Testes rápidos para estudos de tolerância à seca em mudas de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Arthur de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251030
Resumo: O gênero Eucalyptus desempenha um papel significativo na Silvicultura brasileira. O aumento da demanda por madeira e derivados tem impulsionado a expansão das plantações florestais, principalmente em regiões com clima quente e baixa precipitação. Isso cria desafios devido à maior escassez de água. Diante do exposto o presente trabalho objetivou avaliar o comportamento de genótipos de eucalipto submetidos à seca progressiva e a eficiência de testes rápidos em estudos de tolerância à seca em mudas de eucalipto. Foram usadas mudas de cinco genótipos de eucalipto, propagadas por miniestaquia e com idade aproximada de 90 dias. Inicialmente, avaliou-se a condutância hidráulica da raiz em 10 mudas de cada genótipo pelo método da bomba de pressão. Os valores obtidos foram normatizados em relação ao número de folhas, área foliar, massa seca das raízes, diâmetro do coleto da planta e altura das mudas. Posteriormente, 20 mudas de cada genótipo foram plantadas em vasos preenchidos com 2 litros de solo e irrigadas até a certificação do pleno estabelecimento. Após isso a irrigação foi suspensa e monitoradas periodicamente as seguintes características: Índice de Conteúdo de Clorofila (ICC); fluorescência basal (Fo), fluorescência máxima (Fm) e eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm); danos ao sistema de membranas, pela quantificação dos exsudados liberados em uma solução; e o tempo médio (em dias) de sobrevivência das mudas de cada genótipo. Os dados foram submetidos a análise de variância e comparação de medias pelo teste de Tukey a 5%. O genótipo C3 apresentou maiores valores de condutividade hidráulica, o que demonstra maior eficiência hidráulica, porém menor segurança hidráulica em caso de estresse por deficiência hídrica. Os genótipos apresentaram diferenças no ICC, que se tornaram mais evidentes à medida que o solo ficou mais seco. Observou-se pequenas diferenças entre os genótipos quanto as características de fluorescência da clorofila, mas sem danos aparentes ao fotossistema II. Os danos ao sistema de membranas aumentaram, independentemente do genótipo, com o aumento do período de suspensão da irrigação. O genótipo C1 apresentou menores níveis de danos que os genótipos C4 e C5. A mortalidade das plantas indica o genótipo C3 como o mais sensível à seca progressiva, e os genótipos C1 e C5 os mais tolerantes, sobrevivendo por mais tempo. Diante disto pode-se concluir que os genótipos C3 e C4 são mais sensíveis ao déficit hídrico, e os genótipos C1 e C5 apresentam maior tolerância ao déficit hídrico. A condutividade hidráulica real da raiz é um bom parâmetro para avaliar a tolerância à seca em genótipos de eucalipto. O índice de conteúdo de clorofila (ICC) e a fluorescência de clorofila, não são adequados para avaliar os efeitos da deficiência hídrica e nem a diferença entre os genótipos de eucalipto. A liberação de exsudados (Danos) foi consistente com a seca progressiva e possibilitou diferenciar clones, dentro do período de sobrevivência das mudas. O período médio de sobrevivência das plantas após a suspensão da irrigação é um bom indicador da tolerância dos clones à deficiência hídrica.
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Os valores obtidos foram normatizados em relação ao número de folhas, área foliar, massa seca das raízes, diâmetro do coleto da planta e altura das mudas. Posteriormente, 20 mudas de cada genótipo foram plantadas em vasos preenchidos com 2 litros de solo e irrigadas até a certificação do pleno estabelecimento. Após isso a irrigação foi suspensa e monitoradas periodicamente as seguintes características: Índice de Conteúdo de Clorofila (ICC); fluorescência basal (Fo), fluorescência máxima (Fm) e eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm); danos ao sistema de membranas, pela quantificação dos exsudados liberados em uma solução; e o tempo médio (em dias) de sobrevivência das mudas de cada genótipo. Os dados foram submetidos a análise de variância e comparação de medias pelo teste de Tukey a 5%. O genótipo C3 apresentou maiores valores de condutividade hidráulica, o que demonstra maior eficiência hidráulica, porém menor segurança hidráulica em caso de estresse por deficiência hídrica. Os genótipos apresentaram diferenças no ICC, que se tornaram mais evidentes à medida que o solo ficou mais seco. Observou-se pequenas diferenças entre os genótipos quanto as características de fluorescência da clorofila, mas sem danos aparentes ao fotossistema II. Os danos ao sistema de membranas aumentaram, independentemente do genótipo, com o aumento do período de suspensão da irrigação. O genótipo C1 apresentou menores níveis de danos que os genótipos C4 e C5. A mortalidade das plantas indica o genótipo C3 como o mais sensível à seca progressiva, e os genótipos C1 e C5 os mais tolerantes, sobrevivendo por mais tempo. Diante disto pode-se concluir que os genótipos C3 e C4 são mais sensíveis ao déficit hídrico, e os genótipos C1 e C5 apresentam maior tolerância ao déficit hídrico. A condutividade hidráulica real da raiz é um bom parâmetro para avaliar a tolerância à seca em genótipos de eucalipto. O índice de conteúdo de clorofila (ICC) e a fluorescência de clorofila, não são adequados para avaliar os efeitos da deficiência hídrica e nem a diferença entre os genótipos de eucalipto. A liberação de exsudados (Danos) foi consistente com a seca progressiva e possibilitou diferenciar clones, dentro do período de sobrevivência das mudas. O período médio de sobrevivência das plantas após a suspensão da irrigação é um bom indicador da tolerância dos clones à deficiência hídrica.The Eucalyptus genus plays a significant role in Brazilian Forestry. The increase in demand for wood and wood products has driven the expansion of forest plantations, especially in regions with a hot climate and low rainfall. This creates challenges due to increased water scarcity. The present work aimed to evaluate the performance of eucalyptus genotypes subjected to progressive drought and the efficiency of fast tests in drought tolerance studies in eucalyptus seedlings. In this studies we used seedlings of five eucalyptus genotypes, propagated by minicutting with approximately 90 days. Initially, root hydraulic conductance was evaluated in 10 seedlings of each genotype using the pressure pump method. The values obtained were standardized in relation to the number of leaves, leaf area, root dry mass, plant stem diameter and seedling height. Subsequently, 20 seedlings of each genotype were planted in pots filled with 2 liters of soil and irrigated until certification of full establishment. After that, irrigation was suspended and the following traits were periodically monitored: Chlorophyll Content Index (ICC); basal fluorescence (Fo), maximum fluorescence (Fm) and quantum efficiency of photosystem II (Fv/Fm); damage to the membrane system, by quantifying leaching of exudates into a solution; and the average survival time (in days) of seedlings of each genotype. The data were subjected to analysis of variance and comparison of means using the Tukey test at 5%. The C3 genotype presented higher hydraulic conductivity, which demonstrates greater hydraulic efficiency, but lower hydraulic safety in case of stress due to water deficiency. The genotypes showed differences in ICC, which became more evident as the soil became drier. Small differences were observed between the genotypes regarding chlorophyll fluorescence characteristics, but without apparent damage to photosystem II. Damage to the membrane system increased, regardless of genotype, with increasing irrigation suspension period. Genotype C1 showed lower levels of damage than genotypes C4 and C5. Plant mortality indicates the C3 genotype as the most sensitive to progressive drought, and the C1 and C5 genotypes as the most tolerant, surviving for longer. Given this, it can be concluded that genotypes C3 and C4 are more sensitive to water deficit, and genotypes C1 and C5 have greater tolerance to water deficit. The real hydraulic conductivity of the root is a good parameter to evaluate drought tolerance in eucalyptus genotypes. The chlorophyll content index and chlorophyll fluorescence are not suitable for evaluating the effects of water deficiency or the difference between eucalyptus genotypes. The leaching of exudates (Damage) was consistent with the progressive drought and made it possible to differentiate clones, within the period of seedling survival. The average period of plant survival after the suspension of irrigation is a good indicator of the clones' tolerance to water deficit.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Paula, Rinaldo Cesar de [UNESP]Paula, Arthur de2023-10-19T18:22:40Z2023-10-19T18:22:40Z2023-09-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfPAULA, A. de. Testes rápidos para estudos de tolerância à seca em mudas de eucalipto. 2023. 27 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Agronômica) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, 2023.https://hdl.handle.net/11449/251030porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-16T06:17:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/251030Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:27:42.620773Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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