Daniel Defoe e as representações do Novo Mundo: um diálogo entre romances e relatos de viagem (1697-1729)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/144507 |
Resumo: | Daniel Defoe foi uma figura importante para as transformações literárias que caracterizaram a difusão do romance na Inglaterra setecentista, gênero em formação durante este período. Entre as características de sua obra ficcional, notamos a semelhança com alguns relatos de viagens – como os de Drake, Raleigh, Poyntz, Narborough, Dampier e Rogers – e representações recorrentes do continente americano – territórios nunca visitados pelo autor. Os textos publicados por estes viajantes contêm representações de regiões da América como o Caribe e os litorais ocidentais da América do Sul que, por sua vez, também aparecem como cenários nas obras ficcionais do romancista. Por outro lado, conhecido pelo engajamento político e pela participação nas discussões sobre os rumos da expansão do Império Britânico, o autor também lança mão desta literatura em seus ensaios para sustentar seus argumentos sobre as possibilidades de avanço imperial no Novo Mundo. Partindo de reflexões teóricas importantes para a História Cultural, sobretudo aquelas ligadas às noções de representação e apropriação debatidas por Roger Chartier, a presente pesquisa intenta estabelecer relações entre as obras de ficção de Defoe e os relatos de viagem lidos por ele. Neste sentido, a análise se orientará por alguns questionamentos centrais: como e por que estas representações de domínios coloniais de outros Impérios aparecem na ficção de Defoe? De que maneira estas representações se relacionam com os relatos de viagem que são mencionados pelo autor em suas obras não ficcionais? Em que medida as obras ficcionais do autor apresentam questões pertinentes à expansão do Império Britânico no início do século XVIII? Nosso objetivo principal, portanto, é tentar sustentar a hipótese de que os romances de Defoe contêm representações do Novo Mundo que, em certa medida, foram construídas por meio de apropriações dos relatos de viagem por ele lidos. Ademais, tentaremos perceber de que forma tais representações inserem suas obras de ficção nas discussões sobre as possibilidades de expansão do comércio e da colonização no continente americano. |
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Daniel Defoe e as representações do Novo Mundo: um diálogo entre romances e relatos de viagem (1697-1729)Daniel Defoe and the representations of the New World: a dialogue between novels and travel accounts (1697-1729)História ModernaHistória da leituraInglaterraSéculo XVIIIRomance inglêsRelatos de viagemAméricaEarly Modern HistoryHistory of readingEnglandEighteenth-centuryEnglish novelTravel accountsAmericaDaniel Defoe foi uma figura importante para as transformações literárias que caracterizaram a difusão do romance na Inglaterra setecentista, gênero em formação durante este período. Entre as características de sua obra ficcional, notamos a semelhança com alguns relatos de viagens – como os de Drake, Raleigh, Poyntz, Narborough, Dampier e Rogers – e representações recorrentes do continente americano – territórios nunca visitados pelo autor. Os textos publicados por estes viajantes contêm representações de regiões da América como o Caribe e os litorais ocidentais da América do Sul que, por sua vez, também aparecem como cenários nas obras ficcionais do romancista. Por outro lado, conhecido pelo engajamento político e pela participação nas discussões sobre os rumos da expansão do Império Britânico, o autor também lança mão desta literatura em seus ensaios para sustentar seus argumentos sobre as possibilidades de avanço imperial no Novo Mundo. Partindo de reflexões teóricas importantes para a História Cultural, sobretudo aquelas ligadas às noções de representação e apropriação debatidas por Roger Chartier, a presente pesquisa intenta estabelecer relações entre as obras de ficção de Defoe e os relatos de viagem lidos por ele. Neste sentido, a análise se orientará por alguns questionamentos centrais: como e por que estas representações de domínios coloniais de outros Impérios aparecem na ficção de Defoe? De que maneira estas representações se relacionam com os relatos de viagem que são mencionados pelo autor em suas obras não ficcionais? Em que medida as obras ficcionais do autor apresentam questões pertinentes à expansão do Império Britânico no início do século XVIII? Nosso objetivo principal, portanto, é tentar sustentar a hipótese de que os romances de Defoe contêm representações do Novo Mundo que, em certa medida, foram construídas por meio de apropriações dos relatos de viagem por ele lidos. Ademais, tentaremos perceber de que forma tais representações inserem suas obras de ficção nas discussões sobre as possibilidades de expansão do comércio e da colonização no continente americano.Daniel Defoe was an important writer for the literary transformations that marked the spread of the novel in eighteenth-century England, genre that was in making during the period. Among the features of his fictional work, we note the similarity with some travel accounts – like those of Drake, Raleigh, Poyntz, Narborough, Dampier and Rogers – and recurring representations of the American continent – territories never visited by the author. The texts published by these travelers contain representations of regions of America as the Caribbean and the western coasts of South America, which, in turn, also appear as scenarios in the fictional works of the novelist. On the other hand, known for political engagement and participation in discussions on the directions of expansion of the British Empire, the author also makes use of this literature in his essays to support his arguments about the possibilities of imperial advance in the New World. Starting from important theoretical reflections for Cultural History, especially those related to the notions of representation and appropriation discussed by Roger Chartier, this research attempts to establish relations between the works of Defoe’s fiction and travel reports read by him. In this sense, the analysis is guided by some central questions: how and why these representations of colonial domains of other empires appear in fiction of Defoe? How these representations are related to the travel accounts that are mentioned by the author in his non-fiction works? To what extent the fictional author’s works have issues related to the expansion of the British Empire in the early eighteenth-century? Our main objective, therefore, is to try to support the hypothesis that Defoe’s novels contain representations of the New World, to some extent, that were built by appropriation of elements found in travel accounts read by him. Furthermore, we will try to understand how such representations insert their works of fiction in discussions about trade expansion possibilities and colonization in the Americas.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Guimarães, Valéria dos Santos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Inácio Neto, José [UNESP]2016-11-03T17:29:39Z2016-11-03T17:29:39Z2016-10-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14450700087513433004072013P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-26T18:37:14Zoai:repositorio.unesp.br:11449/144507Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:17:10.437350Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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