A percepção da vulnerabilidade e representação do câncer de colo do útero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conde, Carla Regiani [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/149882
Resumo: O câncer de colo do útero constitui, em todo o mundo, um sério problema de saúde pública e pode acometer especialmente mulheres de nível socioeconômico baixo e na faixa etária reprodutiva. Este estudo trata-se de uma pesquisa na abordagem qualiquantitativa com objetivo geral de compreender a percepção da vulnerabilidade à doença entre mulheres com diagnóstico de câncer de colo do útero e com objetivos específicos de levantar o conjunto de características individuais, sociais e programáticas presentes no cotidiano das mulheres, participantes deste estudo, que as tornaram vulneráveis ao câncer de colo do útero; identificar os motivos que contribuíram para a percepção da vulnerabilidade de mulheres com a doença; verificar as mudanças na vida das mulheres percebidas por elas após o diagnóstico de câncer de colo do útero; apreender as representações do câncer de colo do útero atribuídas pelas mulheres com esta neoplasia; identificar as facilidades e as barreiras, na visão dessas mulheres, voltadas para o seguimento e assistência ao tratamento do câncer de colo do útero; conhecer a forma de participação destas mulheres no tratamento do câncer de colo do útero. A pesquisa foi conduzida com 38 mulheres que possuíam diagnóstico confirmado de câncer de colo do útero em tratamento no Ambulatório de Ginecologia Oncológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. A técnica de coleta de dados foi a entrevista e o registro dos dados em instrumento elaborado pela pesquisadora e gravador digital. Utilizou-se o discurso do sujeito coletivo como referencial metodológico e como referenciais teóricos utilizaram-se a vulnerabilidade no quadro dos direitos humanos e a teoria das representações sociais. Para tanto, os resultados foram organizados, apresentados e analisados a partir das respostas às questões da pesquisa, e dispostos da seguinte forma: levantamento das características individuais, sociais e programáticas e categorização qualiquantitativa dos discursos dos sujeitos coletivos de acordo com as diferentes dimensões da vulnerabilidade, que abordou os motivos e a percepção da doença, mudanças percebidas pelas mulheres após diagnóstico, representação social do câncer de colo do útero, atendimento dos serviços de saúde e a participação das mulheres no tratamento. A partir desta análise emergiram principalmente as categorias: sinais e sintomas do câncer de colo do útero; não sabe a causa do câncer de colo do útero; periodicidade da consulta ginecológica e exame preventivo; não percebeu mudanças; maternidade, mudanças corporais e sexualidade; comorbidades associadas ao câncer de colo do útero; doença assustadora, incerta, inesperada; medo da morte e recidiva da doença; aceitação da doença; acolhimento do serviço de saúde; adesão ao tratamento; e orientação do profissional   de saúde. Conhecer, portanto, a percepção da vulnerabilidade da mulher diagnosticada com câncer de colo do útero nos permitiu compreender que a doença colaborou para mudanças e trouxe representações importantes para o cotidiano das mulheres. Ao identificar os fatores que contribuíram para a vulnerabilidade ao câncer, observou-se a necessidade de desenvolver intervenções pautadas na integralidade do cuidado à saúde da mulher. Acredita-se que a população deve ser incentivada e esclarecida quanto à importância de participar no cuidado a sua saúde e os serviços investir na educação em saúde por meio da orientação das mulheres quanto à necessidade de adesão a vacinação contra o papilomavírus humano, orientação de relação sexual segura e detecção e tratamento precoce das lesões percursoras.
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Este estudo trata-se de uma pesquisa na abordagem qualiquantitativa com objetivo geral de compreender a percepção da vulnerabilidade à doença entre mulheres com diagnóstico de câncer de colo do útero e com objetivos específicos de levantar o conjunto de características individuais, sociais e programáticas presentes no cotidiano das mulheres, participantes deste estudo, que as tornaram vulneráveis ao câncer de colo do útero; identificar os motivos que contribuíram para a percepção da vulnerabilidade de mulheres com a doença; verificar as mudanças na vida das mulheres percebidas por elas após o diagnóstico de câncer de colo do útero; apreender as representações do câncer de colo do útero atribuídas pelas mulheres com esta neoplasia; identificar as facilidades e as barreiras, na visão dessas mulheres, voltadas para o seguimento e assistência ao tratamento do câncer de colo do útero; conhecer a forma de participação destas mulheres no tratamento do câncer de colo do útero. A pesquisa foi conduzida com 38 mulheres que possuíam diagnóstico confirmado de câncer de colo do útero em tratamento no Ambulatório de Ginecologia Oncológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. A técnica de coleta de dados foi a entrevista e o registro dos dados em instrumento elaborado pela pesquisadora e gravador digital. Utilizou-se o discurso do sujeito coletivo como referencial metodológico e como referenciais teóricos utilizaram-se a vulnerabilidade no quadro dos direitos humanos e a teoria das representações sociais. Para tanto, os resultados foram organizados, apresentados e analisados a partir das respostas às questões da pesquisa, e dispostos da seguinte forma: levantamento das características individuais, sociais e programáticas e categorização qualiquantitativa dos discursos dos sujeitos coletivos de acordo com as diferentes dimensões da vulnerabilidade, que abordou os motivos e a percepção da doença, mudanças percebidas pelas mulheres após diagnóstico, representação social do câncer de colo do útero, atendimento dos serviços de saúde e a participação das mulheres no tratamento. A partir desta análise emergiram principalmente as categorias: sinais e sintomas do câncer de colo do útero; não sabe a causa do câncer de colo do útero; periodicidade da consulta ginecológica e exame preventivo; não percebeu mudanças; maternidade, mudanças corporais e sexualidade; comorbidades associadas ao câncer de colo do útero; doença assustadora, incerta, inesperada; medo da morte e recidiva da doença; aceitação da doença; acolhimento do serviço de saúde; adesão ao tratamento; e orientação do profissional   de saúde. Conhecer, portanto, a percepção da vulnerabilidade da mulher diagnosticada com câncer de colo do útero nos permitiu compreender que a doença colaborou para mudanças e trouxe representações importantes para o cotidiano das mulheres. Ao identificar os fatores que contribuíram para a vulnerabilidade ao câncer, observou-se a necessidade de desenvolver intervenções pautadas na integralidade do cuidado à saúde da mulher. Acredita-se que a população deve ser incentivada e esclarecida quanto à importância de participar no cuidado a sua saúde e os serviços investir na educação em saúde por meio da orientação das mulheres quanto à necessidade de adesão a vacinação contra o papilomavírus humano, orientação de relação sexual segura e detecção e tratamento precoce das lesões percursoras.Cervical cancer is a serious public health problem throughout the world and mainly affecting women of low socioeconomic status and to reproductive age. This is a qualiquantitative study with a general objective of understanding the perception of vulnerability among women diagnosed with cervical cancer and with specific objectives were: listing the individual, social and programmatic characteristics of the daily lives of women participating in this study that make them vulnerable to cervical cancer; identifying the reasons that contributed to the perception of vulnerability in women with the disease; verifying the life changes perceived by them after cervical cancer diagnosis; apprehending the representations of cervical cancer attributed by women with this neoplasm; identifying the facilities and barriers, in their point of view, aimed at the follow-up and assistance in the cervical cancer treatment; the participation of these women in the treatment of cervical cancer. This study included 38 women who had a confirmed diagnosis of cervical cancer and treated at the Oncology Gynecology Clinic in the Clinical Hospital Botucatu Medical School. The data collection technique was the interview and whose responses were recorded digitally in an instrument prepared by the researcher. The discourse of the collective subject was used as a methodological reference while the vulnerability in the framework of human rights and the theory of social representations were used as theoretical reference. For this, the results were organized, presented and analyzed based on the responses to the research questions, arranged as follows: survey of the individual, social and programmatic characteristics and qualitative/quantitative categorization of the discourses of the collective subjects according to the different dimensions of vulnerability, which addressed the reasons for and the perception of the disease, changes perceived by women after diagnosis, social representation of cervical cancer, health care services and women's participation in treatment. From this analysis emerged the following general categories: signs and symptoms of cervical cancer; women that do not know the causes of cervical cancer; periodicity of gynecological consultation and pap test; women that did not notice changes; maternity, bodily changes and sexuality; comorbidities associated with cervical cancer; frightening, uncertain, unexpected disease; fear of death and relapse of the disease; acceptance of the disease; reception in the health unit; adherence to treatment; guidance from the health professional. Knowing, therefore, the perception of the vulnerability of the subjects allowed us to understand that the disease contributed to changes and brought important representations to the daily lives of women. The factors that contributed   to the vulnerability to cancer included the need to develop interventions based on the entireness of women's health care. We believe that the population should be encouraged and enlightened as to the importance of participating in the care their health and services invest in health education through the guidance of women regarding the need for adhesion to human papillomavirus vaccination, guidance about safe sexual intercourse and early detection and treatment of precursor lesions.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ferreira, Maria de Lourdes da Silva Marques [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Conde, Carla Regiani [UNESP]2017-03-22T19:41:36Z2017-03-22T19:41:36Z2017-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14988200088249433004064085P50448759379310369porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T14:40:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/149882Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T14:40:10Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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