Níveis de proteínas de fase aguda em equinos expostos à sobrecarga de carboidratos associada à alcalinização cecal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/191291 |
Resumo: | Avanços acerca da fisiopatologia da laminite equina permitiram imputar como fator primário e deflagrador dos estágios iniciais dessa doença, a ativação da cascata inflamatória. Sabe-se que equinos submetidos à sobrecarga de carboidratos, podem desenvolver laminite e que essa afecção se dá por mudanças na microbiota do trato gastrintestinal. A laminite induz alterações sistêmicas que repercutem nos valores de proteínas de fase aguda (PFA). Com este estudo, buscou-se encontrar uma associação entre os valores dessas proteínas com a evolução dos sinais clínicos de equinos expostos à sobrecarga de carboidrato (amido de milho na dose de 17,6 g/kg de peso vivo, diluído em água na proporção de um quilo/litro, fornecido via sondagem nasogástrica) e tratados com solução tampão intracecal (composto contendo 3,5 g de hidróxido de alumínio, 65,6 g de hidróxido de magnésio e 1,2 g de simeticona, diluído em água destilada em volume equivalente à metade do volume administrado via sondagem nasogástrica). Dez equinos hígidos foram divididos de maneira aleatória e fatorial (2x2), em quatro grupos (n=5): controle (GCC), controle + tratamento (GCT), laminite (GAC), laminite + tratamento (GAT). Os animais do GCC e GAC integraram, respectivamente, GAT e GCT, respeitando um intervalo de 15 dias entre o procedimento experimental. Eles foram avaliados durante sete momentos (T0h, T4h, T8h, T12h, T24h, T48h, T72h), nos quais também foram coletadas amostras de sangue venoso para obtenção do soro e realização do proteinograma. As concentrações séricas de proteínas totais e albumina foram determinadas por colorimetria e as demais PFA através de eletroforese em gel de poliacrilamida, contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE) e kits comerciais de ELISA. Os valores referentes às concentrações séricas das proteínas foram submetidos à análise de variância (ANOVA de duas vias) e, quando p<0,05, ao teste de Tukey. Para avaliar o grau de relação entre valores de proteínas e parâmetros clínicos, utilizou-se do coeficiente de Pearson. 40% dos animais desenvolveram laminite clínica (10% do GAC e 30% do GAT). Não houve diferença entre os grupos para os valores de proteínas totais, albumina, amiloide A sérica e proteína C reativa (p>0,05). A transferrina, considerada uma PFA negativa, apresentou padrão de resposta positiva em GAC e GAT. Os valores de ceruloplasmina e α-1-glicoproteína ácida apresentaram correlação com a maioria dos parâmetros fisiológicos avaliados. Essas duas proteínas, juntamente com a haptoglobina e α-1-antitripsina se elevaram consideravelmente no GAT, sugerindo maior ativação da resposta inflamatória nos animais desse grupo, quando comparado aos demais. As alterações dos parâmetros clínicos também foram mais evidentes no GAT, corroborando os achados do proteinograma. |
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Níveis de proteínas de fase aguda em equinos expostos à sobrecarga de carboidratos associada à alcalinização cecalAcute phase proteins levels in horses exposed to carbohydrate overload associated with cecal alkalinizationEletroforeseProteinogramaSIRSTamponamento gastrintestinalAvanços acerca da fisiopatologia da laminite equina permitiram imputar como fator primário e deflagrador dos estágios iniciais dessa doença, a ativação da cascata inflamatória. Sabe-se que equinos submetidos à sobrecarga de carboidratos, podem desenvolver laminite e que essa afecção se dá por mudanças na microbiota do trato gastrintestinal. A laminite induz alterações sistêmicas que repercutem nos valores de proteínas de fase aguda (PFA). Com este estudo, buscou-se encontrar uma associação entre os valores dessas proteínas com a evolução dos sinais clínicos de equinos expostos à sobrecarga de carboidrato (amido de milho na dose de 17,6 g/kg de peso vivo, diluído em água na proporção de um quilo/litro, fornecido via sondagem nasogástrica) e tratados com solução tampão intracecal (composto contendo 3,5 g de hidróxido de alumínio, 65,6 g de hidróxido de magnésio e 1,2 g de simeticona, diluído em água destilada em volume equivalente à metade do volume administrado via sondagem nasogástrica). Dez equinos hígidos foram divididos de maneira aleatória e fatorial (2x2), em quatro grupos (n=5): controle (GCC), controle + tratamento (GCT), laminite (GAC), laminite + tratamento (GAT). Os animais do GCC e GAC integraram, respectivamente, GAT e GCT, respeitando um intervalo de 15 dias entre o procedimento experimental. Eles foram avaliados durante sete momentos (T0h, T4h, T8h, T12h, T24h, T48h, T72h), nos quais também foram coletadas amostras de sangue venoso para obtenção do soro e realização do proteinograma. As concentrações séricas de proteínas totais e albumina foram determinadas por colorimetria e as demais PFA através de eletroforese em gel de poliacrilamida, contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE) e kits comerciais de ELISA. Os valores referentes às concentrações séricas das proteínas foram submetidos à análise de variância (ANOVA de duas vias) e, quando p<0,05, ao teste de Tukey. Para avaliar o grau de relação entre valores de proteínas e parâmetros clínicos, utilizou-se do coeficiente de Pearson. 40% dos animais desenvolveram laminite clínica (10% do GAC e 30% do GAT). Não houve diferença entre os grupos para os valores de proteínas totais, albumina, amiloide A sérica e proteína C reativa (p>0,05). A transferrina, considerada uma PFA negativa, apresentou padrão de resposta positiva em GAC e GAT. Os valores de ceruloplasmina e α-1-glicoproteína ácida apresentaram correlação com a maioria dos parâmetros fisiológicos avaliados. Essas duas proteínas, juntamente com a haptoglobina e α-1-antitripsina se elevaram consideravelmente no GAT, sugerindo maior ativação da resposta inflamatória nos animais desse grupo, quando comparado aos demais. As alterações dos parâmetros clínicos também foram mais evidentes no GAT, corroborando os achados do proteinograma.It’s is known that the inflammatory response plays an important role in the development of the equine laminitis, mostly in its early stages. Among several risk factors, horses submitted to carbohydrate overload can develop this syndrome, due to changes in the cecal pH and microbiota, followed by an increase in the transmural absorption of several luminal contents, such as bacterial endotoxins. The acute phase response that occurs after injury elicits the overproduction of several proteins by the liver, called acute phase proteins (APP). However, there are few studies using proteinogram to characterize the inflammatory response during the development of this syndrome. The aim of this study was to correlate APP values with clinical signs of horses submitted to carbohydrate overload (17.6 g.kg-1 BW of corn starch solution, administered via nasogastric tube) and treated with a buffer solution (3.5 g of aluminum hydroxide, 65.6 g of magnesium hydroxide and 1.2 g of simethicone, administered into the cecum through catheterization). Ten healthy horses were divided in a factorial and randomized way into four groups (n = 5): control (GCC), control + treatment (GCT), laminitis (GAC), laminitis + treatment (GAT). The animals from GCC and GAC integrated GAT and GCT, respectively, respecting an interval of 15 days between the experimental procedure. They were evaluated during seven moments (T0h, T4h, T8h, T12h, T24h, T48h, T72h), in which blood were also collected to obtain serum to perform the proteinogram. Total protein and albumin concentrations were determined by colorimetry and the other APP by polyacrylamide gel electrophoresis containing sodium dodecyl sulphate (SDS – PAGE) and commercial ELISA kits. Values of the serum concentration of those proteins were submitted to a two-way ANOVA, when significant (p<0.05) to the Tukey test. The correlation between clinical signs and APP were verified using the Pearson’s correlation coefficient. 40% of the animals developed clinical laminitis (10% of GAC and 30% of GAT). There was no difference between groups in the values of total protein, albumin, serum amyloid A and C reactive protein (p>0.05). Transferrin, considered a negative APP, showed a positive response pattern in GAC and GAT. Ceruloplasmin and α-1-acid glycoprotein serum concentrations had a positive correlation with most physiological parameters. These two proteins, together with α-1-antitrypsin and haptoglobin had its values increased considerably in GAT, suggesting greater activation of inflammatory response in animals of this group, comparing to the ones from GAC. Changes in clinical parameters were also more evident in the GAT group, corroborating the proteinogram findings.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)2018/14720-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Valadão, Carlos Augusto Araújo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rabelo, Isabela Peixoto2020-01-07T12:57:52Z2020-01-07T12:57:52Z2019-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19129100092819333004102069P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T12:51:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191291Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:24:53.723692Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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