Uso da energia de cogeração em usina sucroalcooleira para irrigação da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogaroto, Leonardo Santini
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/250093
Resumo: A utilização de fontes de energia alternativas e renováveis nas mais variadas atividades humanas está cada vez mais difundida e necessária na atualidade, considerando a questão da sustentabilidade e previsão não distante do esgotamento das fontes não renováveis, especialmente o petróleo. O bagaço da cana de açúcar em uma usina de açúcar e álcool é, na maioria das vezes, utilizado para gerar energia elétrica para consumo próprio no processo industrial da usina, havendo um excedente que frequentemente é vendido para a concessionária de energia elétrica mais próxima, trazendo um algum retorno para o usineiro, considerando se tratar de um subproduto. Contudo, há a possibilidade de parte desse excedente gerado ser utilizado para irrigar também parte do canavial produzindo maior quantidade de açúcar (ou etanol). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo quantificar a necessidade de queima do bagaço em cogeração para funcionamento de um pivô central utilizado para irrigação da cana e avaliar o custo benefício da adoção dessa prática. No trabalho foi considerada uma área irrigada de 100,66 hectares por equipamento pivô central no município de Pereira Barreto sob três cenários de expectativa de acréscimo de produtividade (35, 70 e 100%) e três diâmetros propostos para a tubulação de recalque do sistema de bombeamento, que resultaram em três diferentes demandas de energia elétrica e, consequentemente, quantidade de bagaço utilizado na geração. Os resultados demostraram nos três cenários a viabilidade da irrigação ao invés da venda da energia para a concessionária de energia elétrica. Em todos os cenários a quantidade de bagaço produzido na área irrigada foi suficiente para gerar a própria energia elétrica consumida. Nos cenários 2 e 3 (70 e 100% de acréscimo na produtividade) a quantidade de bagaço produzida apenas pelo acréscimo devido à irrigação já foi suficiente para alimentação do sistema elétrico do pivô central. Além dos benefícios diretos, a irrigação da cana traz benefícios indiretos, como maior longevidade do canavial e otimização das áreas de produção.
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