Análise de imunofluorescência de H3K9 e H2AX em lesões displásicas orais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, João Lucas Trindade Fernandes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/254840
Resumo: Desordens potencialmente malignas orais (DPMO) são apresentações clínicas que apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de câncer. Atualmente, o grau de displasia epitelial é baseado em alterações epiteliais arquitetônicas e citológicas e é utilizado para prever a transformação maligna dessas lesões. No entanto, prever qual DPMO irá de fato progredir para um tumor maligno é muito desafiador. Neste sentido, os infiltrados inflamatórios podem favorecer o desenvolvimento de um câncer, e estudos recentes sugerem que essa associação com DPMO pode estar relacionada à etiologia e/ou comportamento clínico agressivo dessas lesões. Alterações epigenéticas, como modificações de histonas, podem mediar a inflamação crônica e também favorecer as células tumorais na resistência e evasão imunológica. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre acetilação de histonas (H3K9ac) e danos ao DNA no contexto de lesões displásicas com inflamação crônica proeminente. Neste estudo, leucoplasias orais (LO, n=24) classificada como “baixo risco” (n=12) e “alto risco” (n=12) e hiperplasia fibrosa inflamatória (n=10), como grupo controle, foram submetidas à análise de imunofluorescência para avaliação dos níveis de acetilação de histonas e danos ao DNA através da fosforilação de H2AX (γH2AX). Os resultados deste estudo demonstraram que nas amostras de LO classificadas como de “alto risco” as células inflamatórias subepiteliais foram bem mais frequentes do que nas amostras classificadas como de “baixo risco”. Adicionalmente, lesões displásicas orais mostraram hipoacetilação de H3K9 e baixos níveis de γH2AX em comparação ao controle. Concluímos que a presença de inflamação crônica associada a lesões displásicas é capaz de promover alterações epigenéticas, que por sua vez podem favorecer o processo de transformação maligna.
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