Efeito do exercício resistido na variabilidade da frequência cardíaca de pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nishimoto, Danilo Yuzo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/180214
Resumo: Essa dissertação consta de três estudos. Estudo I) Objetivo: revisar o efeito exercício físico sobre modulação autonômica cardíaca em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise por meio de uma revisão sistemática. Método: foi utilizado quatro bancos de dados online (Cochrane, Embase, PEDro e Pubmed) para a busca por ensaios clínicos controlados e randomizados com as seguintes palavras ou seus similares combinados: renal dialysis e autonomic modulation e exercise training. A escala de PEDro foi utilizada para avaliar os riscos de viés dos estudos. Resultados: devido ao pequeno número de estudos inclusos na revisão não podemos tirar conclusões precisas, porém os resultados mostram indícios de que a realização de exercício mistos (aeróbio + resistido) por pelo menos seis meses e volume de treino de 90 minutos por sessão proporcionam melhora da modulação autonômica cardíaca em pacientes submetidos a hemodiálise. A escala de PEDro avaliou três estudos como qualidade “moderada” e um como “baixa”. Conclusões: a pratica de exercício físico proporciona benefícios para a modulação autonômica cardíaca em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise e que esses benefícios parecem depender do volume e tempo de intervenção. Estudo II) Objetivo: analisar o comportamento autonômico, da frequência cardíaca e da pressão arterial durante uma sessão de hemodiálise e verificar se um protocolo de exercício resistido progressivo (ERP) realizado por 12 semanas altera o comportamento dessas variáveis durante a sessão de hemodiálise. Método: no segundo estudos os pacientes foram randomizados em dois grupos, exercício (GE) e controle (GC). A intervenção teve duração de 12 semanas, o grupo exercício realizou 11 exercícios, 2 séries de 15-20 repetições, enquanto que o GC foi submetido a um protocolo de exercício de baixa intensidade sem progressão de carga. A modulação autonômica cardíaca, frequência cardíaca e pressão arterial foram analisadas em três momentos distintos da hemodiálise, início, meio e final. As avaliações foram realizadas no início e após 12 semanas. Resultados: os resultados mostram que a sessão de hemodiálise proporciona redução dos índices de VFC que representam a atividade parassimpática e aumento da frequência cardíaca. A realização de 12 semanas de ERP não altera o padrão das respostas autonômicas e hemodinâmicas durante a sessão de hemodiálise. Conclusão: o protocolo de ERP não altera o comportamento da VFC, frequência cardíaca e pressão arterial durante a sessão de hemodiálise quando comparados o GE com o GC. Estudo III) Objetivo: verificar o efeito de 12 semanas de ERP sobre a VFC de repouso e durante a manobra postural ativa (MPA) de pacientes com DRC estágio 5. Método: no terceiro estudo os pacientes foram alocados para o GE ou GC, e receberam intervenção com ERP e exercício placebo respectivamente por 12 semanas. A VFC foi o método utilizado para a análise da modulação autonômica no repouso e durante a manobra postural ativa (MPA). Resultados: 12 semanas de exercício resistido intradialítico não proporcionaram melhora da modulação autonômica cardíaca de repouso em pacientes com doença renal crônica e nem durante a MPA. Conclusão: 12 semanas de treinamento com exercício resistido não proporciona mudanças significativas na VFC de repouso e nem durante a MPA
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Resultados: devido ao pequeno número de estudos inclusos na revisão não podemos tirar conclusões precisas, porém os resultados mostram indícios de que a realização de exercício mistos (aeróbio + resistido) por pelo menos seis meses e volume de treino de 90 minutos por sessão proporcionam melhora da modulação autonômica cardíaca em pacientes submetidos a hemodiálise. A escala de PEDro avaliou três estudos como qualidade “moderada” e um como “baixa”. Conclusões: a pratica de exercício físico proporciona benefícios para a modulação autonômica cardíaca em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise e que esses benefícios parecem depender do volume e tempo de intervenção. Estudo II) Objetivo: analisar o comportamento autonômico, da frequência cardíaca e da pressão arterial durante uma sessão de hemodiálise e verificar se um protocolo de exercício resistido progressivo (ERP) realizado por 12 semanas altera o comportamento dessas variáveis durante a sessão de hemodiálise. Método: no segundo estudos os pacientes foram randomizados em dois grupos, exercício (GE) e controle (GC). A intervenção teve duração de 12 semanas, o grupo exercício realizou 11 exercícios, 2 séries de 15-20 repetições, enquanto que o GC foi submetido a um protocolo de exercício de baixa intensidade sem progressão de carga. A modulação autonômica cardíaca, frequência cardíaca e pressão arterial foram analisadas em três momentos distintos da hemodiálise, início, meio e final. As avaliações foram realizadas no início e após 12 semanas. Resultados: os resultados mostram que a sessão de hemodiálise proporciona redução dos índices de VFC que representam a atividade parassimpática e aumento da frequência cardíaca. A realização de 12 semanas de ERP não altera o padrão das respostas autonômicas e hemodinâmicas durante a sessão de hemodiálise. Conclusão: o protocolo de ERP não altera o comportamento da VFC, frequência cardíaca e pressão arterial durante a sessão de hemodiálise quando comparados o GE com o GC. Estudo III) Objetivo: verificar o efeito de 12 semanas de ERP sobre a VFC de repouso e durante a manobra postural ativa (MPA) de pacientes com DRC estágio 5. Método: no terceiro estudo os pacientes foram alocados para o GE ou GC, e receberam intervenção com ERP e exercício placebo respectivamente por 12 semanas. A VFC foi o método utilizado para a análise da modulação autonômica no repouso e durante a manobra postural ativa (MPA). Resultados: 12 semanas de exercício resistido intradialítico não proporcionaram melhora da modulação autonômica cardíaca de repouso em pacientes com doença renal crônica e nem durante a MPA. Conclusão: 12 semanas de treinamento com exercício resistido não proporciona mudanças significativas na VFC de repouso e nem durante a MPAThis dissertation consists of three studies. Study I) Objective: to correct the physical effect on autonomic modulation in patients with CKD with hemodialysis through a systematic review. Method: based on online databases (Cochrane, Embase, PEDro and Pubmed) for renal dialysis and autonomic modulation and physical training. A PEDro scale was used to assess the bias risks of the studies. Results: Due to the number of studies included in the analysis, they were not comparable to the precisions, however the results show that the results of a series of mixed exercises (aerobic + resistance) for one and six months and training volume of 90 minutes per of autonomic modulation from patients undergoing hemodialysis. The PEDro scale evaluated the quality of "moderate" and one as "low". Conclusions: a practice of physical exercise provides benefits for an autonomic modulation in patients with CKD undergoing hemodialysis and with the lower autonomy of the volume and time of intervention. Study II) Objective: to analyze the autonomic performance, heart rate and blood pressure during the hemodialysis session and to verify if there is a progressive resistance exercise (PRA) protocol performed during a hemodialysis session. Method: In the second studies in the randomized in two groups, process. (GE) and control (GC). The class lasted for 12 weeks, the exercise had 11 exercises, 2 sets of 15-20 repetitions, while the CG was submitted to a low intensity exercise protocol with no progression of load. Cardiac autonomic modulation, heart rate and arterial arterial pressure were analyzed at three different stages of hemodialysis, beginning, middle and end. The words were taken at the beginning and after 12 weeks. Results: Results of the results showed that the hemodialysis session showed a rise in HRV indices representing a parasympathetic activity and an increase in heart rate. Performing 12 weeks of ERP does not alter the pattern of autonomic and hemodynamic responses during a hemodialysis session. Conclusion: the ERP protocol does not have the same behavior as HRV, cardiac time and blood pressure during a hemodialysis session when compared with the EG with GC. Study III) Objective: To verify the effect of 12 weeks of ERP on the HRV at rest and during the active postural maneuver (MPA) of patients with stage 5 CKD. Method: in the third study the patients were allocated to the EG or GC and received intervention with ERP and placebo exercise respectively for 12 weeks. HRV was the method used for the analysis of autonomic modulation at rest and during active postural maneuver (MPA). Results: 12 weeks of intradialytic resistance exercise did not provide improvement of autonomic cardiac resting modulation in patients with chronic renal disease or during MPA. Conclusion: 12 weeks of resistance exercise training does not provide significant changes in HRV at rest or during MPAConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Monteiro, Henrique Luiz [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nishimoto, Danilo Yuzo2018-12-12T17:02:46Z2018-12-12T17:02:46Z2018-10-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18021400091090133004137062P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-26T06:14:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/180214Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462023-11-26T06:14:01Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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