Oficinas de psicologia aplicadas à 3ª idade junto ao projeto Universidade aberta à 3ª idade
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Sa_de/Saude125.htm http://hdl.handle.net/11449/148422 |
Resumo: | O objetivo de trabalhar com a população da 3ª idade que freqüenta a Unesp-Assis tem vários eixos: produzir pesquisas e projetos de extensão. O núcleo conta com treze estagiários que, além de criarem as oficinas, disponibilizam-nas a um grupo de vinte e quatro sujeitos. Até o momento já foram produzidas, utilizando os recursos psicodramáticos, as seguintes oficinas: 1) propostas dos sujeitos para o ano de 2002; 2) busca do cúmplice; 3) forroxé; 4) defesa pessoal; 5) oficina de construção de instrumentos musicais; 6) oficina de ritmo; 7) passeio coletivo ao Horto Florestal de Assis: 3ª idade da Unesp e da Vila Prudenciana. Ao se colocar estes dispositivos-oficinas para o grupo objetiva-se apostar na circulação da fala, da apropriação de desejos, rupturas com olhares burocratizados, resgate da capacidade de invenção e criação, desconstrução de movimentos corporais cristalizados, e de instaurar um movimento de autogestão coletiva, virtualizando discussões sobre cidadania e direitos humanos, e de agenciamento com outros coletivos, como a comunidade externa e os estudantes. Durante o período de intervenção foi possível perceber que o grupo tem rompido com estereótipos em relação à terceira idade principalmente quanto à dificuldade de se movimentar, ou de se movimentar não apenas corporalmente, mas em termos de pensamentos e ações. As falas veiculadas enquanto dançavam na oficina forroxé, por exemplo, diziam respeito ao passado em que estudavam e trabalhavam, davam plantões em hospitais mas não perdiam os bailes no Bexiga ou em outros lugares; rememoravam o tempo em que conheceram seus futuros parceiros e relatavam o prazer de estar vivendo novamente estes momentos da vida. Muitos personagens apareceram durante esta oficina. Com esta experimentação ganhou-se visibilidade das forças ativas do desejo de vivenciar outros campos de possibilidades de atuação, apropriar-se de suas capacidades e vislumbrar outros modos de afirmar a existência. A oficina funcionou como dispositivo de agenciamento de novos olhares sobre si e sobre o mundo. O lugar dos estagiários no grupo é justamente esse de colocar dispositivos que funcionem no sentido de que os sujeitos coletivos possam criar e inventar, pensar/fazer atos instituintes que os tire do lugar de grupo sujeitado ( aposentados da vida ). Desta forma, apostar que este grupo opere transformações qualitativas tanto no conjunto da comunidade universitária como na comunidade externa, produzindo intervenções originais, disruptivas, é apostar que o coletivo que não está aposentado da vida é virtualmente capaz de mudar e inventar novos sentidos na contemporaneidade. |
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O objetivo de trabalhar com a população da 3ª idade que freqüenta a Unesp-Assis tem vários eixos: produzir pesquisas e projetos de extensão. O núcleo conta com treze estagiários que, além de criarem as oficinas, disponibilizam-nas a um grupo de vinte e quatro sujeitos. Até o momento já foram produzidas, utilizando os recursos psicodramáticos, as seguintes oficinas: 1) propostas dos sujeitos para o ano de 2002; 2) busca do cúmplice; 3) forroxé; 4) defesa pessoal; 5) oficina de construção de instrumentos musicais; 6) oficina de ritmo; 7) passeio coletivo ao Horto Florestal de Assis: 3ª idade da Unesp e da Vila Prudenciana. Ao se colocar estes dispositivos-oficinas para o grupo objetiva-se apostar na circulação da fala, da apropriação de desejos, rupturas com olhares burocratizados, resgate da capacidade de invenção e criação, desconstrução de movimentos corporais cristalizados, e de instaurar um movimento de autogestão coletiva, virtualizando discussões sobre cidadania e direitos humanos, e de agenciamento com outros coletivos, como a comunidade externa e os estudantes. Durante o período de intervenção foi possível perceber que o grupo tem rompido com estereótipos em relação à terceira idade principalmente quanto à dificuldade de se movimentar, ou de se movimentar não apenas corporalmente, mas em termos de pensamentos e ações. As falas veiculadas enquanto dançavam na oficina forroxé, por exemplo, diziam respeito ao passado em que estudavam e trabalhavam, davam plantões em hospitais mas não perdiam os bailes no Bexiga ou em outros lugares; rememoravam o tempo em que conheceram seus futuros parceiros e relatavam o prazer de estar vivendo novamente estes momentos da vida. Muitos personagens apareceram durante esta oficina. Com esta experimentação ganhou-se visibilidade das forças ativas do desejo de vivenciar outros campos de possibilidades de atuação, apropriar-se de suas capacidades e vislumbrar outros modos de afirmar a existência. A oficina funcionou como dispositivo de agenciamento de novos olhares sobre si e sobre o mundo. O lugar dos estagiários no grupo é justamente esse de colocar dispositivos que funcionem no sentido de que os sujeitos coletivos possam criar e inventar, pensar/fazer atos instituintes que os tire do lugar de grupo sujeitado ( aposentados da vida ). Desta forma, apostar que este grupo opere transformações qualitativas tanto no conjunto da comunidade universitária como na comunidade externa, produzindo intervenções originais, disruptivas, é apostar que o coletivo que não está aposentado da vida é virtualmente capaz de mudar e inventar novos sentidos na contemporaneidade. |
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