Expressão gênica do corpo lúteo após pulsos intrauterinos com doses baixas de prostaglandina E1 e F-2 alfa em vacas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ochoa, Julián Camilo [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/144324
Resumo: Em ruminantes a luteólise natural é caraterizada pela liberação de vários pulsos de prostaglandina F2alfa (PGF) produzidos pelo útero. A PGF é o hormônio luteolítico, enquanto a prostaglandina E1 (PGE1) é considerada um mediador luteoprotetor. Em estudos anteriores, infusões com doses baixas de PGF no útero com intervalos de 6 horas (h) resultou em regressão do corpo luteo (CL). A proposta deste experimento é desenvolver um modelo para avaliar o efeito de baixas doses de PGE1, também infundidas no lúmen uterino sobre a resposta luteal à PGF intrauterina (IU). Vacas no dia 10 do ciclo estral receberam infusões IU de salina (0,1 ml de salina + 0,1 ml de DMSO), PGE (2 mg de PGE1 em 0,1ml de DMSO) ou PGF (0,25 mg of PGF em 0,1 ml de salina) em intervalos de 6 h em um desenho experimental 2 X 2. Portanto os animais foram agrupados em quatro tratamentos: SALINA (4 infusões de salina; n=5), PGE (4 infusões de PGE1; n=5), PGF (4 infusões de PGF; n=5) e PGE+PGF (4 infusões de PGE1+PGF; n=5). As concentrações plasmáticas de progesterona (P4) foram dosadas por radioimunoensaio e o volume luteal foi determinado por ultrassonografia transretal. As concentrações circulantes de PGFM e PGEM foram dosadas antes e 10 minutos após as primeiras duas infusões. Biopsias luteais foram coletadas de cada vaca 30 minutos após cada infusão para determiner a expressão de genes em resposta a cada tratamento. As concentrações circulantes de PGFM 10 minutos após as infusões foram maiores em vacas que receberam tratamentos com PGF e PGE+PGF em comparação com as vacas tratadas com salina e PGE. Da mesma forma, as concentrações de PGEM 10 minutos após cada infusão foram maiores em vacas tratadas com PGE e PGE+PGF em comparação com vacas dos grupos salina e PGF. As concentrações de P4 diminuiram no grupo PGF em comparação com o grupo Salina no tempo 12-h (48,9% do controle) após a primeira infusão de PGF, no tempo 24-h (20,2% do controle), e em todos tempos subsequentes (P < 0,05). Não foram encontradas diferenças nas concentrações circulantes de P4 entre os grupos Salina, PGE e PGF+PGE. Houve também uma diminuição do volume luteal entre o grupo PGF e os outros três grupos que foi observada nos tempos 24-h (56,4% do controle), 48-h (30,6% do controle), e 72-h (20,4% do controle) após o tratamento com PGF (P<0.05). Não houve diferenças no volume luteal entre os tratamentos salina, PGE e PGE+PGF. Por tanto, infusões IU simultâneas de baixas doses de PGE1 bloquearam a ação luteolitica de pulsos IU de PGF em vacas, como observado nas mudanças circulantes de P4 e volume luteal. Análises da expressão génica nas biopsias luteais coletadas após o terceiro pulso de PGF, indicam o padrão tipico de expressão de genes em resposta ao tratamento com PGF (FGF2, EGR1, FOS e FAS aumentaram; PTGFR, VEGFA, NR5A1 e STAR diminuiram) e o tratamento PGE+PGF bloqueou completamente as mudanças na expressão destes genes. Infusões IU de PGF e PGE1 parecem ser um excelente modelo para determiner o padrão de expressão de genes envolvidos no efeito luteoprotetor da PGE1.
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spelling Expressão gênica do corpo lúteo após pulsos intrauterinos com doses baixas de prostaglandina E1 e F-2 alfa em vacasGene expression in the corpus luteum following intrauterine pulses of low doses of prostaglandins E1 and F-2 alpha in cattleCorpo luteoLuteóliseProstaglandina E1Corpus luteumLuteolysisEm ruminantes a luteólise natural é caraterizada pela liberação de vários pulsos de prostaglandina F2alfa (PGF) produzidos pelo útero. A PGF é o hormônio luteolítico, enquanto a prostaglandina E1 (PGE1) é considerada um mediador luteoprotetor. Em estudos anteriores, infusões com doses baixas de PGF no útero com intervalos de 6 horas (h) resultou em regressão do corpo luteo (CL). A proposta deste experimento é desenvolver um modelo para avaliar o efeito de baixas doses de PGE1, também infundidas no lúmen uterino sobre a resposta luteal à PGF intrauterina (IU). Vacas no dia 10 do ciclo estral receberam infusões IU de salina (0,1 ml de salina + 0,1 ml de DMSO), PGE (2 mg de PGE1 em 0,1ml de DMSO) ou PGF (0,25 mg of PGF em 0,1 ml de salina) em intervalos de 6 h em um desenho experimental 2 X 2. Portanto os animais foram agrupados em quatro tratamentos: SALINA (4 infusões de salina; n=5), PGE (4 infusões de PGE1; n=5), PGF (4 infusões de PGF; n=5) e PGE+PGF (4 infusões de PGE1+PGF; n=5). As concentrações plasmáticas de progesterona (P4) foram dosadas por radioimunoensaio e o volume luteal foi determinado por ultrassonografia transretal. As concentrações circulantes de PGFM e PGEM foram dosadas antes e 10 minutos após as primeiras duas infusões. Biopsias luteais foram coletadas de cada vaca 30 minutos após cada infusão para determiner a expressão de genes em resposta a cada tratamento. As concentrações circulantes de PGFM 10 minutos após as infusões foram maiores em vacas que receberam tratamentos com PGF e PGE+PGF em comparação com as vacas tratadas com salina e PGE. Da mesma forma, as concentrações de PGEM 10 minutos após cada infusão foram maiores em vacas tratadas com PGE e PGE+PGF em comparação com vacas dos grupos salina e PGF. As concentrações de P4 diminuiram no grupo PGF em comparação com o grupo Salina no tempo 12-h (48,9% do controle) após a primeira infusão de PGF, no tempo 24-h (20,2% do controle), e em todos tempos subsequentes (P < 0,05). Não foram encontradas diferenças nas concentrações circulantes de P4 entre os grupos Salina, PGE e PGF+PGE. Houve também uma diminuição do volume luteal entre o grupo PGF e os outros três grupos que foi observada nos tempos 24-h (56,4% do controle), 48-h (30,6% do controle), e 72-h (20,4% do controle) após o tratamento com PGF (P<0.05). Não houve diferenças no volume luteal entre os tratamentos salina, PGE e PGE+PGF. Por tanto, infusões IU simultâneas de baixas doses de PGE1 bloquearam a ação luteolitica de pulsos IU de PGF em vacas, como observado nas mudanças circulantes de P4 e volume luteal. Análises da expressão génica nas biopsias luteais coletadas após o terceiro pulso de PGF, indicam o padrão tipico de expressão de genes em resposta ao tratamento com PGF (FGF2, EGR1, FOS e FAS aumentaram; PTGFR, VEGFA, NR5A1 e STAR diminuiram) e o tratamento PGE+PGF bloqueou completamente as mudanças na expressão destes genes. Infusões IU de PGF e PGE1 parecem ser um excelente modelo para determiner o padrão de expressão de genes envolvidos no efeito luteoprotetor da PGE1.In ruminants, natural luteolysis is characterized by the release of several pulses of prostaglandin F2alpha (PGF) produced by the uterus. Prostaglandin F2alpha is the luteolytic hormone, whereas prostaglandin E1 (PGE1) is considered to be a luteoprotective mediator. In previous studies, low doses of PGF infused into the uterus at 6 hour (h) intervals resulted in regression of the corpus luteum (CL). This study was designed to develop a model to study the effect of low doses of PGE1, also infused into the uterine lumen, on the luteal responses to intrauterine (IU) PGF. Cows on day 10 of the estrous cycle received IU infusions of saline (0,1 ml of saline + 0,1 ml of DMSO), PGE (2 mg of PGE1 in 0,1ml of DMSO) or PGF (0,25 mg of PGF in 0,1 ml of saline) at 6-h intervals in a 2 X 2 experimental design. Thus, there were four treatment groups: SALINE (4 saline infusions; n=5), PGE (4 PGE1 infusions; n=5), PGF (4 PGF infusions; n=5), and PGE+PGF (4 PGE1+PGF infusions; n=5). Radioimmunoassay was used to measure circulating progesterone (P4) concentrations and luteal volume was determined by transrectal ultrasonography. Circulating concentrations of PGFM and PGEM were measured before and 10 minutes after the first two infusions. A luteal biopsy was collected from each cow at 30 minutes after each infusion for later determination of gene expression in response to each treatment. Circulating concentrations of PGFM 10 minutes after infusions were greater in cows receiving treatments with PGF and PGE+PGF than in Saline or PGE-treated cows. In the same way, concentrations of PGEM 10 minutes after infusions, were greater in cows that were treated with PGE and PGE+PGF than in saline and PGF-treated cows. Concentrations of P4 in the PGF group decreased compared to those in the saline group by 12-h (48.9% of control) after first infusion of PGF, at 24-h (20,2% of control), and all subsequent time points (P < 0,05). No differences in circulating P4 concentrations were found between Saline, PGE, and PGF+PGE. There was also a decrease of luteal volume between the PGF group and the other three groups that was detectable at 24 (56,4% of control), 48 (30,6% of control), and 72 (20,4% of control) h after PGF treatment (P<0.05). There were no differences in luteal volume between Saline, PGE, or PGE+PGF. Thus, simultaneous IU infusion of a low dose of PGE1 blocked the luteolytic actions of IU PGF pulses in cattle, as measured by changes in circulating P4 and luteal volume. Analyses of gene expression in the luteal biopsy taken after the third PGF pulse indicate a typical pattern of gene expression in response to the PGF treatments (FGF2, EGR1, FOS and FAS increased; PTGFR, VEGFA, NR5A1 and STAR decreased) and that simultaneous PGE1 treatment completely blocked these gene expression changes. Thus, IU infusion of PGF and PGE1 seems to provide an excellent model for determining the patterns of gene expression involved in the luteoprotective effect of PGE1.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ferreira, João Carlos Pinheiro [UNESP]Wiltbank, Milo C.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ochoa, Julián Camilo [UNESP]2016-10-06T20:12:34Z2016-10-06T20:12:34Z2016-09-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14432400087374233004064086P13569421209341579porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-02T06:10:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/144324Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-02T06:10:51Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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