Avaliação dos fatores de risco e dificuldades para controle da obesidade, associada ou não a diabetes e a hipertensão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Filho, Nelson [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Silva, Maria Thereza Leuzzi [UNESP], Sant'Anna, Luiz Fernando Martinez [UNESP], Prado, Camila Mendes [UNESP], Oliveira, Livy [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTg1Mw==
http://hdl.handle.net/11449/146938
Resumo: O excesso de peso além de ser prejudicial à saúde constitui fator de risco para o desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares. Apesar disso, observa-se a cerca de 50 anos, aumento da prevalência da obesidade, ao ponto da OMS considerá-la epidemia. A literatura sugere que doenças e agravos não transmissíveis vêm aumentando e no Brasil, é a principal causa de óbitos em adultos, sendo à obesidade um dos fatores de maior risco para o acometimento de patologias. A prevalência varia de 8% a 25% entre adultos, sendo mais expressiva em mulheres. O estudo foi realizado na UBS da Vila Fiúza - Assis - SP. Pacientes com obesidade e sobrepeso são convidados a participar do grupo de orientação, pela médica e por meio de cartazes expostos na UBS. Inicialmente passam por avaliação médica e são encaminhados para avaliação psicológica segundo a SISDAO e são informados do funcionamento do grupo de orientações que tem como finalidade a reeducação alimentar. Faz-se uso da técnica de grupos operativos, problematizando e discutindo com os participantes a responsabilidade deles no processo de perda e controle do peso. Os que necessitarem de acompanhamento psicoterápico são encaminhados para atendimento no CPPA, da UNESP, no núcleo de estágio: "Assistência e Pesquisa aos Indivíduos com Doenças Crônicas". Até o momento foram atendidos 86 pacientes, sendo 64 mulheres e 22 homens, com média de idade 51 anos (dp=19,2), tendo o paciente mais novo 14 e o mais velho 91 anos. A média do IMC é 31 (dp=13); peso médio 81 kg (dp=30); média de pressão arterial máxima de 12,6 e mínima de 7,8. A maior prevalência de mulheres é atribuída à preocupação estética, a tentativa de recuperar a autoestima e melhorar as relações conjugais. Os pacientes são estimulados a manterem um diário sobre sua alimentação ao longo da semana e esta é supervisionada e discutida com a médica, que durante este encontro discute e elabora um cardápio personalizado de acordo com as preferências e hábitos alimentares relatados pelos pacientes nos diários. Todos referem que as dificuldades no registro dos alimentos ao longo do dia, estão associadas a ansiedades e angústias vividas no momento e, que se faz acompanhar por sentimentos de culpa, diminuição da autoestima, depressão e frustração. O projeto em nenhum momento prioriza e/ou sugere a cirurgia bariátrica ou o uso de medicamentos e propõe ainda que sejam realizadas atividades físicas segundo as preferências individuais. O diário ajuda na conscientização da alimentação, tanto em quantidade como em qualidade. Reeducação alimentar e não dieta restritiva, auxilia na motivação. A ansiedade é proporcional a abstinência alimentar, sendo um fator relevante trabalhado nos grupos de orientação e em psicoterapia.
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