comienzo de este siglo, marcadamente por medio de la obra de la filósofa Judit Butler, la teoría queer ha sido asimilada, criticada, contestada y poco problematizada de manera más profundizada acerca de sus implicaciones epistemológicas. Aunque que se haiga, nacionalmente, desarrollado significativos y consistentes debates acerca de los aportes que esta vertiente de los saberes subaltenizados ha provocado, aún son pocas las discusiones las cuales buscan pensar en estas contribuciones en el contexto específico brasileño, en cuyo marco las categorías de género, sexualidad, raza/etnia se interconectan de manera singular, performando experiencias muy distintas de aquellas tratadas por autoras y autores extranjeros comprometidos con el queer. La provocación en este artículo es de pensar antropofágicamente, intentando en esta investigación diálogos fructíferos con el feminismo, las lecturas post-coloniales, con énfasis en aquellas formuladas a partir de la realidad latinoamericana, intentándose tensionar nuestras producciones frente a cuestiones que son transnacionales. Más que traducciones para el "queer", la idea es pensar una teoría informada por estas producciones, pero que aventúrese a inventarse a sí misma a partir de nuestra experiencia marginal. En este articulo, tomo la corta pero intensa producción del antropólogo argentino Néstor Perlongher como uno de los marcos para la elaboración de una "teoría cu" latinoamericana, con énfasis en las discusiones brasileñas.Desde que aportou no Brasil no início deste século, sobretudo via obra da filósofa Judith Butler, a teoria queer tem sido seguida, criticada, contestada e pouco problematizada em suas implicações epistemológicas mais profundas. Ainda que se tenha, nacionalmente, empreendido significativos e consistentes debates sobre os aportes que esta vertente dos saberes subalternizados tem suscitado, ainda são poucas as discussões que procuram pensar nessas contribuições no contexto específico brasileiro, no qual as categorias de gênero, sexualidade, raça/etnia, se interconectam de maneira singular, configurando experiências muito distintas daquelas discutidas por autoras e autores estrangeiros filiados a esta corrente. A provocação aqui é de pensar antropofagicamente, buscando nessa reflexão diálogos frutíferos com os feminismos, as leituras pós-coloniais, com ênfase naquelas pensadas a partir da realidade latinoamericana, na tentativa de tencionar nossas produções – pensadas a partir de realidades locais – diante de questões que também são transnacionais. Mais que traduções do "queer", a ideia aqui é pensar em uma teoria informada por essas produções, mas que ouse se inventar a partir de questões próprias de nossa experiência marginal. Nesta apresentação, tomo a curta, mas intensa, produção do antropólogo argentino Néstor Perlongher como um dos marcos para a elaboração de uma "teoria cu" latino-americana, mas, sobretudo brasileira, aquela produzida fora dos regimes falogocêntricos e heteronormativos da ciência canônica.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), Departamento de Ciências Humanas, Bauru, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), Departamento de Ciências Humanas, Bauru, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]2016-03-02T13:02:59Z2016-03-02T13:02:59Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article68-91application/pdfhttp://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150Periodicus, v. 1, n. 1, p. 68-91, 2014.2358-0844http://hdl.handle.net/11449/135482ISSN2358-0844-2014-01-01-68-91.pdf50183855484958720000-0001-6212-3629Currículo Lattesreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporPeriodicusinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-17T13:16:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/135482Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:43:38.533259Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
title Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
spellingShingle Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]
Queer theory
Cu theory
South epistemology
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoría cuier
Epistemologías del sur
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoria cu
Epistemologias do sul
Néstor Perlongher
title_short Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
title_full Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
title_fullStr Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
title_full_unstemmed Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
title_sort Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
author Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]
author_facet Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Queer theory
Cu theory
South epistemology
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoría cuier
Epistemologías del sur
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoria cu
Epistemologias do sul
Néstor Perlongher
topic Queer theory
Cu theory
South epistemology
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoría cuier
Epistemologías del sur
Néstor Perlongher
Teoria queer
Teoria cu
Epistemologias do sul
Néstor Perlongher
description Since its arrival in Brazil at the beginning of the new century, queer theory – and particularly that variant of it linked to the works of Judith Butler – has been followed, criticized, contested and yet hardly problematicized in its deeper epistemological implications. Although Brazilian scholars have employed meanings and consistent debates regarding the changes that this axis of subaltern knowledge has provoked, there are still few discussions which seek to think about these contributions in the specific Brazilian context, in which categories of gender, sexuality, race and ethnicity link and cross in unique ways, creating experiences that are quite different from those generally discussed by foreign queer theorists. In the present article, I am trying to provoke an anthropophagic reflection, seeking fruitful dialogues with feminisms and post-colonial texts, emphasizing those that focus upon Latin-American reality, in an attempt create tension in our productions – thought in terms of local realities – as these face questions and issues that are also transnational. The idea here is to go beyond translating "queer", towards thinking of a theory informed by these productions, but which also dares to invent itself through questioning our own marginalized experience. In the present article, I look at the short but intense production of Argentine anthropologist Néstor Perlongher, taking it as one of the starting points for the elaboration of a Latin American (but mainly Brazilian) "teoria cu": that which is produced outside of the phallocentric and heteronormative regimes of canonic science.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014
2016-03-02T13:02:59Z
2016-03-02T13:02:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150
Periodicus, v. 1, n. 1, p. 68-91, 2014.
2358-0844
http://hdl.handle.net/11449/135482
ISSN2358-0844-2014-01-01-68-91.pdf
5018385548495872
0000-0001-6212-3629
url http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150
http://hdl.handle.net/11449/135482
identifier_str_mv Periodicus, v. 1, n. 1, p. 68-91, 2014.
2358-0844
ISSN2358-0844-2014-01-01-68-91.pdf
5018385548495872
0000-0001-6212-3629
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Periodicus
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 68-91
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv Currículo Lattes
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129350867877888