Controle de qualidade em anestesia ambulatorial: avaliação dos serviços na visão dos pacientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Jeconias Neiva [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/148962
Resumo: Introdução. A qualidade dos serviços prestados em anestesiologia, que usualmente são medidos por índices de morbidade e mortalidade, passaram a levar em consideração a satisfação dos pacientes nas diversas etapas do atendimento. Como satisfação é o resultado dos cuidados prestados segundo a perspectiva do cliente, cabe ao anestesiologista ser capaz de construir relacionamentos com os pacientes, fornecendo informações compreensíveis, envolvendo-os nas decisões sobre sua anestesia, esclarecer suas dúvidas e ouvir suas queixas. Assim, esta medida proporciona uma base para que se possa melhorar os cuidados na anestesiologia. Este estudo tem como objetivo avaliar o atendimento perianestésico em uma Unidade de Cirurgia Ambulatorial, com base nas medidas de satisfação dos pacientes. Método. Utilizou-se o “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, para avaliar as medidas de satisfação nas diversas etapas do atendimento perianestésico em pacientes que foram submetidos à cirurgia em regime ambulatorial. Respostas para cada questão foram ranqueadas como “1”, “2”, “3” e “4”, correspondendo a “totalmente insatisfeito”, “insatisfeito”, “satisfeito” e “totalmente satisfeito”. Questões com escore de insatisfação abaixo da média geral menos um desvio padrão (DP) e questões com um alto DP interno foram selecionadas para análise de correlação. Foi feita uma análise de regressão logística multivariada correlacionando o grau de insatisfação nas questões com os dados de caracterização dos pacientes (idade, gênero, escolaridade, estado físico ASA), da anestesia (tipo, tempo e experiência prévia) e da especialidade cirúrgica. Resultados. Foram avaliados 1.211 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 18-65 anos. Questões relacionadas à insatisfação envolveram medo da anestesia e da cirurgia, sensação de frio, necessidade urgente de urinar e dor na região operada, assim como a preocupação e a brevidade da equipe em aliviar a dor do paciente. Ser jovem, do sexo feminino, com escolaridade de nível superior e anestesia geral foram variáveis relacionadas com maior nível de insatisfação. Cirurgias ginecológicas e urológicas, um longo tempo cirúrgico e experiência prévia de anestesia também estiveram relacionados com insatisfação. Discussão. A utilização do “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, demonstrou ser ferramenta útil na identificação dos pontos de insatisfação dos pacientes. Utilizou-se critério de aplicação do questionário diferente do utilizado no modelo original, que foi por meio de entrevista, obtendo com isso uma maior adesão à pesquisa. Essa ferramenta permitiu a identificação do perfil dos grupos de pacientes insatisfeitos dentro das diversas etapas do atendimento que envolvem a equipe de anestesia. Esses resultados tornam possível o estabelecimento de prioridades nos diferentes pontos de atenção, com o objetivo de buscar uma maior satisfação dos pacientes com os cuidados anestésicos.
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Assim, esta medida proporciona uma base para que se possa melhorar os cuidados na anestesiologia. Este estudo tem como objetivo avaliar o atendimento perianestésico em uma Unidade de Cirurgia Ambulatorial, com base nas medidas de satisfação dos pacientes. Método. Utilizou-se o “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, para avaliar as medidas de satisfação nas diversas etapas do atendimento perianestésico em pacientes que foram submetidos à cirurgia em regime ambulatorial. Respostas para cada questão foram ranqueadas como “1”, “2”, “3” e “4”, correspondendo a “totalmente insatisfeito”, “insatisfeito”, “satisfeito” e “totalmente satisfeito”. Questões com escore de insatisfação abaixo da média geral menos um desvio padrão (DP) e questões com um alto DP interno foram selecionadas para análise de correlação. Foi feita uma análise de regressão logística multivariada correlacionando o grau de insatisfação nas questões com os dados de caracterização dos pacientes (idade, gênero, escolaridade, estado físico ASA), da anestesia (tipo, tempo e experiência prévia) e da especialidade cirúrgica. Resultados. Foram avaliados 1.211 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 18-65 anos. Questões relacionadas à insatisfação envolveram medo da anestesia e da cirurgia, sensação de frio, necessidade urgente de urinar e dor na região operada, assim como a preocupação e a brevidade da equipe em aliviar a dor do paciente. Ser jovem, do sexo feminino, com escolaridade de nível superior e anestesia geral foram variáveis relacionadas com maior nível de insatisfação. Cirurgias ginecológicas e urológicas, um longo tempo cirúrgico e experiência prévia de anestesia também estiveram relacionados com insatisfação. Discussão. A utilização do “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, demonstrou ser ferramenta útil na identificação dos pontos de insatisfação dos pacientes. Utilizou-se critério de aplicação do questionário diferente do utilizado no modelo original, que foi por meio de entrevista, obtendo com isso uma maior adesão à pesquisa. Essa ferramenta permitiu a identificação do perfil dos grupos de pacientes insatisfeitos dentro das diversas etapas do atendimento que envolvem a equipe de anestesia. Esses resultados tornam possível o estabelecimento de prioridades nos diferentes pontos de atenção, com o objetivo de buscar uma maior satisfação dos pacientes com os cuidados anestésicos.Introduction. Quality in anesthesiology is usually measured by morbidity and mortality. Nonetheless, it has been assessed by the patients’ satisfaction at various stages of anesthetic care. As satisfaction is the result of care from the client's perspective, the anesthesiologist must be able to build relationships with patients, provide understandable information, involve them in decisions about their anesthesia, answer their questions and listen to their complaints. This measurement therefore provides a basis to improve care in anesthesiology. This study aimed to evaluate peri-anesthetic care in an ambulatory surgery center based on patient’s satisfaction measures. Methods. We used the “Heidelberg Peri-anesthetic Questionnaire” to evaluate satisfaction at various stages of peri-anesthetic care in patients undergoing ambulatory surgery. Responses to each question were ranked as “1, “2”, “3” or “4”, corresponding to totally unsatisfied, unsatisfied, satisfied and totally satisfied. Questions with score below pool average minus one standard deviation (SD) and those with a high internal SD were selected for correlation analysis (dissatisfaction). The correlation analysis using multivariate logistic regression considered the degree of dissatisfaction with patients’ characteristics (age, gender, education degree and ASA physical status), anesthesia (type, time and prior experience) and surgical specialty. Results. We evaluated 1,211 patients from both sexes, aged 18 to 65 years. Questions evaluated as dissatisfaction involved fear of anesthesia and surgery, feeling cold, the urgent need to urinate and pain at the surgical site, as well as the level of concern and response speed of the team in relieving the patients’ pain. Younger age, women, college education and general anesthesia were variables related to a greater level of dissatisfaction. Urological and gynecological surgeries, longer surgical duration and previous experience of anesthesia were also related to dissatisfaction. Discussion. The "Heidelberg Peri-anesthetic Questionnaire" proved to be a useful tool in identifying the reasons for patient’s dissatisfaction. The questionnaire application criterion we used was based on interviews, which differed from the one used in the original model, leading to a greater adhesion of patients to this research. This tool allowed the identification of dissatisfied patient groups at the various stages of anesthetic care. These results enable the establishment of priorities at the different points of attention, with the ultimate aim of improving patients’ satisfaction regarding anesthesia care.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lemos, Jeconias Neiva [UNESP]2017-03-10T17:39:22Z2017-03-10T17:39:22Z2017-02-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14896200088165733004064076P68223546475724058porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-02T15:31:35Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148962Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-02T15:31:35Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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description Introdução. A qualidade dos serviços prestados em anestesiologia, que usualmente são medidos por índices de morbidade e mortalidade, passaram a levar em consideração a satisfação dos pacientes nas diversas etapas do atendimento. Como satisfação é o resultado dos cuidados prestados segundo a perspectiva do cliente, cabe ao anestesiologista ser capaz de construir relacionamentos com os pacientes, fornecendo informações compreensíveis, envolvendo-os nas decisões sobre sua anestesia, esclarecer suas dúvidas e ouvir suas queixas. Assim, esta medida proporciona uma base para que se possa melhorar os cuidados na anestesiologia. Este estudo tem como objetivo avaliar o atendimento perianestésico em uma Unidade de Cirurgia Ambulatorial, com base nas medidas de satisfação dos pacientes. Método. Utilizou-se o “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, para avaliar as medidas de satisfação nas diversas etapas do atendimento perianestésico em pacientes que foram submetidos à cirurgia em regime ambulatorial. Respostas para cada questão foram ranqueadas como “1”, “2”, “3” e “4”, correspondendo a “totalmente insatisfeito”, “insatisfeito”, “satisfeito” e “totalmente satisfeito”. Questões com escore de insatisfação abaixo da média geral menos um desvio padrão (DP) e questões com um alto DP interno foram selecionadas para análise de correlação. Foi feita uma análise de regressão logística multivariada correlacionando o grau de insatisfação nas questões com os dados de caracterização dos pacientes (idade, gênero, escolaridade, estado físico ASA), da anestesia (tipo, tempo e experiência prévia) e da especialidade cirúrgica. Resultados. Foram avaliados 1.211 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 18-65 anos. Questões relacionadas à insatisfação envolveram medo da anestesia e da cirurgia, sensação de frio, necessidade urgente de urinar e dor na região operada, assim como a preocupação e a brevidade da equipe em aliviar a dor do paciente. Ser jovem, do sexo feminino, com escolaridade de nível superior e anestesia geral foram variáveis relacionadas com maior nível de insatisfação. Cirurgias ginecológicas e urológicas, um longo tempo cirúrgico e experiência prévia de anestesia também estiveram relacionados com insatisfação. Discussão. A utilização do “Heidelberg Peri-anaesthetic Questionnaire”, demonstrou ser ferramenta útil na identificação dos pontos de insatisfação dos pacientes. Utilizou-se critério de aplicação do questionário diferente do utilizado no modelo original, que foi por meio de entrevista, obtendo com isso uma maior adesão à pesquisa. Essa ferramenta permitiu a identificação do perfil dos grupos de pacientes insatisfeitos dentro das diversas etapas do atendimento que envolvem a equipe de anestesia. Esses resultados tornam possível o estabelecimento de prioridades nos diferentes pontos de atenção, com o objetivo de buscar uma maior satisfação dos pacientes com os cuidados anestésicos.
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