Transformações de paisagem no Baixo Augusta: São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/244777 |
Resumo: | O Baixo Augusta é uma região que abarca a porção baixa da rua Augusta e arredores, na cidade de São Paulo, sendo caracterizada por sua proximidade com o centro da cidade. Em meados da década de 2000, essa região foi “ressignificada”: antes vista como “degradada”, passa a ser um espaço urbano “descolado” e “alternativo”, caracterizado por sua diversidade de público e de estabelecimentos voltados ao lazer jovem noturno. Na esteira deste processo, segue-se um boom imobiliário, que rasga verticalmente a paisagem do Baixo Augusta com uma série de novas e modernas torres residenciais ou comerciais. Tais transformações são interpretadas como um processo de gentrification, tanto pela mídia como pela literatura acadêmica, não obstante, uma análise mais aprofundada do caso de estudo faz com que ele resista a este enquadramento teórico. Dessa maneira, esta pesquisa objetiva analisar tais transformações urbanas a partir de um aparato teórico que tem em seu bojo o conceito de paisagem. Por sua polissemia e atuais usos nas Ciências Sociais, o conceito de “paisagem” revela um potencial que permite análises mais amplas e globais de eventos transformadores do espaço urbano, com ênfase tanto nas mudanças materiais como simbólicas. Argumenta-se que a paisagem da Rua Augusta é produzida por um rol de diferentes agentes, cujos interesses são, por vezes, antagônicos. Por essa razão, caracteriza-se como uma Paisagem de Poder, no sentido de Sharon Zukin (1993), e evidencia uma relação complexa entre cultura e capital, relação tanto de embate como, por vezes, de concordância. A investigação lançou mão de diversos aparatos metodológicos, como técnicas de mapeamento, levantamento de material midiático e trabalho de campo, com conversas informais, observação e registro de impressões. |
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Transformações de paisagem no Baixo Augusta: São PauloLandscape transformations in Baixo Augusta: São PauloBaixo AugustaPaisagemPaisagem de PoderDiversidadeDiscursoGentrificationLandscapeLandscapes of powerDiversityDiscourseO Baixo Augusta é uma região que abarca a porção baixa da rua Augusta e arredores, na cidade de São Paulo, sendo caracterizada por sua proximidade com o centro da cidade. Em meados da década de 2000, essa região foi “ressignificada”: antes vista como “degradada”, passa a ser um espaço urbano “descolado” e “alternativo”, caracterizado por sua diversidade de público e de estabelecimentos voltados ao lazer jovem noturno. Na esteira deste processo, segue-se um boom imobiliário, que rasga verticalmente a paisagem do Baixo Augusta com uma série de novas e modernas torres residenciais ou comerciais. Tais transformações são interpretadas como um processo de gentrification, tanto pela mídia como pela literatura acadêmica, não obstante, uma análise mais aprofundada do caso de estudo faz com que ele resista a este enquadramento teórico. Dessa maneira, esta pesquisa objetiva analisar tais transformações urbanas a partir de um aparato teórico que tem em seu bojo o conceito de paisagem. Por sua polissemia e atuais usos nas Ciências Sociais, o conceito de “paisagem” revela um potencial que permite análises mais amplas e globais de eventos transformadores do espaço urbano, com ênfase tanto nas mudanças materiais como simbólicas. Argumenta-se que a paisagem da Rua Augusta é produzida por um rol de diferentes agentes, cujos interesses são, por vezes, antagônicos. Por essa razão, caracteriza-se como uma Paisagem de Poder, no sentido de Sharon Zukin (1993), e evidencia uma relação complexa entre cultura e capital, relação tanto de embate como, por vezes, de concordância. A investigação lançou mão de diversos aparatos metodológicos, como técnicas de mapeamento, levantamento de material midiático e trabalho de campo, com conversas informais, observação e registro de impressões.Baixo Augusta is a region located in São Paulo city that encompasses the lower portion of Rua Augusta and its surroundings, and that is characterized by its proximity to the city’s downtown. In the mid-2000s, this region was “resignified”: previously perceived as “degraded” area, it became a “cool” and “alternative” urban space, characterized by its diversity of public and establishments focused on young people and nightlife. This process is followed by a real estate boom follows, which vertically tears the landscape of Baixo Augusta with a series of new and modern residential or commercial skyscrapers. Such transformations are interpreted as gentrification, both by the media and by the academic literature. However, a deeper analysis of this case of study shows its resistant to this theoretical framework. Thus, this research aims to analyze such urban transformations from a theoretical apparatus that has the concept of landscape at its heart. Due to its polysemy and current uses in Social Sciences, the concept of “landscape” reveals a great potential that allows broader and global analyzes of urban space transformations, with emphasis on both material and symbolic changes. The argument is that the landscape of Rua Augusta is produced by a pool of different agents, whose interests are sometimes antagonistic. For this reason, it is characterized as a Landscape of Power, in the sense of Sharon Zukin (1993), and highlights a complex relationship between culture and capital, a relationship both of conflict and, at times, of agreement. The research relied on a variety of methodological devices, such as mapping techniques, media material survey and field work, with informal conversations, observation and impressions records.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Castro, Ana Lúcia de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Beatriz Salgado Cardoso de2023-07-26T16:40:23Z2023-07-26T16:40:23Z2023-05-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/24477733004030017P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-11T19:35:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/244777Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:47:35.849086Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O Baixo Augusta é uma região que abarca a porção baixa da rua Augusta e arredores, na cidade de São Paulo, sendo caracterizada por sua proximidade com o centro da cidade. Em meados da década de 2000, essa região foi “ressignificada”: antes vista como “degradada”, passa a ser um espaço urbano “descolado” e “alternativo”, caracterizado por sua diversidade de público e de estabelecimentos voltados ao lazer jovem noturno. Na esteira deste processo, segue-se um boom imobiliário, que rasga verticalmente a paisagem do Baixo Augusta com uma série de novas e modernas torres residenciais ou comerciais. Tais transformações são interpretadas como um processo de gentrification, tanto pela mídia como pela literatura acadêmica, não obstante, uma análise mais aprofundada do caso de estudo faz com que ele resista a este enquadramento teórico. Dessa maneira, esta pesquisa objetiva analisar tais transformações urbanas a partir de um aparato teórico que tem em seu bojo o conceito de paisagem. Por sua polissemia e atuais usos nas Ciências Sociais, o conceito de “paisagem” revela um potencial que permite análises mais amplas e globais de eventos transformadores do espaço urbano, com ênfase tanto nas mudanças materiais como simbólicas. Argumenta-se que a paisagem da Rua Augusta é produzida por um rol de diferentes agentes, cujos interesses são, por vezes, antagônicos. Por essa razão, caracteriza-se como uma Paisagem de Poder, no sentido de Sharon Zukin (1993), e evidencia uma relação complexa entre cultura e capital, relação tanto de embate como, por vezes, de concordância. A investigação lançou mão de diversos aparatos metodológicos, como técnicas de mapeamento, levantamento de material midiático e trabalho de campo, com conversas informais, observação e registro de impressões. |
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