Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143619
Resumo: O DATALUTA Banco de Dados da Luta Pela Terra foi criado em 1998, no Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA, para o acompanhamento das informações sobre as ocupações de terras e assentamentos rurais em escala nacional. Discutir as formas de tratamento dos dados das ocupações e assentamentos do Estado de São Paulo e a construção da metodologia do DATALUTA. As fontes de dados sobre ocupações utilizadas pelo DATALUTA são: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Ouvidoria Agrária e o DATALUTA Jornal. Para os dados de assentamentos rurais utilizamos como fonte o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). As dificuldades com levantamento de dados de ocupações no Estado de São Paulo foram percebidas através do DATALUTA Jornal (uma versão do DATALUTA) em que levantamos dados em jornais nacionais (Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) e regionais (O Imparcial e o Oeste Notícias). Esse procedimento revelou a dificuldade de se obter informações acompanhando as ocupações à distância. Tendo em vista que o centro de documentação da CPT se localiza em Goiânia e o NERA em Presidente Prudente, o DATALUTA consegue obter mais dados das ocupações no Estado de São Paulo, em especial no Pontal do Paranapanema. Na inserção dos dados no DATALUTA Assentamentos, constatamos que informações já existentes no DATALUTA reapareciam nas listagens do INCRA com outras datas. Esse problema começou no Governo FHC e persiste no Governo Lula, assentamentos das duas ultimas décadas foram divulgados com diferentes datas de criação, configurando um processo que denominamos clonagem . Para entendermos essas duplicações de informações, criamos o conceito de clonagem , que é uma forma de tratamento dos dados executado pelo INCRA e pelo ITESP, que consiste em registrar um assentamento num determinado ano, sendo que sua criação ocorreu em data anterior por outra instituição. Na análise dos dados de 2003 e 2004, notamos o surgimento de uma nova situação, que denominamos otimização , compreendido pelo processo de ocupação de lotes vagos com o assentamento de famílias em Projetos de Assentamentos já existentes. Essa prática consiste em qualificar a reforma agrária por meio da ocupação permanente e total das áreas reformadas. Com essa política de otimização o governo lançou dados de alguns assentamentos otimizados com data de criação alterada, o que podemos constatar que em alguns casos ocorreram otimização e clonagem . Os trabalhos realizados na construção da metodologia do DATALUTA evidenciaram a importância de continuar o seu aprimoramento metodológico, para fornecer dados corretos aos projetos de extensão e pesquisa.
id UNSP_d14798a1d3728282eeb65b9226fdb05a
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/143619
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são pauloO DATALUTA Banco de Dados da Luta Pela Terra foi criado em 1998, no Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA, para o acompanhamento das informações sobre as ocupações de terras e assentamentos rurais em escala nacional. Discutir as formas de tratamento dos dados das ocupações e assentamentos do Estado de São Paulo e a construção da metodologia do DATALUTA. As fontes de dados sobre ocupações utilizadas pelo DATALUTA são: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Ouvidoria Agrária e o DATALUTA Jornal. Para os dados de assentamentos rurais utilizamos como fonte o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). As dificuldades com levantamento de dados de ocupações no Estado de São Paulo foram percebidas através do DATALUTA Jornal (uma versão do DATALUTA) em que levantamos dados em jornais nacionais (Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) e regionais (O Imparcial e o Oeste Notícias). Esse procedimento revelou a dificuldade de se obter informações acompanhando as ocupações à distância. Tendo em vista que o centro de documentação da CPT se localiza em Goiânia e o NERA em Presidente Prudente, o DATALUTA consegue obter mais dados das ocupações no Estado de São Paulo, em especial no Pontal do Paranapanema. Na inserção dos dados no DATALUTA Assentamentos, constatamos que informações já existentes no DATALUTA reapareciam nas listagens do INCRA com outras datas. Esse problema começou no Governo FHC e persiste no Governo Lula, assentamentos das duas ultimas décadas foram divulgados com diferentes datas de criação, configurando um processo que denominamos clonagem . Para entendermos essas duplicações de informações, criamos o conceito de clonagem , que é uma forma de tratamento dos dados executado pelo INCRA e pelo ITESP, que consiste em registrar um assentamento num determinado ano, sendo que sua criação ocorreu em data anterior por outra instituição. Na análise dos dados de 2003 e 2004, notamos o surgimento de uma nova situação, que denominamos otimização , compreendido pelo processo de ocupação de lotes vagos com o assentamento de famílias em Projetos de Assentamentos já existentes. Essa prática consiste em qualificar a reforma agrária por meio da ocupação permanente e total das áreas reformadas. Com essa política de otimização o governo lançou dados de alguns assentamentos otimizados com data de criação alterada, o que podemos constatar que em alguns casos ocorreram otimização e clonagem . Os trabalhos realizados na construção da metodologia do DATALUTA evidenciaram a importância de continuar o seu aprimoramento metodológico, para fornecer dados corretos aos projetos de extensão e pesquisa.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Geografia, Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Geografia, Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]2016-09-01T13:58:17Z2016-09-01T13:58:17Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject247application/pdfhttp://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.phpCONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 247http://hdl.handle.net/11449/1436192005-247-goncalves.pdf2836764800084585PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-19T13:48:34Zoai:repositorio.unesp.br:11449/143619Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:22:34.168560Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
title Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
spellingShingle Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]
title_short Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
title_full Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
title_fullStr Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
title_full_unstemmed Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
title_sort Dataluta - banco de dados da luta pela terra. Versão são paulo
author Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]
author_facet Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]
Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]
author_role author
author2 Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Elienai Constantino [UNESP]
Fernandes, Bernardo Mançano [UNESP]
description O DATALUTA Banco de Dados da Luta Pela Terra foi criado em 1998, no Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA, para o acompanhamento das informações sobre as ocupações de terras e assentamentos rurais em escala nacional. Discutir as formas de tratamento dos dados das ocupações e assentamentos do Estado de São Paulo e a construção da metodologia do DATALUTA. As fontes de dados sobre ocupações utilizadas pelo DATALUTA são: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Ouvidoria Agrária e o DATALUTA Jornal. Para os dados de assentamentos rurais utilizamos como fonte o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). As dificuldades com levantamento de dados de ocupações no Estado de São Paulo foram percebidas através do DATALUTA Jornal (uma versão do DATALUTA) em que levantamos dados em jornais nacionais (Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) e regionais (O Imparcial e o Oeste Notícias). Esse procedimento revelou a dificuldade de se obter informações acompanhando as ocupações à distância. Tendo em vista que o centro de documentação da CPT se localiza em Goiânia e o NERA em Presidente Prudente, o DATALUTA consegue obter mais dados das ocupações no Estado de São Paulo, em especial no Pontal do Paranapanema. Na inserção dos dados no DATALUTA Assentamentos, constatamos que informações já existentes no DATALUTA reapareciam nas listagens do INCRA com outras datas. Esse problema começou no Governo FHC e persiste no Governo Lula, assentamentos das duas ultimas décadas foram divulgados com diferentes datas de criação, configurando um processo que denominamos clonagem . Para entendermos essas duplicações de informações, criamos o conceito de clonagem , que é uma forma de tratamento dos dados executado pelo INCRA e pelo ITESP, que consiste em registrar um assentamento num determinado ano, sendo que sua criação ocorreu em data anterior por outra instituição. Na análise dos dados de 2003 e 2004, notamos o surgimento de uma nova situação, que denominamos otimização , compreendido pelo processo de ocupação de lotes vagos com o assentamento de famílias em Projetos de Assentamentos já existentes. Essa prática consiste em qualificar a reforma agrária por meio da ocupação permanente e total das áreas reformadas. Com essa política de otimização o governo lançou dados de alguns assentamentos otimizados com data de criação alterada, o que podemos constatar que em alguns casos ocorreram otimização e clonagem . Os trabalhos realizados na construção da metodologia do DATALUTA evidenciaram a importância de continuar o seu aprimoramento metodológico, para fornecer dados corretos aos projetos de extensão e pesquisa.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005
2016-09-01T13:58:17Z
2016-09-01T13:58:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 247
http://hdl.handle.net/11449/143619
2005-247-goncalves.pdf
2836764800084585
url http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143619
identifier_str_mv CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 247
2005-247-goncalves.pdf
2836764800084585
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Congresso de Extensão Universitária
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 247
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv PROEX
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129314921644032