Análise da positividade dos vírus influenza A/B associados a casos de mono e coinfecção entre o SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Ana Julia Chaves
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/239240
Resumo: Os vírus influenza A e B ocasionam surtos, epidemias de gripe sazonal e pandemias. No Brasil, geralmente, ocorre epidemia sazonal de gripe entre abril e outubro. As epidemias acontecem justamente pela capacidade dos vírus influenza sofrerem mutações antigênicas, acarretando diminuição da resposta imune celular. A vista disso, em 2019 houve notificação de 39.190 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), incluindo 5.714 casos de influenza com predomínio dos vírus influenza A H1N1 (pdm09) (3.399), seguido de influenza A H3N2 (894), influenza A não subtipado (772) e influenza B (694). Possivelmente, o fator contribuinte para esse cenário de transmissão rápida foi a baixa cobertura vacinal nos últimos dois anos no país, com 71,2% do grupo alvo vacinado em 2021 e 82% em 2020. De fato, no final de 2021 a situação tornou-se ainda mais preocupante diante do aparecimento dos surtos com a nova cepa do subtipo A (H3N2), durante a pandemia de SARS-CoV-2. Esse panorama nos despertou o interesse e mostrou a relevância em se pesquisar subnotificações dos vírus influenza nos casos clínicos suspeitos da COVID-19. Para o monitoramento epidemiológico e controle de casos clínicos tornou-se importante determinar a positividade dos vírus influenza A e B em amostras com resultados de RT-PCR em tempo real negativas e positivas para o SARS-CoV-2. Consequentemente, amostras nasofaríngeas de profissionais da saúde e contactantes com suspeita clínica de COVID-19, oriundas do município de São José do Rio Preto-SP, e representativas da primeira onda epidêmica da COVID-19, foram incluídas no presente estudo. Um total de 901 amostras nasofaríngeas fizeram parte da triagem laboratorial, resultando em 81.3% (733/901) de negatividade para o SARS-CoV-2. Dentre essas amostras negativas, houve 1.9% (14/733) de positividade para o vírus influenza A, enquanto 0.13% (1/733) foram positivas para o vírus influenza B. Em relação as amostras SARS-CoV-2 positivas, o índice de coinfecção foi de 1.7% (3/168) para o vírus influenza A. Dados de análise da associação da positividade viral relacionado ao sexo, idade e período de coleta, mostraram associação negativa entre a faixa etária de 10-19 anos com a infecção pelo SARS-CoV-2 (p<0,01). Em suma, os dados evidenciam a circulação dos vírus influenza A e B entre as amostras de indivíduos com suspeita clínica de COVID-19. Portanto, os dados aqui gerados contribuem na determinação do perfil epidemiológico destes vírus na presente região de estudo.
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Possivelmente, o fator contribuinte para esse cenário de transmissão rápida foi a baixa cobertura vacinal nos últimos dois anos no país, com 71,2% do grupo alvo vacinado em 2021 e 82% em 2020. De fato, no final de 2021 a situação tornou-se ainda mais preocupante diante do aparecimento dos surtos com a nova cepa do subtipo A (H3N2), durante a pandemia de SARS-CoV-2. Esse panorama nos despertou o interesse e mostrou a relevância em se pesquisar subnotificações dos vírus influenza nos casos clínicos suspeitos da COVID-19. Para o monitoramento epidemiológico e controle de casos clínicos tornou-se importante determinar a positividade dos vírus influenza A e B em amostras com resultados de RT-PCR em tempo real negativas e positivas para o SARS-CoV-2. Consequentemente, amostras nasofaríngeas de profissionais da saúde e contactantes com suspeita clínica de COVID-19, oriundas do município de São José do Rio Preto-SP, e representativas da primeira onda epidêmica da COVID-19, foram incluídas no presente estudo. Um total de 901 amostras nasofaríngeas fizeram parte da triagem laboratorial, resultando em 81.3% (733/901) de negatividade para o SARS-CoV-2. Dentre essas amostras negativas, houve 1.9% (14/733) de positividade para o vírus influenza A, enquanto 0.13% (1/733) foram positivas para o vírus influenza B. Em relação as amostras SARS-CoV-2 positivas, o índice de coinfecção foi de 1.7% (3/168) para o vírus influenza A. Dados de análise da associação da positividade viral relacionado ao sexo, idade e período de coleta, mostraram associação negativa entre a faixa etária de 10-19 anos com a infecção pelo SARS-CoV-2 (p<0,01). Em suma, os dados evidenciam a circulação dos vírus influenza A e B entre as amostras de indivíduos com suspeita clínica de COVID-19. Portanto, os dados aqui gerados contribuem na determinação do perfil epidemiológico destes vírus na presente região de estudo.Influenza A and B viruses cause outbreaks, seasonal flu epidemics, and pandemics. In Brazil, there is usually a seasonal flu epidemic between April and October. Epidemics occur precisely because of the ability of influenza viruses to undergo antigenic mutations, leading to a decrease in the cellular immune response. In the period of 2019, there were 39,190 confirmed cases of severe acute respiratory syndrome (SARI), including 5,714 cases of influenza with a predominance of influenza A H1N1 (pdm09) viruses (3,399), followed by influenza A H3N2 (894), influenza A non-subtyped (772) and influenza B (694). Possibly, the contributing factor to this scenario of rapid transmission was the low vaccination coverage in the last two years in the country, with 71.2% of the target group vaccinated in 2021 and 82% in 2020. In fact, at the end of 2021, the situation became even more worrying given the appearance of outbreaks with the new strain of subtype A (H3N2), during the SARS-CoV-2 pandemic. This panorama aroused our interest and showed the relevance in investigating underreporting of influenza viruses in suspected clinical cases of COVID-19. For epidemiological monitoring and clinical case control, it has become important to determine the positivity of influenza A and B viruses in samples with negative and positive real-time RT-PCR results for SARS-CoV-2. Consequently, nasopharyngeal samples from health professionals and contacts with clinical suspicion of COVID-19, from the municipality of São José do Rio Preto-SP, and representative of the first epidemic wave of COVID-19, were included in the present study. A total of 901 nasopharyngeal specimens were part of the laboratory screening, resulting in 81.3% (733/901) negativity for SARS-CoV-2. Among these negative samples, there were 1.9% (14/733) positivity for the influenza A virus, while 0.13% (1/733) were positive for the influenza B virus. Regarding the positive SARS-CoV-2 sample, the co-infection rate was 1.7% (3/168) for the influenza A virus. Data from the analysis of the association of viral positivity related to sex, age and collection period, showed a negative association between the age group of 10-19 years with SARS-CoV-2 infection (p<0,01). In short, the data show the circulation of influenza A and B viruses among samples from individuals with clinical suspicion of COVID-19. Therefore, the data generated here contribute to the determination of the epidemiological profile of these viruses in the present region of study.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Rahal, Paula [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gomes, Ana Julia Chaves2023-02-01T19:04:08Z2023-02-01T19:04:08Z2023-01-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/239240porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-29T06:25:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/239240Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-06T00:11:43.897167Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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