A narrativa fantástica de Fagundes Varela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Frederico Santiago da [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/94039
Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar uma faceta ainda hoje pouco conhecida do poeta fluminense Luís Nicolau Fagundes Varela (1841-1875). Apesar de seu nome ser associado principalmente à poesia, Fagundes Varela explorou também a prosa de ficção, em especial um tipo de literatura que dialoga diretamente com os primeiros impulsos do Romantismo europeu. Trata-se da literatura fantástica, termo muitas vezes genericamente usado para se designar um tipo de literatura que tem como principal característica a representação de um mundo declaradamente imaginário, na qual se incluem numa mesma categoria ficção científica e o conto de fadas, por exemplo. O fantástico com o qual Varela flerta em suas publicações de 1861 é de natureza muito mais restritiva, além de ser também bastante representativa de um momento particular na literatura brasileira. Ao publicar As Ruínas da Glória, A Guarida de Pedra e As Bruxas, Varela não foi o primeiro de nossos escritores a se dedicar ao fantástico, nem o que melhor o fez. É patente a influência da Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, em especial, em um dos contos que nos propomos a analisar aqui, bem como se sente o peso de um E. T. A. Hoffmann, mestre do gênero, evocado nas falas das personagens. Assim, com o intento de trazer à luz um Fagundes Varela ficcionista, cultor da literatura fantástica, esperamos contribuir igualmente para os estudos que vão em direção de se buscar uma tradição fantástica no Brasil que não se limite apenas à Noite e ao Macário, do célebre discípulo de Byron, mesmo que sua obra tenha influenciado os escritores brasileiros que trilharam os caminhos da literatura fantástica e, entre eles, Fagundes Varela
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