Comparação dos efeitos da fisioterapia respiratória convencional com aumento do fluxo expiratório em parâmetros cardiorrespiratórios de crianças sob ventilação mecânica invasiva e ventilação não-invasiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabrizzi, Émilie Cristina Simonetti [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/148982
Resumo: Introdução: Crianças com o diagnóstico de insuficiência respiratória aguda necessitam, muitas vezes, da ventilação mecânica invasiva e não invasiva, podendo apresentar algumas complicações relacionadas ao uso desse suporte. A necessidade da fisioterapia respiratória na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) torna-se cada vez mais importante na assistência ao paciente crítico. Objetivo: Comparar os efeitos da fisioterapia respiratória convencional com a técnica de aumento do fluxo expiratório (AFE) em parâmetros cardiorrespiratórios de crianças submetidas à ventilação mecânica invasiva (VMI) e não-invasiva (VNI). Metodologia: Estudo prospectivo e randomizado, incluindo crianças de 1 mês a 2 anos de idade internadas na UTI Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, durante o período de 3 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo submetido à manobra de AFE (grupo AFE – G1AFE) e grupo submetido a uma técnica de fisioterapia respiratória convencional (grupo convencional – G2C). Nos dois grupos foram verificadas e anotadas a saturação arterial de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória em três momentos: cinco minutos antes do início da técnica (T0), após 10 minutos (T1) e após 30 minutos da aplicação das técnicas (T2). No T2 foi avaliada, também, a relação PaO2/FiO2 por meio do resultado da gasometria arterial já coletada pela equipe da UTI. Durante todo o procedimento as crianças foram continuamente monitoradas para observar qualquer queda de saturação, taquicardia ou bradicardia, o que indicaria suspensão da técnica. Resultados: Foram incluídas 80 crianças com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia ou bronquiolite internadas em UTIP. Os dois grupos de estudo não diferiram quanto ao sexo, idade, escore PRISM e a distribuição das formas de assistência ventilatória utilizadas (VMI, VNI ou ambas), demonstrando que os mesmos são homogêneos e estatisticamente comparáveis. Na comparação entre os grupos, a FC do G1AFE foi significantemente menor do que do G2C após a aplicação das manobras, nos dias D2 e D3. No G1AFE houve aumento da SpO2, no D2 e D3, depois da realização da manobra, persistindo até os 30 minutos após a realização da mesma. Conclusão: Os resultados mostram que a AFE apresenta benefícios sobre parâmetros cardiorrespiratórios de crianças com insuficiência respiratória aguda quando comparada com a técnica convencional de fisioterapia.
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Objetivo: Comparar os efeitos da fisioterapia respiratória convencional com a técnica de aumento do fluxo expiratório (AFE) em parâmetros cardiorrespiratórios de crianças submetidas à ventilação mecânica invasiva (VMI) e não-invasiva (VNI). Metodologia: Estudo prospectivo e randomizado, incluindo crianças de 1 mês a 2 anos de idade internadas na UTI Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, durante o período de 3 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo submetido à manobra de AFE (grupo AFE – G1AFE) e grupo submetido a uma técnica de fisioterapia respiratória convencional (grupo convencional – G2C). Nos dois grupos foram verificadas e anotadas a saturação arterial de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória em três momentos: cinco minutos antes do início da técnica (T0), após 10 minutos (T1) e após 30 minutos da aplicação das técnicas (T2). No T2 foi avaliada, também, a relação PaO2/FiO2 por meio do resultado da gasometria arterial já coletada pela equipe da UTI. Durante todo o procedimento as crianças foram continuamente monitoradas para observar qualquer queda de saturação, taquicardia ou bradicardia, o que indicaria suspensão da técnica. Resultados: Foram incluídas 80 crianças com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia ou bronquiolite internadas em UTIP. Os dois grupos de estudo não diferiram quanto ao sexo, idade, escore PRISM e a distribuição das formas de assistência ventilatória utilizadas (VMI, VNI ou ambas), demonstrando que os mesmos são homogêneos e estatisticamente comparáveis. Na comparação entre os grupos, a FC do G1AFE foi significantemente menor do que do G2C após a aplicação das manobras, nos dias D2 e D3. No G1AFE houve aumento da SpO2, no D2 e D3, depois da realização da manobra, persistindo até os 30 minutos após a realização da mesma. Conclusão: Os resultados mostram que a AFE apresenta benefícios sobre parâmetros cardiorrespiratórios de crianças com insuficiência respiratória aguda quando comparada com a técnica convencional de fisioterapia.Introduction: Children with acute respiratory failure frequently use invasive and noninvasive mechanical ventilation, and may have complications related with this support. The need for respiratory therapy in the Intensive Care Unit (UTIP) becomes increasingly important in the care of critically ill patients. Objective: To compare the effects of conventional respiratory therapy with expiratory flow increase technique (AFE) on cardiorespiratory parameters in children undergoing invasive mechanical ventilation (IMV) and noninvasive (NIV). Methodology: A prospective randomized study included children from 1 month to 2 years of age admitted to the UTIP at the General Hospital -UNESP, during 3 years. Patients were randomized into two groups: group submitted to AFE technique (G1AFE) and the group submitted to conventional respiratory therapy technique (G2C). Both groups were checked for arterial oxygen saturation, heart rate and respiratory rate in three moments: five minutes before the start of the technique (T0), after 10 minutes (T1) and after 30 minutes (T2). In T2, PaO₂ / FiO₂ ratio was evaluated. Throughout the procedure children were continuously monitored for any decrease in arterial oxygen saturation, tachycardia or bradycardia, which would lead to technique interruption. Results: The study included 80 children, aged 1 month to 2 years old, admitted to the UTIP. The study groups did not differ according to gender, age, PRISM score and ventilatory support (IMV, NIV or both), demonstrating that they were statistically homogeneous and comparable. HR was significantly lower for G1AFE after application of the maneuvers, on days D2 and D3. G1AFE showed increase of SpO2 in the D2 and D3 after the completion of the maneuver; this effect was maintained up to 30 minutes after the completion of it. Conclusion: The results suggest that the AFE shows benefit over cardiorespiratory parameters in children with acute respiratory failure secondary to pneumonia or acute viral bronchiolitis when compared with conventional technique of physical therapy.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fioretto, José Roberto [UNESP]Carpi, Mário Ferreira [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fabrizzi, Émilie Cristina Simonetti [UNESP]2017-03-13T16:41:14Z2017-03-13T16:41:14Z2017-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14898200088176033004064088P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-29T06:20:06Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148982Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-29T06:20:06Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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