Avaliação da utilização sistêmica de alfa e beta amirina e seus efeitos sobre a doença periodontal

• Autor(a) principal: Sampaio, Vitor Hugo Gonçalves [UNESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/236610
• topic: Plantas medicinais; Doenças periodontais; Reabsorção óssea; Bone resorption

A doença periodontal é uma doença infecciosa e inflamatória que afeta cercade50% da população. Se não tratada, leva à destruição dos tecidos periodontais, causando até a perda do elemento dentário. Possui etiologia multifatorial, como presença e composição microbiana do biofilme dentário, comportamentais, sistêmicos e genéticos. Plantas medicinais, como a resina extraída da árvore Protium heptaphyllum, têm sido estudadas e se destacam por sua ação antiinflamatória e analgésica, apresentando como principais componentes α e β-amirina. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do uso sistêmico de α e β-amirina na doença periodontal. Foram utilizados 24 ratos machos divididos aleatoriamente em três grupos: NAIVE - grupo controle foi composto por ratos com a mesma idade dos do grupo experimental, os quais não foram submetidos a quaisquer condições experimentais (n = 8). DP+S: Os animais foram induzidos à doença periodontal e após 7 dias, administração diária de solução salina (1ml) por gavagem por 5 dias, uma vez ao dia. DP+A: Os animais foram induzidos à doença periodontal e após 7 dias, foi administrada diariamente α e β-amirina diluídas em água destilada na concentração de 10% (1 ml) por gavagem por 5 dias, uma vez por dia. Nos grupos DP+S e DP+A, a indução da doença periodontal foi realizada por ligadura com algodão estéril nº 6 colocado na região cervical do primeiro molar inferior direito. A ligadura foi fixada na face mesial, permanecendo subgengival nas faces distal, vestibular e lingual, induzindo periodontite de fase aguda. Após 14 dias a eutanásia dos ratos foi realizada por meio de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes histológicos longitudinais de 4μm foram corados com hematoxilina-eosina e picrosirius red para avaliação histológica em microscopia de luz ou polarização. As seguintes variáveis foram consideradas para análise quantitativa: porcentagem relativa da área ocupada por fibras colágenas (FC); vasos sanguíneos (VS); substância fundamental amorfa (SFA) do LP; número de perfis nucleares, largura média do ligamento periodontal, nível de inserção do ligamento periodontal e área óssea da região central do septo ósseo alveolar (AO). Para comparação entre os grupos foi utilizado teste Kruskal-Wallis com post-hoc test de Dunn, determinado após verificação da normalidade dos dados, no programa estatístico SPSS 20.0 (α = 0,05). As análises revelaram diversas diferenças significativas entre os grupos com periodontite induzida e o grupo onde não houve intervenção. O Grupo DP+S apresentou maiores áreas de destruição de fibras colágenas, aumento no número de perfis nucleares, da reabsorção óssea e no espaço do ligamento periodontal. Foi observada a eficácia da amirina na modulação do número de células, o qual não teve diferença significativa com o grupo NAIVE. Conclui-se que os efeitos anti-inflamatórios da amirina se manifestam no processo de reparo tecidual do periodonto, principalmente na redução da reabsorção óssea alveolar diante da periodontite.