Tratamento de comunicação buco-sinusal após falha na instalação de implante: relato de caso

• Autor(a) principal: Secate, Caio Daniel de Oliveira [UNESP]
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256045
• topic: Seio maxilar; Implantes dentários; Ossos; Dental implants

Dentre as complicações que podem surgir após a instalação de implantes e ou a extração de pré-molares e molares superiores, é a comunicação entre a cavidade bucal e o seio maxilar, conhecida como comunicação buco-sinusal. Esta revisão de literatura e relato de caso aborda um caso de sinusite associada a uma comunicação buco-sinusal após um procedimento de enxerto heterogêno de origem bovina e instalação de implante. Paciente, do sexo feminino, 49 anos de idade, queixava-se de dor na face do lado direito e relatou estar em tratamento com antibióticos por mais de 40 dias sob cuidados de um otorrinolaringologista. Durante a anamnese, revelou ter submetido a enxerto sinusal e a instalação de um implante em um consultório odontológico, contudo, devido à incompatibilidade entre o tamanho do implante e o osso disponível, o implante acabou penetrando no seio maxilar, resultando na comunicação buco-sinusal e subsequente infecção. A presença de coleção purulenta, sintoma da infecção, a levou procurar outro dentista. O cirurgião dentista removeu o implante, mas não fechou a comunicação nem prescreveu medicação. Exames de imagem confirmaram a comunicação buco-sinusal com infecção sinusal que apresentava supuração e opacificação do seio maxilar e remanescente de biomaterial. Foi realizado um tratamento preliminar com lavagens nasais com soro fisiológico 0,9% e antibioticoterapia com levofloxacino por quatorze dias. Após a adequação do seio, foi realizada a sinusectomia e fechamento da comunicação. No pós-operatório, a paciente apresentou edema compatível com o procedimento cirúrgico, sem queixas de dor e sem sinais de secreção ou infecção. Além disso, a paciente continuou a terapia medicamentosa com levofloxacino 500mg, dipirona 500mg, ibuprofeno 600mg e acetilcisteína 600mg. As suturas foram removidas após 15 dias, ela foi orientada a aguardar por seis meses para a reabilitação com implantes na área, continuando sob acompanhamento. Conclui-se que uma avaliação precisa do osso remanescente na área de implantação é crucial para evitar complicações como a comunicação buco-sinusal, assim como um eficiente planejamento do cirurgião dentista, com um bom exame clínico e solicitação de exames imagiológicos.