Prevalência do hipotiroidismo subclínico e repercussões sobre o perfil lipídico e massa óssea em mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nahás, Eliana Aguiar Petri [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Nahas-Neto, Jorge [UNESP], Santos, Paulo Eduardo Mattos Ferreira [UNESP], Mazeto, Glaucia Maria Ferreira da Silva [UNESP], Dalben, Ivete [UNESP], Pontes, Anaglória [UNESP], Traiman, Paulo [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
DOI: 10.1590/S0100-72032005000800006
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005000800006
http://hdl.handle.net/11449/27851
Resumo: OBJETIVO: avaliar a prevalência do hipotiroidismo subclínico e suas repercussões sobre o perfil lipídico e a densidade mineral óssea (DMO) em mulheres na pós-menopausa. Métodos: trata-se de estudo transversal com recuperação de dados de prontuários de pacientes acompanhadas em ambulatório de climatério. Critérios de inclusão: mulheres na pós-menopausa com dosagem do hormônio estimulador da tiróide (TSH) e de tiroxina livre (T4-L). Critérios de exclusão: hipertiroidismo e carcinoma de tiróide. Considerou-se hipotiroidismo subclínico valores de TSH superiores a 5,0 mUI/mL e T4-L normal. Foram selecionadas 320 pacientes (idade 55,2&plusmn;6,4 anos) divididas em 3 grupos: função tiroideana normal (n=208), hipotiroidismo subclínico (n=53) e hipotiroidismo clínico sob tratamento (n=59). Foram analisados dados clínicos, uso de terapia hormonal, índice de massa corpórea (IMC=kg/m²), perfil lipídico (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos) e DMO da coluna lombar e fêmur. Na análise estatística, as diferenças entre as médias dos grupos foram comparadas utilizando-se a análise de variância (ANOVA). Para múltipla comparação, assumindo que a variância era diferente entre os grupos, utilizou-se o método de Tukey. RESULTADOS: o hipotiroidismo subclínico foi diagnosticado em 16,1% dos casos. Os grupos foram homogêneos quanto às características clínicas, IMC e perfil lipídico e uso de terapêutica hormonal. Nas pacientes com hipotiroidismo subclínico ou clínico encontrou-se menor freqüência de osteopenia na coluna lombar e fêmur quando comparadas às eutiroidianas (p<0,001). Houve correlação negativa entre os valores de TSH e DMO da coluna lombar e fêmur (p<0,001). Não se constatou correlação entre os valores de TSH e idade, tempo de menopausa, IMC e perfil lipídico. O total de usuárias de terapia hormonal foi de 65,1%, duração média de 3,43&plusmn;2,42 anos, não diferindo entre os grupos. CONCLUSÃO: o hipotiroidismo subclínico com prevalência de 16,1% na pós-menopausa associou-se à baixa DMO, mas sem repercussões sobre o perfil lipídico.
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Foram selecionadas 320 pacientes (idade 55,2&plusmn;6,4 anos) divididas em 3 grupos: função tiroideana normal (n=208), hipotiroidismo subclínico (n=53) e hipotiroidismo clínico sob tratamento (n=59). Foram analisados dados clínicos, uso de terapia hormonal, índice de massa corpórea (IMC=kg/m²), perfil lipídico (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos) e DMO da coluna lombar e fêmur. Na análise estatística, as diferenças entre as médias dos grupos foram comparadas utilizando-se a análise de variância (ANOVA). Para múltipla comparação, assumindo que a variância era diferente entre os grupos, utilizou-se o método de Tukey. RESULTADOS: o hipotiroidismo subclínico foi diagnosticado em 16,1% dos casos. Os grupos foram homogêneos quanto às características clínicas, IMC e perfil lipídico e uso de terapêutica hormonal. Nas pacientes com hipotiroidismo subclínico ou clínico encontrou-se menor freqüência de osteopenia na coluna lombar e fêmur quando comparadas às eutiroidianas (p<0,001). Houve correlação negativa entre os valores de TSH e DMO da coluna lombar e fêmur (p<0,001). Não se constatou correlação entre os valores de TSH e idade, tempo de menopausa, IMC e perfil lipídico. O total de usuárias de terapia hormonal foi de 65,1%, duração média de 3,43&plusmn;2,42 anos, não diferindo entre os grupos. CONCLUSÃO: o hipotiroidismo subclínico com prevalência de 16,1% na pós-menopausa associou-se à baixa DMO, mas sem repercussões sobre o perfil lipídico.PURPOSE: to evaluate the prevalence of subclinical hypothyroidism and its effects on lipidic profile and bone mineral density (BMD) in postmenopausal women. METHODS: a cross-sectional study with survey of data from medical records of patients attended at a climacteric outpatient clinic. Inclusion criteria: postmenopausal women with measured thyroid-stimulating hormone (TSH) and free thyroxin (T4-L). Exclusion criteria: hyperthyroidism and thyroid cancer. Values of TSH >5.0 mIU/ml and normal T4-L were considered to be subclinical hypothyroidism. The 329 selected women (55.2&plusmn;6.4 years) were divided into three groups: normal thyroid function (control) (n=208), subclinical hypothyroidism (n=53) and clinical hypothyroidism under treatment (n=59). Clinical data, hormonal therapy use, body mass index (BMI=kg/m²), lipid profile (total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides) and BMD of lumbar column and femur were obtained. RESULTS: subclinical hypothyroidism was diagnosed in 16.1% of the cases. The groups were homogeneous regarding clinical features, BMI or lipidic profile. BMD in lumbar column and femur was lower in subclinical and clinical hypothyroidism than in euthyroidism (p<0.001). There was a negative correlation between values of TSH and BMD of lumbar column and femur (p<0.001). There was no correlation between TSH values and age, menopause time, BMI, and lipid profile. The total of hormonal therapy users was 65.1%, mean duration of 3.43&plusmn;2.42 years, not differing between the groups. CONCLUSION: subclinical hypothyroidism with prevalence of 16.1% in postmenopausal women was associated with lower BMD, with no effects on lipid profile.Universidade Estadual Paulista Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Clínica MédicaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Saúde PúblicaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Clínica MédicaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Saúde PúblicaFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Nahás, Eliana Aguiar Petri [UNESP]Nahas-Neto, Jorge [UNESP]Santos, Paulo Eduardo Mattos Ferreira [UNESP]Mazeto, Glaucia Maria Ferreira da Silva [UNESP]Dalben, Ivete [UNESP]Pontes, Anaglória [UNESP]Traiman, Paulo [UNESP]2014-05-20T15:10:57Z2014-05-20T15:10:57Z2005-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article467-472application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005000800006Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 8, p. 467-472, 2005.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/2785110.1590/S0100-72032005000800006S0100-72032005000800006S0100-72032005000800006.pdf415517057478841705141786546676848334785337106990SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T14:07:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/27851Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T14:07:09Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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