Movements of bats (Mammalia, Chiroptera) in Atlantic Forest remnants in southern Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bianconi, Gledson V. [UNESP]
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Mikich, Sandra B., Pedro, Wagner André [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752006000400030
http://hdl.handle.net/11449/14741
Resumo: Nós utilizamos a técnica de marcação-recaptura para avaliar os deslocamentos de morcegos dentro e entre três fragmentos florestais do sul do Brasil. Entre julho de 2002 e junho de 2003, os animais foram capturados com redes-de-neblina instaladas em quatro parcelas de 1 ha, que representavam diferentes graus de isolamento das subformações florestais, aluvial (duas parcelas) e submontana (duas parcelas). Utilizando anilhas metálicas numeradas, nós marcamos 635 morcegos de sete espécies e recapturamos 54 indivíduos de seis espécies. A maior freqüência de recaptura foi obtida para Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758), especialmente nas parcelas de origem representadas pela floresta aluvial. Os resultados sugerem que este frugívoro apresenta uma área restrita de forrageio, determinada provavelmente pela abundância de Piper L. (Piperaceae), planta reconhecida como seu alimento preferencial. em contraste, espécies do gênero Artibeus Leach, 1821 exibiram uma baixa freqüência de recaptura, sugerindo alta mobilidade e grande área de forrageio, provavelmente relacionada à exploração conjunta dos fragmentos da região na busca por recursos, em especial Ficus L. (Moraceae), seu alimento preferencial. Nossos resultados sugerem que mesmo pequenos fragmentos florestais são valiosos para a manutenção de algumas espécies de morcegos, seja por oferecerem muitos dos recursos que eles necessitam ou por estarem espacialmente dispostos de forma a facilitar a utilização conjunta da paisagem.
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spelling Movements of bats (Mammalia, Chiroptera) in Atlantic Forest remnants in southern BrazilDeslocamentos de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em remanescentes de Floresta Atlântica no sul do BrasilArtibeusCarollia perspicillatacomportamento alimentarfragmentação florestalmarcação e recapturaArtibeusCarollia perspicillataforaging behaviorforest fragmentationmark/recaptureNós utilizamos a técnica de marcação-recaptura para avaliar os deslocamentos de morcegos dentro e entre três fragmentos florestais do sul do Brasil. Entre julho de 2002 e junho de 2003, os animais foram capturados com redes-de-neblina instaladas em quatro parcelas de 1 ha, que representavam diferentes graus de isolamento das subformações florestais, aluvial (duas parcelas) e submontana (duas parcelas). Utilizando anilhas metálicas numeradas, nós marcamos 635 morcegos de sete espécies e recapturamos 54 indivíduos de seis espécies. A maior freqüência de recaptura foi obtida para Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758), especialmente nas parcelas de origem representadas pela floresta aluvial. Os resultados sugerem que este frugívoro apresenta uma área restrita de forrageio, determinada provavelmente pela abundância de Piper L. (Piperaceae), planta reconhecida como seu alimento preferencial. em contraste, espécies do gênero Artibeus Leach, 1821 exibiram uma baixa freqüência de recaptura, sugerindo alta mobilidade e grande área de forrageio, provavelmente relacionada à exploração conjunta dos fragmentos da região na busca por recursos, em especial Ficus L. (Moraceae), seu alimento preferencial. Nossos resultados sugerem que mesmo pequenos fragmentos florestais são valiosos para a manutenção de algumas espécies de morcegos, seja por oferecerem muitos dos recursos que eles necessitam ou por estarem espacialmente dispostos de forma a facilitar a utilização conjunta da paisagem.We used mark and recapture techniques to evaluate movements of bats within and between three brazilian forest remnants. We captured bats with mist-nets in four 1 ha plots representing different degrees of isolation of riparian (two plots) and submontane (two plots) forests between July 2002 and June 2003. Using numbered aluminium tags, we marked 635 bats of seven species and 54 individuals of six species were recaptured. Overall, we recaptured Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) (short-tailed fruit bat) most frequently, especially in plots where they were banded in the riparian forest plots. These results suggest that this bat has restricted feeding areas, which are probably determined by the abundance of Piper Linnaeus (Piperaceae), its preferred food item. In contrast, species of the genus Artibeus Leach, 1821 exhibited few recaptures, suggesting high mobility and larger feeding areas. In fact Artibeus seems to use more of the forest remnants in their search for food, especially Ficus Linnaeus (Moraceae), the preferred food of this bat. Our results suggest that even small forest isolates are valuable for the maintenance of some bat species because they offer many of the resources they need or because they are spatially distributed in a pattern that allows use of the entire landscape.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Mülleriana: Sociedade Fritz Müller de Ciências NaturaisUniversidade Estadual Paulista Departamento de Apoio Laboratório de ChiropteraEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Florestas Laboratório de EcologiaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Apoio Laboratório de ChiropteraSociedade Brasileira de ZoologiaMülleriana: Sociedade Fritz Müller de Ciências NaturaisUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)Bianconi, Gledson V. [UNESP]Mikich, Sandra B.Pedro, Wagner André [UNESP]2013-09-30T19:46:55Z2014-05-20T13:42:23Z2013-09-30T19:46:55Z2014-05-20T13:42:23Z2006-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article1199-1206application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752006000400030Revista Brasileira de Zoologia. Sociedade Brasileira de Zoologia, v. 23, n. 4, p. 1199-1206, 2006.0101-8175http://hdl.handle.net/11449/1474110.1590/S0101-81752006000400030S0101-81752006000400030S0101-81752006000400030.pdf2685769620605055SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPengRevista Brasileira de Zoologiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-04T19:15:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/14741Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T19:15:51Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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