A crepitação no joelho é um fator de risco para o desenvolvimento de dor femoropatelar? Um estudo prospectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Priore, Liliam Barbuglio Del [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/191777
Resumo: A dor femoropatelar (DFP) é caracterizada por dor peri e/ou retropatelar de início insidioso, que acomete principalmente indivíduos jovens fisicamente ativos, sendo 2,23 vezes mais comum em mulheres. Um sinal frequentemente reportado por indivíduos com DFP é a crepitação no joelho, caracterizada por um ruído audível, esmerilhamento ou vibrações palpáveis na região do joelho durante movimentos de flexão e extensão. É motivo frequente de queixas e mudanças de comportamento, devido à preocupação dos indivíduos com seu impacto na função e estrutura do joelho. Indivíduos com DFP possuem 4 vezes mais chances de apresentar crepitação no joelho comparado a indivíduos assintomáticos. Porém, nenhum estudo até o momento analisou se a crepitação é um fator de risco para o desenvolvimento de DFP. Objetivo: Portanto o objetivo geral desse estudo é investigar se a crepitação no joelho é um fator de risco para o desenvolvimento de DFP. Métodos: Tipo do estudo: Prospectivo. Participantes e instrumentos: Foram recrutadas 150 mulheres assintomáticas que foram orientadas a responder duas escalas (Escala Tampa para cinesiofobia e Escala de dor anterior no joelho para função autorreportada). Em seguida, as voluntárias foram orientadas a executar dois testes clínicos funcionais (Teste de descida de degrau e Teste de salto unipodal). Nos casos em que a voluntárias relataram início de dor no joelho, foi realizada uma avaliação extra para confirmar a presença de DFP. Análises estatísticas: Para analisar a existência de associação entre a crepitação e o surgimento de DFP durante o período do estudo, foi realizada regressão logística, sendo a ocorrência de DFP durante o período do estudo, o resultado. Após o período de um ano, quatro subgrupos foram identificados (Subgrupo i = Sem crepitação assintomáticas; Subgrupo ii = Sem crepitação e desenvolveram DFP; Subgrupo iii = Com crepitação assintomáticas e Subgrupo iv = Com crepitação e desenvolveram DFP) e comparados com através de uma análise de variância modelo misto para detectar as interações subgrupo*avaliação, no caso das interações significativas, foi utilizado o post hoc de Bonferroni para realizar as comparações entre grupos e entre avaliações (avaliação inicial x avaliação final). Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos na avaliação inicial (p > 0,05) para a altura, massa corporal, cinesiofobia e função objetiva. Das 150 participantes analisadas, 34 (22,7%) desenvolveram DFP durante o período de um ano do estudo, das quais 29,3% apresentaram crepitação na avaliação inicial. Não houve relação entre a crepitação no joelho obtiva na avaliação inicial comprada entre os grupos (Grupo DFP e Grupo controle) através do teste Qui-quadrado (p = 0,078). Não foi encontrada associação significativa ente a presença de crepitação analisada pelo teste de palpação e o desenvolvimento de DFP em mulheres jovens após um ano de estudo (RC = 2,17 (0,98 a 4,81); p = 0,054).
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Porém, nenhum estudo até o momento analisou se a crepitação é um fator de risco para o desenvolvimento de DFP. Objetivo: Portanto o objetivo geral desse estudo é investigar se a crepitação no joelho é um fator de risco para o desenvolvimento de DFP. Métodos: Tipo do estudo: Prospectivo. Participantes e instrumentos: Foram recrutadas 150 mulheres assintomáticas que foram orientadas a responder duas escalas (Escala Tampa para cinesiofobia e Escala de dor anterior no joelho para função autorreportada). Em seguida, as voluntárias foram orientadas a executar dois testes clínicos funcionais (Teste de descida de degrau e Teste de salto unipodal). Nos casos em que a voluntárias relataram início de dor no joelho, foi realizada uma avaliação extra para confirmar a presença de DFP. Análises estatísticas: Para analisar a existência de associação entre a crepitação e o surgimento de DFP durante o período do estudo, foi realizada regressão logística, sendo a ocorrência de DFP durante o período do estudo, o resultado. Após o período de um ano, quatro subgrupos foram identificados (Subgrupo i = Sem crepitação assintomáticas; Subgrupo ii = Sem crepitação e desenvolveram DFP; Subgrupo iii = Com crepitação assintomáticas e Subgrupo iv = Com crepitação e desenvolveram DFP) e comparados com através de uma análise de variância modelo misto para detectar as interações subgrupo*avaliação, no caso das interações significativas, foi utilizado o post hoc de Bonferroni para realizar as comparações entre grupos e entre avaliações (avaliação inicial x avaliação final). Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos na avaliação inicial (p > 0,05) para a altura, massa corporal, cinesiofobia e função objetiva. Das 150 participantes analisadas, 34 (22,7%) desenvolveram DFP durante o período de um ano do estudo, das quais 29,3% apresentaram crepitação na avaliação inicial. Não houve relação entre a crepitação no joelho obtiva na avaliação inicial comprada entre os grupos (Grupo DFP e Grupo controle) através do teste Qui-quadrado (p = 0,078). Não foi encontrada associação significativa ente a presença de crepitação analisada pelo teste de palpação e o desenvolvimento de DFP em mulheres jovens após um ano de estudo (RC = 2,17 (0,98 a 4,81); p = 0,054).Patellofemoral pain (PFP) is characterized by insidious onset of peri and/ or retropatelar pain, which mainly affects young physically active individuals, being 2.23 times more common in women. A sign frequently reported by individuals with PFP is knee crepitus, characterized by audible noise, grinding or palpable vibrations in the knee region during flexion and extension movements. Knee crepitus leads to concern, anxiety and fear feelings, with patients worrying about the impact of crepitus on their lives. These extreme beliefs have significant impact on patient’s behaviour. Individuals with PFP are 4 times more likely to have crepitus in the knee compared to asymptomatic individuals. However, no study has examined whether crepitus is a risk factor for the development of PFP. Objective: Therefore, the primary aim of this study was to investigate whether knee crepitus is a risk factor for the development of PFP. Methods: Type of study: Prospective. Participants and instruments: 150 asymptomatic women were recruited and instructed to answer two questionnaires (Tampa scale for kinesiophobia and Anterior knee pain scale for self-reported function). Then, the participants were instructed to perform two functional clinical tests (Forward step down test and Single leg hop test). In cases where participants reported knee pain, an extra evaluation was performed to confirm the presence of PFP. Statistical analyzes: To analyze the existence of an association between crepitus and the development of PFP during the study period, logistic regression was performed, with the occurrence of PFP during the study period being the result. After one year, four subgroups were identified (Subgroup i = No crepitus asymptomatic; Subgroup ii = No crepitus and developed PFP; Subgroup iii = With crepitus asymptomatic and Subgroup iv = With crepitus and developed PFP) and were compared using analysis of variance mixed model to detect interactions subgroup*evaluation, in the case of significant interactions, Bonferroni's post hoc was used to make comparisons between groups and between evaluations (initial evaluation x final evaluation). Results: There was no statistically significant difference between groups in the initial assessment (p> 0.05) for height, body mass, kinesiophobia and objective function. Of the 150 participants analyzed, 34 (22.7%) developed DFP during the period of one year of the study, of which 29.3% had knee crepitus in the initial evaluation. There was no relationship between the knee crepitus obtained in the initial evaluation between the groups (PFP Group and Control Group) using the Chi-square test (p = 0.078). No significant association was found between the presence of crepitus analyzed by the palpation test and the development of PFP in young women after one year of study (OR = 2.17 (0.98 a 4.81); p = 0.054).Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Azevedo, Fábio Mícolis de [UNESP]De Oliveira Silva, Danilo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Priore, Liliam Barbuglio Del [UNESP]2020-03-06T18:53:36Z2020-03-06T18:53:36Z2020-02-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19177700092946833004129045P286325040246170880000-0002-4187-7058porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-20T13:26:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191777Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:14:34.740599Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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