Farmacocinética dose dependente do propofol administrado por infusão contínua em bezerros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pestana, Kelly Chrystina [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Assumpção, Juliana Uruguay Correa Vidigal [UNESP], Borges, Martina Campana [UNESP], Desch, Mauricio [UNESP], Araújo, Marcelo Augusto [UNESP], Santos, Paulo Sergio Patto [UNESP], Peccinini, Rosangela Gonçalves [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTY1MA==
http://hdl.handle.net/11449/146979
Resumo: Introdução: O propofol (2,6-diisopropilfenol) é um anestésico intravenoso de ação ultracurta utilizado para indução e manutenção de anestesia. A indução anestésica é realizada por administração inicial em bolus - em que a concentração plasmática declina rapidamente - e as concentrações plasmáticas são mantidas por infusão contínua. Embora esse fármaco tenha grande aplicação em medicina veterinária, o perfil farmacocinético em algumas espécies animais não está bem elucidado. A determinação dos parâmetros farmacocinéticos é de suma importância para adequação do regime posológico em cada espécie. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil farmacocinético do propofol administrado em bezerros, por infusão contínua em duas diferentes taxas. Metodologia: Os animais foram induzidos à anestesia com propofol na dose (iv) de 5 mg/kg e a manutenção anestésica foi realizada pela infusão contínua de propofol em duas diferentes taxas, 0,6 (G06) e 0,8 mg/kg/minuto (G08), durante 60 minutos. As concentrações plasmáticas de propofol foram determinadas no período de 110 minutos. A comparação estatística entre os grupos foi realizada por teste t não pareado, não paramétrico (Mann-Whitney), utilizando o programa GraphPad Instat® (α =0,05). Resultados: Para os grupos G06 e G08, respectivamente, obtivemos os seguinte resultados : concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio (Cpss) 0,93 e 3,24µg/mL; meia vida de eliminação (t1/2) 17,11 e 34,05 minutos; constante de eliminação (kel) 0,0409 e 0,0231 min-1 ; volume de distribuição (Vd) 17,06 e 11,7L/kg e clearance (Cl) 0,62 e 0,25 L/min/kg. O único parâmetro que não apresentou diferença estatística entre os grupos foi o Vd. Na infusão de 0,8 mg/min/kg observou-se diminuição da capacidade de eliminação do composto (expressa pelo parâmetro Cl). A diminuição de Cl, parâmetro farmacocinético primário, levou a um aumento da t1/2 de eliminação, parâmetro farmacocinético secundário e dependente de Cl e Vd. O aumento em 30% na taxa de infusão (0,6 para 0,8 mg/min/kg) levou a uma Cpss cerca de três vezes superior (0,93 vs 3,24 ug/mL) e esse fato também relaciona-se com a diminuição da capacidade de Cl, com consequente acúmulo plasmático do composto. Conclui-se que o fármaco apresenta cinética dose dependente e que a administração de diferentes taxas de infusão deve considerar os parâmetros farmacocinéticos relacionados para adequação dos níveis plasmáticos e sucesso terapêutico.
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