Atividade física habitual e custos, diretos e indiretos, com saúde, na presença de comorbidades, entre adultos com doenças cardiovasculares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/195859 |
Resumo: | Doenças cardiovasculares resultam em custos diretos e indiretos em nível individual e social, desde aumento do uso de serviços de saúde até redução da produtividade no trabalho. Informações sobre o quanto a atividade física e comorbidades são responsáveis por tais custos, em população com doenças cardiovasculares estabelecidas, são necessárias. Dessa forma, o objetivo da presente proposta foi identificar, entre pacientes de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares atendidos pelo Sistema Único de Saúde, se existe relação entre atividade física habitual e custos diretos com saúde, considerando o diagnóstico comorbidades, e ainda, se existe relação entre perda de produtividade laboral e custos com saúde e se, atividade física habitual permeia essa relação. Para tanto, foram averiguados: i) custos diretos e indiretos com saúde, a partir de estimativas de utilização de serviços de saúde (atenção primária, secundária e terciária) e perdas de produtividade laboral (absenteísmo, presenteísmo e aposentadorias por invalidez); ii) presença de comorbidades relacionadas às doenças cardiovasculares (diabetes, dislipidemias, hipertensão arterial e obesidade) e iii) atividade física habitual. Além disso, foram coletadas informações sobre idade, sexo e grau de escolaridade, as quais serviram para caracterização da amostra e como variáveis de ajuste das análises realizadas. As análises realizadas foram: Análise de mediação, pelo teste de Modelagem de Equação Estrutural (Structural Equation Model [SEM]); comparações entre grupos, pelos testes de análise de variância (ANOVA one-way), teste t de Student, Mann-Whitney e Kruskal Wallis; além de correlações e regressões, pelos testes de correlação de Spearman e Regressão quantílica. Os resultados mostram que indivíduos com hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade custam mais com serviços de saúde do que aqueles sem essas doenças. Ademais, observou-se que o diagnóstico dessas comorbidades, quando somados, não atenuaram o efeito da relação entre atividade física habitual e custos com saúde e ainda que, mesmo na presença de todas essas comorbidades, aqueles com maiores escores de atividade física habitual (classificados ≥P75) apresentaram economias em serviços de saúde que variaram de R$ 98,99 a R$ 281,84, em período de 24 meses. Paralelamente, observou-se correlação positiva entre custos indiretos decorrentes de perda de produtividade laboral por absenteísmo e custos gerais com saúde (r=0,281 p<0,01) e que, em grupo de trabalhadores em atividade laboral ativa, a cada escore adicional da atividade física habitual, economia anual de R$ 259,03 foram observadas. Dessa forma, conclui-se que atividade física habitual pode minimizar custos diretos e indiretos com saúde mesmo na presença de comorbidades, entre adultos, de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares, atendidos pelo sistema público de saúde brasileiro |
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Atividade física habitual e custos, diretos e indiretos, com saúde, na presença de comorbidades, entre adultos com doenças cardiovascularesHabitual physical activity and costs, direct and indirect, with health, in the presence of comorbidities, among adults with cardiovascular diseasesCustos de cuidados de saúdeObesidadeHipertensãoDislipidemiaDiabetesAbsenteísmoHealth care costsObesityHypertensionDyslipidemiaDiabetesAbsenteeismDoenças cardiovasculares resultam em custos diretos e indiretos em nível individual e social, desde aumento do uso de serviços de saúde até redução da produtividade no trabalho. Informações sobre o quanto a atividade física e comorbidades são responsáveis por tais custos, em população com doenças cardiovasculares estabelecidas, são necessárias. Dessa forma, o objetivo da presente proposta foi identificar, entre pacientes de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares atendidos pelo Sistema Único de Saúde, se existe relação entre atividade física habitual e custos diretos com saúde, considerando o diagnóstico comorbidades, e ainda, se existe relação entre perda de produtividade laboral e custos com saúde e se, atividade física habitual permeia essa relação. Para tanto, foram averiguados: i) custos diretos e indiretos com saúde, a partir de estimativas de utilização de serviços de saúde (atenção primária, secundária e terciária) e perdas de produtividade laboral (absenteísmo, presenteísmo e aposentadorias por invalidez); ii) presença de comorbidades relacionadas às doenças cardiovasculares (diabetes, dislipidemias, hipertensão arterial e obesidade) e iii) atividade física habitual. Além disso, foram coletadas informações sobre idade, sexo e grau de escolaridade, as quais serviram para caracterização da amostra e como variáveis de ajuste das análises realizadas. As análises realizadas foram: Análise de mediação, pelo teste de Modelagem de Equação Estrutural (Structural Equation Model [SEM]); comparações entre grupos, pelos testes de análise de variância (ANOVA one-way), teste t de Student, Mann-Whitney e Kruskal Wallis; além de correlações e regressões, pelos testes de correlação de Spearman e Regressão quantílica. Os resultados mostram que indivíduos com hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade custam mais com serviços de saúde do que aqueles sem essas doenças. Ademais, observou-se que o diagnóstico dessas comorbidades, quando somados, não atenuaram o efeito da relação entre atividade física habitual e custos com saúde e ainda que, mesmo na presença de todas essas comorbidades, aqueles com maiores escores de atividade física habitual (classificados ≥P75) apresentaram economias em serviços de saúde que variaram de R$ 98,99 a R$ 281,84, em período de 24 meses. Paralelamente, observou-se correlação positiva entre custos indiretos decorrentes de perda de produtividade laboral por absenteísmo e custos gerais com saúde (r=0,281 p<0,01) e que, em grupo de trabalhadores em atividade laboral ativa, a cada escore adicional da atividade física habitual, economia anual de R$ 259,03 foram observadas. Dessa forma, conclui-se que atividade física habitual pode minimizar custos diretos e indiretos com saúde mesmo na presença de comorbidades, entre adultos, de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares, atendidos pelo sistema público de saúde brasileiroCardiovascular diseases result in direct and indirect costs at the individual and social level, from increasing the use of healthcare service to reducing productivity at work. Information about the responsible of physical activity and related comorbidities in such costs, in a population with cardiovascular diseases are required. Thus, the objective of the present proposal was to identify, among patients aged 30 to 65 years, with cardiovascular diseases treated by Brazilian National Health System, the relationship between habitual physical activity and direct health costs, considering the diagnosis of comorbidities, and also, if there is a relationship between productivity loss and health costs and if, habitual physical activity permeates this relationship. For this purpose, the following were investigated: i) direct and indirect costs based on estimates of the use of health services (primary, secondary and tertiary care) and losses in labor productivity (absenteeism, presenteeism and disability pensions); ii) presence of comorbidities related to cardiovascular diseases (diabetes, dyslipidemia, hypertension and obesity) and iii) physical activities, in addition, information was collected on age, sex, education level, which served to characterize the sample and as adjustment variables for the analyzes performed. The main analyzes carried out were: Mediation analysis, by the Structural Equation Model (SEM); comparison between groups, using one-way ANOVA tests, Student's t test, Mann-Whitney and Kruskal Wallis; in addition to correlations and regressions, by Spearman's correlation tests and quantile regression. The results show that individuals with hypertension, dyslipidemia, diabetes and obesity cost more with health services than those without these diseases. Furthermore, it was observed that the diagnosis of these comorbidities, when added, did not attenuate the effect of the relationship between habitual physical activity and health costs and, even in the presence of all these comorbidities, those with higher scores of habitual physical activity (classified ≥ P75) had savings in health services that ranged from R$ 98.99 to R$ 281.84 over a 24-month period.. Finally, it was seen a positive correlation between indirect costs, resulting from productivity loss due to absenteeism, and general health costs (r = 0.281 p <0.01) and that, in a group of active work, at each score additional of physical activity were found annually savings of R$ 259.03. Thus, it is concluded that habitual physical activity can minimize direct and indirect health costs, even in the presence of comorbidities, among adults, from 30 to 65 years old with cardiovascular diseases, attended by the Brazilian National Health System.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Codogno, Jamile Sanches [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Araujo, Monique Yndawe Castanho2020-12-10T18:05:37Z2020-12-10T18:05:37Z2020-10-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19585933004137062P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-05T06:05:56Zoai:repositorio.unesp.br:11449/195859Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:05:07.104286Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Doenças cardiovasculares resultam em custos diretos e indiretos em nível individual e social, desde aumento do uso de serviços de saúde até redução da produtividade no trabalho. Informações sobre o quanto a atividade física e comorbidades são responsáveis por tais custos, em população com doenças cardiovasculares estabelecidas, são necessárias. Dessa forma, o objetivo da presente proposta foi identificar, entre pacientes de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares atendidos pelo Sistema Único de Saúde, se existe relação entre atividade física habitual e custos diretos com saúde, considerando o diagnóstico comorbidades, e ainda, se existe relação entre perda de produtividade laboral e custos com saúde e se, atividade física habitual permeia essa relação. Para tanto, foram averiguados: i) custos diretos e indiretos com saúde, a partir de estimativas de utilização de serviços de saúde (atenção primária, secundária e terciária) e perdas de produtividade laboral (absenteísmo, presenteísmo e aposentadorias por invalidez); ii) presença de comorbidades relacionadas às doenças cardiovasculares (diabetes, dislipidemias, hipertensão arterial e obesidade) e iii) atividade física habitual. Além disso, foram coletadas informações sobre idade, sexo e grau de escolaridade, as quais serviram para caracterização da amostra e como variáveis de ajuste das análises realizadas. As análises realizadas foram: Análise de mediação, pelo teste de Modelagem de Equação Estrutural (Structural Equation Model [SEM]); comparações entre grupos, pelos testes de análise de variância (ANOVA one-way), teste t de Student, Mann-Whitney e Kruskal Wallis; além de correlações e regressões, pelos testes de correlação de Spearman e Regressão quantílica. Os resultados mostram que indivíduos com hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade custam mais com serviços de saúde do que aqueles sem essas doenças. Ademais, observou-se que o diagnóstico dessas comorbidades, quando somados, não atenuaram o efeito da relação entre atividade física habitual e custos com saúde e ainda que, mesmo na presença de todas essas comorbidades, aqueles com maiores escores de atividade física habitual (classificados ≥P75) apresentaram economias em serviços de saúde que variaram de R$ 98,99 a R$ 281,84, em período de 24 meses. Paralelamente, observou-se correlação positiva entre custos indiretos decorrentes de perda de produtividade laboral por absenteísmo e custos gerais com saúde (r=0,281 p<0,01) e que, em grupo de trabalhadores em atividade laboral ativa, a cada escore adicional da atividade física habitual, economia anual de R$ 259,03 foram observadas. Dessa forma, conclui-se que atividade física habitual pode minimizar custos diretos e indiretos com saúde mesmo na presença de comorbidades, entre adultos, de 30 a 65 anos, com doenças cardiovasculares, atendidos pelo sistema público de saúde brasileiro |
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