Transfusões de concentrados de hemácias em recém-nascidos de muito baixo peso e suas correlações clínicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arenales, Nadja Guazzi
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/153688
Resumo: Introdução: As transfusões de concentrados de hemácias (CHs) são frequentes em recém-nascidos (RNs) apesar do aumento do tempo para clampeamento de cordão umbilical ao nascer, da redução no volume de sangue coletado para exames laboratoriais e da adesão aos protocolos restritivos de sua indicação. Diversas correlações já foram descritas entre transfusões e piores desfechos perinatais. Casuística e métodos: Estudo analítico, observacional, transversal do tipo coorte realizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, com análise de prontuários de 170 recém-nascidos menores de 1500g ao nascimento admitidos durante os anos de 2015 e 2016, divididos em grupos transfundido (Tf) e não transfundido (NTf). Calculadas diferença de proporções e frequências simples e relativa; para comparação entre os grupos foi usado o teste t-student e em caso assimétrico foi utilizado o modelo de distribuição gama. Resultados: No grupo Tf, a média de peso foi 966,8 (±242,2) gramas e de idade gestacional 27,70 (±2,63) semanas, no grupo NTf, estes valores foram 1214,5 (±263,8) g e 30,37 (±3,07) semanas. Houve cerca de 1,2 transfusões por paciente. Valores médios de hemoglobina das primeiras 72h de 16,65g/d e de peso de nascimento de 1184g, não se associaram a transfusões. Houve correlação entre sepse, HPIV, SDR, DBP, ECN, permanência na UTIN e óbito com transfusões de CHs. Conclusão: Menores peso de nascimento e idade gestacional associam-se a transfusões de CHs. Ações que aumentem a hemoglobina de entrada na UTIN devem ser estimuladas. Encontramos correlações entre desfechos neonatais desfavoráveis e transfusões de CHs, porém mais estudos sobre seu impacto na sobrevida dos RNs ainda são necessários.
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