Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Lemonica, Lino [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942003000100010
http://hdl.handle.net/11449/10979
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O rápido progresso obtido nas técnicas cirúrgicas e anestésicas nos últimos anos proporcionou extraordinário aumento das indicações de procedimentos invasivos. Por outro lado, com o envelhecimento da população, o período de recuperação pós-operatória passou a ser motivo de maior preocupação da equipe de saúde. Para tanto, novas técnicas de analgesia foram criadas e desenvolvidas e, dentre elas, destaca-se a Analgesia Controlada pelo Paciente (ACP). em nosso país, o Serviço de Dor Aguda (SEDA) da Disciplina de Terapia Antálgica e Cuidados Paliativos, do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, utiliza há muitos anos esta técnica de analgesia. Com a finalidade de atestar a qualidade do serviço prestado, a pesquisa objetiva verificar a eficácia e segurança do método, assim como identificar e caracterizar a população atendida. MÉTODO: de modo retrospectivo, foram avaliados 679 pacientes tratados pelo SEDA, exclusivamente com o método de ACP, durante três anos. Os pacientes foram incluídos na análise aleatoriamente, sem restrições quanto à idade, ao sexo, ao tipo de cirurgia e considerando-se unicamente a possibilidade de indicação da ACP. Foram estudados os seguintes atributos: sexo, idade, tipo de cirurgia, intensidade da dor, dias de acompanhamento, analgésicos utilizados, vias de administração, ocorrência de efeitos colaterais e complicações da técnica. RESULTADOS: 3,96% dos pacientes submetidos a cirurgias e 1,64% dos internados no período observado foram acompanhados com técnica ACP. A cirurgia torácica foi a mais freqüentemente atendida, com 25% dos pacientes. A morfina foi o medicamento mais utilizado (54,2%), sendo a via peridural a preferencial (49,5%). A escala numérica verbal média foi de 0,8 (0-10). Os efeitos colaterais ocorreram em 22,4% dos doentes tratados. CONCLUSÕES: Os resultados foram considerados excelentes quanto à qualidade da analgesia, embora com ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis, tendo havido boa aceitação da técnica de analgesia pelas clínicas atendidas.
id UNSP_ce89588cbdda87a05da2e14d5ac67d04
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/10979
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitárioConsideraciones sobre analgesia controlada por el paciente en hospital universitarioPatient controlled analgesia in a university hospitalANALGESIAANALGESIADORANALGESIAANALGESIAPAINJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O rápido progresso obtido nas técnicas cirúrgicas e anestésicas nos últimos anos proporcionou extraordinário aumento das indicações de procedimentos invasivos. Por outro lado, com o envelhecimento da população, o período de recuperação pós-operatória passou a ser motivo de maior preocupação da equipe de saúde. Para tanto, novas técnicas de analgesia foram criadas e desenvolvidas e, dentre elas, destaca-se a Analgesia Controlada pelo Paciente (ACP). em nosso país, o Serviço de Dor Aguda (SEDA) da Disciplina de Terapia Antálgica e Cuidados Paliativos, do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, utiliza há muitos anos esta técnica de analgesia. Com a finalidade de atestar a qualidade do serviço prestado, a pesquisa objetiva verificar a eficácia e segurança do método, assim como identificar e caracterizar a população atendida. MÉTODO: de modo retrospectivo, foram avaliados 679 pacientes tratados pelo SEDA, exclusivamente com o método de ACP, durante três anos. Os pacientes foram incluídos na análise aleatoriamente, sem restrições quanto à idade, ao sexo, ao tipo de cirurgia e considerando-se unicamente a possibilidade de indicação da ACP. Foram estudados os seguintes atributos: sexo, idade, tipo de cirurgia, intensidade da dor, dias de acompanhamento, analgésicos utilizados, vias de administração, ocorrência de efeitos colaterais e complicações da técnica. RESULTADOS: 3,96% dos pacientes submetidos a cirurgias e 1,64% dos internados no período observado foram acompanhados com técnica ACP. A cirurgia torácica foi a mais freqüentemente atendida, com 25% dos pacientes. A morfina foi o medicamento mais utilizado (54,2%), sendo a via peridural a preferencial (49,5%). A escala numérica verbal média foi de 0,8 (0-10). Os efeitos colaterais ocorreram em 22,4% dos doentes tratados. CONCLUSÕES: Os resultados foram considerados excelentes quanto à qualidade da analgesia, embora com ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis, tendo havido boa aceitação da técnica de analgesia pelas clínicas atendidas.RESUMEN JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El rápido progreso obtenido en las técnicas quirúrgicas y anestésicas en los últimos años proporcionó extraordinario aumento de las indicaciones de procedimientos invasivos. Por otro lado, con el envejecimiento de la población, el período de recuperación pós-operatoria pasó a ser motivo de mayor preocupación y consecuente preocupación del equipo de salud. Para tanto, nuevas técnicas de analgesia fueron creadas y desarrolladas y, entre ellas, se destaca la Analgesia Controlada por el Paciente (ACP). En nuestro país, el Servicio de Dolor Agudo (SEDA) de la Disciplina de Terapia Antálgica y Cuidados Paliativos, del Departamento de Anestesiología de la Facultad de Medicina de Botucatu - UNESP, utiliza hace muchos años esta técnica de analgesia. Con la finalidad de atestar la calidad del servicio prestado, la pesquisa objetiva verificar la eficacia y seguridad del método, así como identificar y caracterizar la población atendida. MÉTODO: de modo retrospectivo, fueron evaluados 679 pacientes tratados por el SEDA, exclusivamente con el método de ACP, durante tres años. Los pacientes fueron incluidos en el análisis aleatoriamente, sin restricciones cuanto a la edad, al sexo, al tipo de cirugía y considerando únicamente la posibilidad de indicación de la ACP. Fueron estudiados los siguientes atributos: sexo, edad, tipo de cirugía, intensidad del dolor, días de acompañamiento, analgésicos utilizados, vías de administración, ocurrencia de efectos colaterales y complicaciones de la técnica. RESULTADOS 3,96% de los pacientes sometidos a cirugías, y 1,64% de los internados en el período observado, fueron acompañados con técnica ACP. La cirugía torácica fue la más frecuentemente atendida, con 25% de los pacientes. La morfina fue el medicamento más utilizado (54,2%), siendo la vía peridural la que tiene preferencia (49,5%). La escala numérica verbal media fue de 0,8 (0-10). Los efectos colaterales ocurrieron en 22,4% de los enfermos tratados. CONCLUSIONES: Los resultados fueron considerados excelentes en lo que se refiere a la calidad de la analgesia, no obstante con ocurrencia de efectos colaterales indeseables, siendo que hubo buena aceptación de la técnica de analgesia por las clínicas atendidas.BACKGROUND and OBJECTIVES: The rapid development seen in recent years in surgical and anesthetic techniques allowed for an increased indication of invasive procedures. At the same time, with the aging of the population, the postoperative recovery period became the focus of major concern for the healthcare team. For such, new analgesic techniques were developed, among them, Patient Controlled Analgesia (PCA). In Brazil, the Acute Pain Service (SEDA) of the Anesthesiology Department, Botucatu Medical School - UNESP, has been using PCA for many years. Aiming at verifying the quality of the service provided, this research has evaluated the efficacy and safety of the technique, in addition to identifying and characterizing patients submitted to PCA. METHODS: Participated in this retrospective study 679 patients treated by SEDA with the PCA method only, during a 3-year period. Patients were randomly included in the study with no restrictions concerning age, gender and type of surgery, considering only the possibility of PCA. The following parameters were evaluated: gender, age, type of surgery, pain score, treatment duration, analgesic drugs used, administration route, side effects and complications. RESULTS: The PCA technique was used in 3.96% of patients submitted to surgical procedures and in 1.64% of all hospitalized patients. Thoracic surgeries were the most frequent procedures and accounted for 25% of patients. Morphine was the most commonly used analgesics (54.2%) and the epidural route was the most frequent route of administration. Mean verbal numeric scale was 0.8 (0-10), and side effects were present in 22.4% of treated patients. CONCLUSIONS: Results were considered excellent in terms of quality of analgesia, although with the incidence of some side effects. The PCA technique was widely accepted by the medical specialties of the hospital.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de AnestesiologiaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de AnestesiologiaSociedade Brasileira de AnestesiologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]Lemonica, Lino [UNESP]2014-05-20T13:32:10Z2014-05-20T13:32:10Z2003-02-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article69-82application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942003000100010Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 53, n. 1, p. 69-82, 2003.0034-7094http://hdl.handle.net/11449/1097910.1590/S0034-70942003000100010S0034-70942003000100010S0034-70942003000100010.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Anestesiologia0.8500,320info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-27T06:22:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/10979Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-27T06:22:38Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
Consideraciones sobre analgesia controlada por el paciente en hospital universitario
Patient controlled analgesia in a university hospital
title Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
spellingShingle Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
ANALGESIA
ANALGESIA
DOR
ANALGESIA
ANALGESIA
PAIN
title_short Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
title_full Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
title_fullStr Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
title_full_unstemmed Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
title_sort Considerações sobre analgesia controlada pelo paciente em hospital universitário
author Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
author_facet Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
Lemonica, Lino [UNESP]
author_role author
author2 Lemonica, Lino [UNESP]
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]
Lemonica, Lino [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv ANALGESIA
ANALGESIA
DOR
ANALGESIA
ANALGESIA
PAIN
topic ANALGESIA
ANALGESIA
DOR
ANALGESIA
ANALGESIA
PAIN
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O rápido progresso obtido nas técnicas cirúrgicas e anestésicas nos últimos anos proporcionou extraordinário aumento das indicações de procedimentos invasivos. Por outro lado, com o envelhecimento da população, o período de recuperação pós-operatória passou a ser motivo de maior preocupação da equipe de saúde. Para tanto, novas técnicas de analgesia foram criadas e desenvolvidas e, dentre elas, destaca-se a Analgesia Controlada pelo Paciente (ACP). em nosso país, o Serviço de Dor Aguda (SEDA) da Disciplina de Terapia Antálgica e Cuidados Paliativos, do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, utiliza há muitos anos esta técnica de analgesia. Com a finalidade de atestar a qualidade do serviço prestado, a pesquisa objetiva verificar a eficácia e segurança do método, assim como identificar e caracterizar a população atendida. MÉTODO: de modo retrospectivo, foram avaliados 679 pacientes tratados pelo SEDA, exclusivamente com o método de ACP, durante três anos. Os pacientes foram incluídos na análise aleatoriamente, sem restrições quanto à idade, ao sexo, ao tipo de cirurgia e considerando-se unicamente a possibilidade de indicação da ACP. Foram estudados os seguintes atributos: sexo, idade, tipo de cirurgia, intensidade da dor, dias de acompanhamento, analgésicos utilizados, vias de administração, ocorrência de efeitos colaterais e complicações da técnica. RESULTADOS: 3,96% dos pacientes submetidos a cirurgias e 1,64% dos internados no período observado foram acompanhados com técnica ACP. A cirurgia torácica foi a mais freqüentemente atendida, com 25% dos pacientes. A morfina foi o medicamento mais utilizado (54,2%), sendo a via peridural a preferencial (49,5%). A escala numérica verbal média foi de 0,8 (0-10). Os efeitos colaterais ocorreram em 22,4% dos doentes tratados. CONCLUSÕES: Os resultados foram considerados excelentes quanto à qualidade da analgesia, embora com ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis, tendo havido boa aceitação da técnica de analgesia pelas clínicas atendidas.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-02-01
2014-05-20T13:32:10Z
2014-05-20T13:32:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942003000100010
Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 53, n. 1, p. 69-82, 2003.
0034-7094
http://hdl.handle.net/11449/10979
10.1590/S0034-70942003000100010
S0034-70942003000100010
S0034-70942003000100010.pdf
url http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942003000100010
http://hdl.handle.net/11449/10979
identifier_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 53, n. 1, p. 69-82, 2003.
0034-7094
10.1590/S0034-70942003000100010
S0034-70942003000100010
S0034-70942003000100010.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia
0.850
0,320
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 69-82
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799965426106499072