Padrão de deslocamento ativo da região metropolitana de Campinas - SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Goulardins, Guilherme Stefano [UNESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/183698
Resumo: O deslocamento ativo traz muitos benefícios tanto individuais quanto ambientais, por exemplo, redução da mortalidade, redução da pressão arterial e redução da poluição. Apesar disso, vemos que no Brasil, utiliza-se pouco esse modo de transporte quando comparado a outros países. No caso de Recife, por exemplo, 16% de viagens de bicicleta, longe dos 48% de Amsterdam. O objetivo foi analisar o padrão do deslocamento ativo da Região Metropolitana de Campinas – SP e para tal feitio foram utilizados os dados da pesquisa “Origem-Destino 2003 e 2011 da Região Metropolitana de Campinas”. Foi realizado um estudo descritivo e analítico da frequência do deslocamento ativo, fatores associados para ser ciclista ou caminhante por meio da regressão de Poisson, e uma análise descritiva de tendência temporal sobre as características das viagens ativas da RMC. Para a realização dos mesmos, foi utilizado o software Stata 12.0 (StataCorp). A amostra contou com 36.892 pessoas residentes da RMC e 66.362 viagens. Sendo encontrado uma queda entre 2003 e 2011 nas frequências dos ciclistas (2,2% - 1,6%) e suas viagens (3,5% - 2,1%), e para os caminhantes (21,9% - 17,3%) e suas viagens (35,4% - 24%). Sobre as características individuais, para os ciclistas, obteve-se que a cada 1000 habitantes 25,1 são homens, 21,1 adultos jovens e 29,8 provenientes da classe E. Nos caminhantes, a cada 1000 habitantes, 184,4 são mulheres, 367,4 crianças/adolescentes, 413,4 estudantes e 207,9 da classe E. Para os fatores associados os achados foram que sexo masculino e classe econômicas mais baixas estão associadas com o desfecho ser ciclista, já sexo feminino e faixa etária crianças e adolescentes estão associadas com ser caminhante. Embora o tempo das viagens de bicicleta tenha aumentado de 2003 (15 minutos intervalo interquartil 12,5) para 2011 (20 minutos intervalo interquartil 20), o tempo referente as viagens a pé caíram, sendo 20 minutos intervalo interquartil 20 em 2003, passando para 15 minutos intervalo interquartil 10 em 2011. O baixo tempo de deslocamento ocorre devido as pequenas distâncias percorridas, informação esta que vai ao encontro dos achados no nosso estudo a respeito das razões para se deslocar ativamente, sendo elas a pequena distância, independentemente da idade. Já para os motivos, a idade influenciou as viagens na origem e destino, sendo que para viagens de bicicleta (mais de 50%) e a pé (mais de 90%), o estudo regular foi mais frequente nas crianças e adolescentes, já para os adultos jovens, (mais de 80% para viagens de bicicleta e 50% nas viagens a pé) e adultos (mais de 70% para viagens de bicicleta e 50% nas viagens a pé), o trabalho foi mais frequente. Somente nos idosos foram encontradas diferenças entre os modos de transporte, sendo os mais frequentes para viagens de bicicleta a resolução de assuntos pessoais (mais de 30%) e lazer (mais de 20%) e para os caminhantes as compras (mais de 30%). De acordo com o tamanho populacional dos municípios, aqueles com população menor que 100.000 habitantes possuem, apesar da queda, mais ciclistas nos dois momentos em 2003 com 6,5% e 2011 com 4,4%, por outro lado, os caminhantes foram mais frequentes nos municípios com população acima de 100.000 habitantes nos dois momentos, passando de 40,9% em 2003 para 28,8% em 2011. Em relação as viagens e municípios, aqueles com população acima de 100.000 habitantes foram mais frequentes, tanto para viagens de bicicleta (mais de 50%) quanto viagens a pé (mais de 40%). Dessa forma, foi concluído que houve uma queda não só no número de ciclistas, mas também no de caminhantes e suas viagens, que ser homem e classe econômica baixa são fatores associados a ser ciclista e ser mulher, criança e adolescente está associado a ser caminhante, que o tempo das viagens é baixo, a principal razão para escolher o deslocamento ativo é a pequena distância e os motivos possuem influência da idade. Pode-se dizer que a RMC segue o padrão nacional em relação ao deslocamento ativo e que a discussão desse assunto é fundamental para o avanço das políticas públicas de planejamento urbano
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Foi realizado um estudo descritivo e analítico da frequência do deslocamento ativo, fatores associados para ser ciclista ou caminhante por meio da regressão de Poisson, e uma análise descritiva de tendência temporal sobre as características das viagens ativas da RMC. Para a realização dos mesmos, foi utilizado o software Stata 12.0 (StataCorp). A amostra contou com 36.892 pessoas residentes da RMC e 66.362 viagens. Sendo encontrado uma queda entre 2003 e 2011 nas frequências dos ciclistas (2,2% - 1,6%) e suas viagens (3,5% - 2,1%), e para os caminhantes (21,9% - 17,3%) e suas viagens (35,4% - 24%). Sobre as características individuais, para os ciclistas, obteve-se que a cada 1000 habitantes 25,1 são homens, 21,1 adultos jovens e 29,8 provenientes da classe E. Nos caminhantes, a cada 1000 habitantes, 184,4 são mulheres, 367,4 crianças/adolescentes, 413,4 estudantes e 207,9 da classe E. Para os fatores associados os achados foram que sexo masculino e classe econômicas mais baixas estão associadas com o desfecho ser ciclista, já sexo feminino e faixa etária crianças e adolescentes estão associadas com ser caminhante. Embora o tempo das viagens de bicicleta tenha aumentado de 2003 (15 minutos intervalo interquartil 12,5) para 2011 (20 minutos intervalo interquartil 20), o tempo referente as viagens a pé caíram, sendo 20 minutos intervalo interquartil 20 em 2003, passando para 15 minutos intervalo interquartil 10 em 2011. O baixo tempo de deslocamento ocorre devido as pequenas distâncias percorridas, informação esta que vai ao encontro dos achados no nosso estudo a respeito das razões para se deslocar ativamente, sendo elas a pequena distância, independentemente da idade. Já para os motivos, a idade influenciou as viagens na origem e destino, sendo que para viagens de bicicleta (mais de 50%) e a pé (mais de 90%), o estudo regular foi mais frequente nas crianças e adolescentes, já para os adultos jovens, (mais de 80% para viagens de bicicleta e 50% nas viagens a pé) e adultos (mais de 70% para viagens de bicicleta e 50% nas viagens a pé), o trabalho foi mais frequente. Somente nos idosos foram encontradas diferenças entre os modos de transporte, sendo os mais frequentes para viagens de bicicleta a resolução de assuntos pessoais (mais de 30%) e lazer (mais de 20%) e para os caminhantes as compras (mais de 30%). De acordo com o tamanho populacional dos municípios, aqueles com população menor que 100.000 habitantes possuem, apesar da queda, mais ciclistas nos dois momentos em 2003 com 6,5% e 2011 com 4,4%, por outro lado, os caminhantes foram mais frequentes nos municípios com população acima de 100.000 habitantes nos dois momentos, passando de 40,9% em 2003 para 28,8% em 2011. Em relação as viagens e municípios, aqueles com população acima de 100.000 habitantes foram mais frequentes, tanto para viagens de bicicleta (mais de 50%) quanto viagens a pé (mais de 40%). Dessa forma, foi concluído que houve uma queda não só no número de ciclistas, mas também no de caminhantes e suas viagens, que ser homem e classe econômica baixa são fatores associados a ser ciclista e ser mulher, criança e adolescente está associado a ser caminhante, que o tempo das viagens é baixo, a principal razão para escolher o deslocamento ativo é a pequena distância e os motivos possuem influência da idade. Pode-se dizer que a RMC segue o padrão nacional em relação ao deslocamento ativo e que a discussão desse assunto é fundamental para o avanço das políticas públicas de planejamento urbanoActive displacement has many individual and environmental benefits, for example, reduced mortality, reduced blood pressure and reduced pollution. Nevertheless, we see that in Brazil, this mean of transport is not so used when compared to other countries. In the case of Recife, for example, 16% of bicycle trips, far from the 48% of Amsterdam. The objective was to analyze the pattern of active displacement of the Region Metropolitan of Campinas - SP and for that purpose we used data from the research “Origin-Destination 2003 and 2011 of the Region Metropolitan of Campinas”. A descriptive and analytical study of the frequency of active displacement, associated factors to be cyclist or hiker by Poisson regression, and a descriptive analysis of temporal trend on the characteristics of active CMR travel were performed. To perform them, the software Stata 12.0 (StataCorp) was used. The sample included 36,892 residents of RMC and 66,362 trips. A decline between 2003 and 2011 in the frequencies of cyclists (2.2% - 1.6%) and their trips (3.5% - 2.1%), and for hikers (21.9% - 17, 3%) and their travels (35.4% - 24%). Regarding the individual characteristics, for cyclists, it was found that every 1000 inhabitants 25.1 are men, 21.1 young adults and 29.8 from E class. In hikers, each 1000 inhabitants, 184.4 are women, 367.4 children / adolescents, 413.4 students and 207.9 of E class. For the associated factors the discoveries were that lower economic class and male gender are associated with the outcome being cyclist, female and age group children. and teens are associated with being a walker. Although bicycle travel time increased from 2003 (15 minutes interquartile range 12.5) to 2011 (20 minutes interquartile range 20), walking time decreased by 20 minutes interquartile range 20 in 2003 to 15 minutes interquartile range 10 in 2011. The short travel time is due to the short distances traveled, which is in line with the discoveries in our study about the reasons for actively moving, which is the short distance, regardless of age. For reasons, age influenced travel in origin and destination, and for cycling (over 50%) and walking (over 90%) travel, the regular study was more frequent in children and adolescents. young adults (over 80% for cycling and 50% for walking) and adults (over 70% for cycling and 50% for walking), work was more frequent. Only in the elderly were found differences between modes of transport, with the most frequent for bicycle trips the resolution of personal matters (over 30%) and leisure (over 20%) and for walkers shopping (over 30%). ). According to the population size of the municipalities, those with population smaller than 100,000 inhabitants, despite the fall, there were more cyclists in both moments in 2003 with 6.5% and 2011 with 4.4%, on the other hand, walkers were more frequent in municipalities with population over 100,000 inhabitants at both times, from 40.9% in 2003 to 28.8% in 2011. Regarding trips and municipalities, those with population over 100,000 inhabitants were more frequent, both for trips by bike (over 50%) and walking (over 40%). Thus, it was concluded that there was a drop not only in the number of cyclists, but also in the number of hikers and their travels, that being a man and lower economy class are factors associated with being a cyclist and being a woman, child and adolescent is associated with being a hiker , because travel time is short, the main reason for choosing active travel is the short distance and the motives are influenced by age. In a nut shell that the RMC follows the national standard in relation to active displacement and the discussion of this subject is fundamental for the advancement of public urban planning politics.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Kokubun, Eduardo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Sá, Thiago Hérick deGoulardins, Guilherme Stefano [UNESP]2019-10-03T16:54:40Z2019-10-03T16:54:40Z2019-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18369800092562133004137062P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-05-13T20:17:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183698Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:17:56.351426Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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