Marcha de acúmulo nos frutos e exportação de nutrientes em cultivares de café Arábica na região Centro-Oeste Paulista

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Autor(a) principal: Silva, Bárbara Fernanda da Silva
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/255509
Resumo: O entendimento de como a interação entre os materiais genéticos e o ambiente de produção interfere na exportação de nutrientes pelos frutos colhidos, bem como na proporção de cada nutriente contida nos grãos e na casca dos frutos, são informações importante para a definição da restituições de nutrientes em lavouras de café arábica. Além disso, o conhecimento da dinâmica de acúmulo de nutrientes nos frutos e como isso afeta a concentrações dos mesmos nas folhas durante o período de frutificação de cultivares com ciclos de maturação diferentes, também são ferramentas auxiliares na definição do momento de fornecer os nutrientes para as culturas. O presente trabalho foi constituído de dois estudos, conduzidos em propriedade cafeeira no município de Vera Cruz-SP (22°7' S; 49°29' W; 645 m de altitude). No primeiro, avaliaram-se os teores e exportações dos nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn), nas sete primeiras safras (2020/21-2021/22), bem como a partição dos mesmos entre casca e grãos dos frutos colhidos nas safras (2020/21-2021/22) de 18 cultivares de café arábica. No segundo, avaliaram-se o acúmulo de matéria seca (MS) e os teores e acúmulos de nutrientes no fruto, bem como os teores dos mesmos em folhas dos ramos produtivos, ao longo do período de frutificação de sete cultivares café arábica com períodos de maturação dos frutos contrastantes, em duas safras. Em ambos os estudos utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com três repetições. As plantas foram irrigadas por gotejamento. Na média das cultivares e safras avaliadas, a exportação de nutrientes pelo cafeesubsidiosiro arábica seguiu a ordem: K > N > Ca > P > Mg > S > Fe > B > Cu > Mn = Zn. As duas cultivares mais produtivas (IPR 100 e IAC 125 RN) também se destacaram com as maiores exportações da maioria dos nutrientes, juntamente com a cv. Tupi IAC 4093. Houve variações nos teores de nutrientes nos frutos colhidos entre as cultivares, na maioria das safras, e entre as safras. Na média das sete safras, as cultivares IPR 100, Tupi IAC 4093 e IAC 125 RN se destacaram com as maiores exportações de N (161, 158 e 156 kg ha-1, respectivamente); contudo, em uma safra especifica a cv. Tupi IAC 4093 exportou 314 kg ha-1 de N. As maiores exportações médias de P ocorreram na Tupi IAC 4093 (15,7 kg ha-1), IPR 100 (15,2 kg ha-1), IAC 125 RN (15,0 kg ha-1) e IPR107 (14,6 kg ha-1), sendo a maior exportação de P em uma safra específica (47,2 kg ha-1) registrada na cv. IAC 125 RN. O K foi o nutriente exportado em maiores quantidades, com as maiores exportações médias obtidas nas cultivares IAC 125 RN (237 kg ha-1), IPR 100 (232 kg ha-1) e Tupi IAC 4093 (230 kg ha-1), e chegando a 434 kg ha-1 pela cv. Tupi IAC 4093 em uma safra específica. A cv. IPR 100 se destacou na exportaçãode Ca (média de 43 kg ha-1) e a Tupi IAC 4093, IPR 100 e IAC 125 RN na de Mg (10,3- 11,0 kg ha-1). As maiores exportações médias de S ocorreram na IPR 100, Obatã IAC 1669-20, IAC 125 RN e IAPAR 59 (7,4-8,3 kg ha-1). Quanto aos micronutrientes, as maiores exportações, em g ha-1, foram 272 (IPR 100) para o B, de 142 (IPR 100) para o Cu, de 1136 (Tupi IAC 4093) para o Fe, de 107 (IAC 125 RN) para o Mn e de 113 (IPR 98) para o Zn. Também houve diferenças entre as cultivares quanto à partição da maioria dos nutrientes entre a casca e os grãos do fruto, sendo que, em média, a percentagem de alocação para os grãos seguiu a ordem: Mg > N = P > Fe > Zn > S > Cu > Mn > B > Ca > K. Assim, o K, além de ser o nutriente contido em maior teor nos frutos, também foi aquele com maior proporção alocada na casca. O período de frutificação durou de 194 dias nas cultivares precoces (IAC 125 RN e IAPAR 59) a 225 nas cultivares intermediárias (Topázio MG 1190 e Catuaí VE IAC 144) e tardias (Obatã IAC 1669-20, IPR 99 e IPR 100), havendo acumulação constante de MS no fruto durante todo o período. Os acúmulos de N e K nos frutos foram relativamente constantes durante a frutificação, em ambas as safras, e também os de P, K, Mg, S e Cu na segunda safra. Já as quantidades de Ca, B, Fe, Mn e Zn acumuladas no fruto variaram ao longo do período. Para o B, o período de maior acumulação nos frutos se deu entre 90 e 163 dias após a antese. As acumulações de MS e de alguns nutrientes (notadamente, N, P, K, S, Cu, Mn e Zn) no fruto tenderam a ser mais rápidas nos cultivares precoces, especialmente o IAC 125 RN. Com o aumento da MS acumulada no fruto, houve redução dos teores de N, P, Ca, Mg, S, B e Mn na biomassa do fruto. Já os teores de K, Cu, Fe e Zn nos frutos tiveram variação incerta ao longo do período de frutificação e entre as safras avaliadas. Apenas os teores foliares de N, em ambas as safras, e de Ca na safra 2020/21 e de Fe na safra 2021/22, diminuíram durante a frutificação. Os teores de Mg, B e Cu nas folhas do ramo produtivo aumentaram durante o crescimento dos frutos. O acúmulo médio final dos nutrientes no fruto não teve relação clara com a produtividade de grãos ou com a exportação dos mesmos.
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spelling Marcha de acúmulo nos frutos e exportação de nutrientes em cultivares de café Arábica na região Centro-Oeste PaulistaAccumulation process in fruits and nutrient export in Arabica coffee cultivars in the Central-West Region PaulistaAcúmulo de nutrientesConcentração de nutrientesExportação de nutrientesDiversidade genéticaCoffea arabicaO entendimento de como a interação entre os materiais genéticos e o ambiente de produção interfere na exportação de nutrientes pelos frutos colhidos, bem como na proporção de cada nutriente contida nos grãos e na casca dos frutos, são informações importante para a definição da restituições de nutrientes em lavouras de café arábica. Além disso, o conhecimento da dinâmica de acúmulo de nutrientes nos frutos e como isso afeta a concentrações dos mesmos nas folhas durante o período de frutificação de cultivares com ciclos de maturação diferentes, também são ferramentas auxiliares na definição do momento de fornecer os nutrientes para as culturas. O presente trabalho foi constituído de dois estudos, conduzidos em propriedade cafeeira no município de Vera Cruz-SP (22°7' S; 49°29' W; 645 m de altitude). No primeiro, avaliaram-se os teores e exportações dos nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn), nas sete primeiras safras (2020/21-2021/22), bem como a partição dos mesmos entre casca e grãos dos frutos colhidos nas safras (2020/21-2021/22) de 18 cultivares de café arábica. No segundo, avaliaram-se o acúmulo de matéria seca (MS) e os teores e acúmulos de nutrientes no fruto, bem como os teores dos mesmos em folhas dos ramos produtivos, ao longo do período de frutificação de sete cultivares café arábica com períodos de maturação dos frutos contrastantes, em duas safras. Em ambos os estudos utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com três repetições. As plantas foram irrigadas por gotejamento. Na média das cultivares e safras avaliadas, a exportação de nutrientes pelo cafeesubsidiosiro arábica seguiu a ordem: K > N > Ca > P > Mg > S > Fe > B > Cu > Mn = Zn. As duas cultivares mais produtivas (IPR 100 e IAC 125 RN) também se destacaram com as maiores exportações da maioria dos nutrientes, juntamente com a cv. Tupi IAC 4093. Houve variações nos teores de nutrientes nos frutos colhidos entre as cultivares, na maioria das safras, e entre as safras. Na média das sete safras, as cultivares IPR 100, Tupi IAC 4093 e IAC 125 RN se destacaram com as maiores exportações de N (161, 158 e 156 kg ha-1, respectivamente); contudo, em uma safra especifica a cv. Tupi IAC 4093 exportou 314 kg ha-1 de N. As maiores exportações médias de P ocorreram na Tupi IAC 4093 (15,7 kg ha-1), IPR 100 (15,2 kg ha-1), IAC 125 RN (15,0 kg ha-1) e IPR107 (14,6 kg ha-1), sendo a maior exportação de P em uma safra específica (47,2 kg ha-1) registrada na cv. IAC 125 RN. O K foi o nutriente exportado em maiores quantidades, com as maiores exportações médias obtidas nas cultivares IAC 125 RN (237 kg ha-1), IPR 100 (232 kg ha-1) e Tupi IAC 4093 (230 kg ha-1), e chegando a 434 kg ha-1 pela cv. Tupi IAC 4093 em uma safra específica. A cv. IPR 100 se destacou na exportaçãode Ca (média de 43 kg ha-1) e a Tupi IAC 4093, IPR 100 e IAC 125 RN na de Mg (10,3- 11,0 kg ha-1). As maiores exportações médias de S ocorreram na IPR 100, Obatã IAC 1669-20, IAC 125 RN e IAPAR 59 (7,4-8,3 kg ha-1). Quanto aos micronutrientes, as maiores exportações, em g ha-1, foram 272 (IPR 100) para o B, de 142 (IPR 100) para o Cu, de 1136 (Tupi IAC 4093) para o Fe, de 107 (IAC 125 RN) para o Mn e de 113 (IPR 98) para o Zn. Também houve diferenças entre as cultivares quanto à partição da maioria dos nutrientes entre a casca e os grãos do fruto, sendo que, em média, a percentagem de alocação para os grãos seguiu a ordem: Mg > N = P > Fe > Zn > S > Cu > Mn > B > Ca > K. Assim, o K, além de ser o nutriente contido em maior teor nos frutos, também foi aquele com maior proporção alocada na casca. O período de frutificação durou de 194 dias nas cultivares precoces (IAC 125 RN e IAPAR 59) a 225 nas cultivares intermediárias (Topázio MG 1190 e Catuaí VE IAC 144) e tardias (Obatã IAC 1669-20, IPR 99 e IPR 100), havendo acumulação constante de MS no fruto durante todo o período. Os acúmulos de N e K nos frutos foram relativamente constantes durante a frutificação, em ambas as safras, e também os de P, K, Mg, S e Cu na segunda safra. Já as quantidades de Ca, B, Fe, Mn e Zn acumuladas no fruto variaram ao longo do período. Para o B, o período de maior acumulação nos frutos se deu entre 90 e 163 dias após a antese. As acumulações de MS e de alguns nutrientes (notadamente, N, P, K, S, Cu, Mn e Zn) no fruto tenderam a ser mais rápidas nos cultivares precoces, especialmente o IAC 125 RN. Com o aumento da MS acumulada no fruto, houve redução dos teores de N, P, Ca, Mg, S, B e Mn na biomassa do fruto. Já os teores de K, Cu, Fe e Zn nos frutos tiveram variação incerta ao longo do período de frutificação e entre as safras avaliadas. Apenas os teores foliares de N, em ambas as safras, e de Ca na safra 2020/21 e de Fe na safra 2021/22, diminuíram durante a frutificação. Os teores de Mg, B e Cu nas folhas do ramo produtivo aumentaram durante o crescimento dos frutos. O acúmulo médio final dos nutrientes no fruto não teve relação clara com a produtividade de grãos ou com a exportação dos mesmos.Understanding how the interaction between genetic materials and the growth environment interferes with the removal of nutrients by harvested berries, as well as the proportion of each nutrient contained in the beans and berry husk, is important information for defining nutrient restitution for Arabica coffee crops. Furthermore, knowledge of the dynamics of nutrient accumulation in berries and how this affects their concentrations in the leaves during the frutification period of cultivars with different maturation cycles are also auxiliary tools in defining the moment to supply nutrients to the crops. The present work consisted of two studies, conducted on a coffee farm in the municipality of Vera Cruz-SP (22°7' S; 49°29' W; 645 m altitude). In the first one, the concentrations and removals of nutrients (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, and Zn) were evaluated, as well as their partition between the husk and beans of harvested berries in the seven first harvests (2025/25-2021/22) of 18 Arabica coffee cultivars. In the second, the accumulation of dry matter (DM) and the concentrations and accumulations of nutrients in the berries were evaluated, as well as their levels in leaves of the productive branches, throughout the frutification period of seven Arabica coffee cultivars with contrasting periods of berries maturation, in two agricultural years. In both studies, a randomized block design was used, with three replications. The plants were drip irrigated. On average across evaluated cultivars and harvests, the removal by the Arabica coffee berries followed the order: K > N > Ca > P > Mg > S > Fe > B > Cu > Mn = Zn. The two most productive cultivars (IPR 100 and IAC 125 RN) also stood out with the highest removals of most nutrients, together with cv. Tupi IAC4093. There were variations in nutrient concentrations in the harvested berries between cultivars, in most harvests, and also between harvests. On average of theseven harvests, the cultivars IPR 100, Tupi IAC 4093 and IAC 125 RN stood out withthe highest N removal (161, 158 and 156 kg ha-1, respectively); however, in a specific harvest the cv. Tupi IAC 4093 removed 314 kg N ha-1. The highest average P removals occurred in Tupi IAC 4093 (15.7 kg ha-1), IPR 100 (15.2 kg ha-1), IAC 125 RN (15 .0 kgha-1), and IPR107 (14.6 kg ha-1), with the largest P removal in a specific harvest (47.2kg ha-1) recorded in cv. IAC 125 RN. Potassium was the nutrient removed in the largest quantities, with the highest average removals obtained in the cultivars IAC 125 RN(237 kg ha-1), IPR 100 (232 kg ha-1), and Tupi IAC 4093 (230 kg ha-1), and reaching 434 kg ha-1 by Tupi IAC 4093 in a specific harvest. The cv. IPR 100 stood out in the Ca removal (average of 43 kg ha-1) and Tupi IAC 4093, IPR 100, and IAC 125 RN in Mg removal (10.3-11.0 kg ha-1). The highest average S removals occurred in IPR 100, Obatã IAC 1669-20, IAC 125 RN, and IAPAR 59 (7.4-8.3 kg ha-1). For micronutrients, the largest removals, in g ha-1, were 272 (IPR 100) for B, 142 (IPR 100) for Cu, 1136 (Tupi IAC 4093) for Fe, 107 (IAC 125 RN) for Mn, and 113 (IPR 98) for Zn. There were also differences between cultivars regarding the partition of most nutrients between the husk and beans of berries, and, on average, the percentage of allocation to the beans followed the order: Mg > N = P > Fe > Zn > S > Cu > Mn > B > Ca > K. Thus, K, in addition to being the nutrient contained in the highest concentration in berries, was also the one with the highest proportion allocated to the husk. The frutification period lasted from 194 days in early cultivars (IAC 125 RN and IAPAR 59) to 225 in intermediate (Topázio MG 1190 and Catuaí VE IAC 144) and late cultivars (Obatã IAC 1669-20, IPR 99 and IPR 100), with constant accumulation of DM in the berry throughout the period. The accumulations of N and K in the berry were relativelyconstant during frutification, in both harvests, and also those of P, K, Mg, S, and Cu in the second harvest. The amounts of Ca, B, Fe, Mn, and Zn accumulated in the berry varied throughout the period. For B, the period of greatest accumulation in berry occurred between 90 and 163 days after anthesis. Accumulations of DM and some nutrients (notably N, P, K, S, Cu, Mn, and Zn) in the berry tended to be faster in early cultivars, especially IAC 125 RN. With the increase in DM accumulated in the berry, there was a reduction in concentrations of N, P, Ca, Mg, S, B, and Mn in the berry biomass. The concentrations of K, Cu, Fe, and Zn in the berries had uncertain variations throughout the frutification period and between the evaluated harvests. Only N concentration in the leaves, in both harvests, and Ca in 2020/21 and Fe in 2021/22, decreased during frutification. The concentrations of Mg, B, and Cu in the leaves of the productive branch increased during fruit growth. The final accumulation of nutrients in the berry had no clear relationship with bean yield or with nutriente removals.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Soratto, Rogério Peres [UNESP]AptaMartins, Adriana Novais [UNESP]Silva, Bárbara Fernanda da Silva2024-05-07T13:01:13Z2024-05-07T13:01:13Z2024-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSILVA, B. F. Marcha de acúmulo nos frutos e exportação de nutrientes em cultivares de café Arábica na região Centro-Oeste Paulista. 2024. Tese (Doutorado em Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2024.https://hdl.handle.net/11449/255509porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-05-08T07:10:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/255509Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:21:13.828567Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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No primeiro, avaliaram-se os teores e exportações dos nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn), nas sete primeiras safras (2020/21-2021/22), bem como a partição dos mesmos entre casca e grãos dos frutos colhidos nas safras (2020/21-2021/22) de 18 cultivares de café arábica. No segundo, avaliaram-se o acúmulo de matéria seca (MS) e os teores e acúmulos de nutrientes no fruto, bem como os teores dos mesmos em folhas dos ramos produtivos, ao longo do período de frutificação de sete cultivares café arábica com períodos de maturação dos frutos contrastantes, em duas safras. Em ambos os estudos utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com três repetições. As plantas foram irrigadas por gotejamento. Na média das cultivares e safras avaliadas, a exportação de nutrientes pelo cafeesubsidiosiro arábica seguiu a ordem: K > N > Ca > P > Mg > S > Fe > B > Cu > Mn = Zn. As duas cultivares mais produtivas (IPR 100 e IAC 125 RN) também se destacaram com as maiores exportações da maioria dos nutrientes, juntamente com a cv. Tupi IAC 4093. Houve variações nos teores de nutrientes nos frutos colhidos entre as cultivares, na maioria das safras, e entre as safras. Na média das sete safras, as cultivares IPR 100, Tupi IAC 4093 e IAC 125 RN se destacaram com as maiores exportações de N (161, 158 e 156 kg ha-1, respectivamente); contudo, em uma safra especifica a cv. Tupi IAC 4093 exportou 314 kg ha-1 de N. As maiores exportações médias de P ocorreram na Tupi IAC 4093 (15,7 kg ha-1), IPR 100 (15,2 kg ha-1), IAC 125 RN (15,0 kg ha-1) e IPR107 (14,6 kg ha-1), sendo a maior exportação de P em uma safra específica (47,2 kg ha-1) registrada na cv. IAC 125 RN. O K foi o nutriente exportado em maiores quantidades, com as maiores exportações médias obtidas nas cultivares IAC 125 RN (237 kg ha-1), IPR 100 (232 kg ha-1) e Tupi IAC 4093 (230 kg ha-1), e chegando a 434 kg ha-1 pela cv. Tupi IAC 4093 em uma safra específica. A cv. IPR 100 se destacou na exportaçãode Ca (média de 43 kg ha-1) e a Tupi IAC 4093, IPR 100 e IAC 125 RN na de Mg (10,3- 11,0 kg ha-1). As maiores exportações médias de S ocorreram na IPR 100, Obatã IAC 1669-20, IAC 125 RN e IAPAR 59 (7,4-8,3 kg ha-1). Quanto aos micronutrientes, as maiores exportações, em g ha-1, foram 272 (IPR 100) para o B, de 142 (IPR 100) para o Cu, de 1136 (Tupi IAC 4093) para o Fe, de 107 (IAC 125 RN) para o Mn e de 113 (IPR 98) para o Zn. Também houve diferenças entre as cultivares quanto à partição da maioria dos nutrientes entre a casca e os grãos do fruto, sendo que, em média, a percentagem de alocação para os grãos seguiu a ordem: Mg > N = P > Fe > Zn > S > Cu > Mn > B > Ca > K. Assim, o K, além de ser o nutriente contido em maior teor nos frutos, também foi aquele com maior proporção alocada na casca. O período de frutificação durou de 194 dias nas cultivares precoces (IAC 125 RN e IAPAR 59) a 225 nas cultivares intermediárias (Topázio MG 1190 e Catuaí VE IAC 144) e tardias (Obatã IAC 1669-20, IPR 99 e IPR 100), havendo acumulação constante de MS no fruto durante todo o período. Os acúmulos de N e K nos frutos foram relativamente constantes durante a frutificação, em ambas as safras, e também os de P, K, Mg, S e Cu na segunda safra. Já as quantidades de Ca, B, Fe, Mn e Zn acumuladas no fruto variaram ao longo do período. Para o B, o período de maior acumulação nos frutos se deu entre 90 e 163 dias após a antese. As acumulações de MS e de alguns nutrientes (notadamente, N, P, K, S, Cu, Mn e Zn) no fruto tenderam a ser mais rápidas nos cultivares precoces, especialmente o IAC 125 RN. 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