Temperamento e prematuridade: influências sobre a interação mãe-bebê
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/144449 |
Resumo: | O temperamento e a prematuridade do bebê são apontados pela literatura como variáveis que podem influenciar as interações estabelecidas entre a mãe e o bebê. As interações com um bebê avaliado como mais difícil podem ser menos prazerosas e os que nasceram prematuros podem responder de forma diferente aos estímulos do ambiente, requerendo mais cuidado dos pais. Este trabalho investigou a influência do temperamento e da prematuridade nas interações mãe-bebê no início da vida e organiza-se em três estudos. O primeiro estudo identificou a percepção materna do temperamento de bebês de três a seis meses associando-a a variáveis do bebê, maternas e familiares. Foram observadas correlações positivas entre a idade gestacional, o peso ao nascer e a percepção materna de temperamento difícil do bebê. O segundo estudo investigou os comportamentos interativos do bebê (orientação social positiva, expressão negativa e regulação) e maternos (orientação social positiva e expressão negativa) emitidos durante os episódios do Face-to-Face Still-Face (FFSF), considerando dois grupos: o de bebês prematuros (Grupo PT) e os nascidos a termo (Grupo AT). O FFSF refere-se a um procedimento de filmagem e divide-se em três episódios de três minutos cada. Nos episódios um e três a mãe interagiu com o seu bebê como estava habituada a fazer e, no segundo, interrompeu a interação, manteve contato visual, mas deixou de responder ao bebê. As análises foram conduzidas considerando a amostra total e comparando os dois grupos. Os resultados apontaram que tanto os bebês da amostra total como os dos Grupos PT e AT apresentaram o efeito still-face, isto é, responderam diferentemente na ausência dos comportamentos interativos maternos. Os bebês prematuros emitiram frequências mais altas de comportamentos de orientação social positiva do que os bebês a termo, ainda que as diferenças não tenham sido significativas, diferente de outros estudos da área. Todavia, as mães de bebês prematuros apresentaram médias menores de orientação social positiva do que as mães de bebês nascidos a termo, mas as diferenças também não foram significativas. No terceiro estudo analisou-se a influência do temperamento do bebê, avaliado pela percepção materna, sobre a interação mãe-bebê. As díades foram divididas em grupos de temperamento fácil (G1), moderado (G2) e difícil (G3). Os bebês do G3 diferiram significativamente dos demais grupos em expressão negativa no episódio dois do FFSF. As mães dos bebês do G1 apresentaram menos comportamentos de orientação social positiva do que as mães dos demais grupos. Os resultados podem contribuir para o planejamento de intervenções que visem promover interações saudáveis entre a díade. |
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Temperamento e prematuridade: influências sobre a interação mãe-bebêTemperament and prematurity: influences on mother-infant interactionInteração mãe-bebêPrematuridadeTemperamentoO temperamento e a prematuridade do bebê são apontados pela literatura como variáveis que podem influenciar as interações estabelecidas entre a mãe e o bebê. As interações com um bebê avaliado como mais difícil podem ser menos prazerosas e os que nasceram prematuros podem responder de forma diferente aos estímulos do ambiente, requerendo mais cuidado dos pais. Este trabalho investigou a influência do temperamento e da prematuridade nas interações mãe-bebê no início da vida e organiza-se em três estudos. O primeiro estudo identificou a percepção materna do temperamento de bebês de três a seis meses associando-a a variáveis do bebê, maternas e familiares. Foram observadas correlações positivas entre a idade gestacional, o peso ao nascer e a percepção materna de temperamento difícil do bebê. O segundo estudo investigou os comportamentos interativos do bebê (orientação social positiva, expressão negativa e regulação) e maternos (orientação social positiva e expressão negativa) emitidos durante os episódios do Face-to-Face Still-Face (FFSF), considerando dois grupos: o de bebês prematuros (Grupo PT) e os nascidos a termo (Grupo AT). O FFSF refere-se a um procedimento de filmagem e divide-se em três episódios de três minutos cada. Nos episódios um e três a mãe interagiu com o seu bebê como estava habituada a fazer e, no segundo, interrompeu a interação, manteve contato visual, mas deixou de responder ao bebê. As análises foram conduzidas considerando a amostra total e comparando os dois grupos. Os resultados apontaram que tanto os bebês da amostra total como os dos Grupos PT e AT apresentaram o efeito still-face, isto é, responderam diferentemente na ausência dos comportamentos interativos maternos. Os bebês prematuros emitiram frequências mais altas de comportamentos de orientação social positiva do que os bebês a termo, ainda que as diferenças não tenham sido significativas, diferente de outros estudos da área. Todavia, as mães de bebês prematuros apresentaram médias menores de orientação social positiva do que as mães de bebês nascidos a termo, mas as diferenças também não foram significativas. No terceiro estudo analisou-se a influência do temperamento do bebê, avaliado pela percepção materna, sobre a interação mãe-bebê. As díades foram divididas em grupos de temperamento fácil (G1), moderado (G2) e difícil (G3). Os bebês do G3 diferiram significativamente dos demais grupos em expressão negativa no episódio dois do FFSF. As mães dos bebês do G1 apresentaram menos comportamentos de orientação social positiva do que as mães dos demais grupos. Os resultados podem contribuir para o planejamento de intervenções que visem promover interações saudáveis entre a díade.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/10653-4Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim [UNESP]Pereira, Veronica Aparecida [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Chiodelli, Taís [UNESP]2016-10-26T18:31:06Z2016-10-26T18:31:06Z2016-08-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14444900087478733004056085P08149650593877042porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-01T06:07:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/144449Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T13:41:29.764942Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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