Sintomas depressivos e ansiosos em mães de recém-nascidos com e sem malformações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perosa, Gimol Benzaquen [UNESP]
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Canavez, Isabela Cristina, Silveira, Flávia Cristina Pereira [UNESP], Padovani, Flávia Helena Pereira [UNESP], Peraçoli, José Carlos [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000900003
http://hdl.handle.net/11449/12069
Resumo: OBJETIVO: comparar as condições emocionais de mães cujos filhos nascem com malformações visíveis (Grupo M) com as das mães de crianças eutróficas (Grupo E) logo após o nascimento. MÉTODO: foram avaliados os sintomas de ansiedade e depressão de 22 mães de cada grupo por meio do Inventário de Depressão de Beck (BDI) e do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Foram excluídas as mães portadoras de deficiência sensorial incapacitante, HIV, distúrbios psiquiátricos e síndromes genéticas. Os dados foram complementados com consultas a prontuários médicos da criança e da mãe. Para análise comparativa entre as medianas dos grupos foi utilizado o teste não-paramétrico U de Mann-Whitney; para amostras independentes e para os escores indicativos de sintomas clínicos, o teste exato de Fisher e o teste do χ2. RESULTADOS: houve diferenças significativas nas medianas dos escores das três subescalas (ansiedade-traço, ansiedade-estado e disforia/depressão) entre os dois grupos de mães. Houve uma porcentagem significativamente maior de mães do Grupo M com escores indicativos de sinais clínicos para depressão ou ansiedade no pós-parto imediato e, para ambos os quadros, quando comparadas com mães do Grupo E. Os resultados podem ser decorrentes de traços de personalidade materna, visto que os índices de ansiedade-traço eram significativamente maiores nas mães de crianças malformadas, mas especialmente pelo estado da criança, seu encaminhamento para a UTI e sua condição de vida futura. CONCLUSÕES: a porcentagem de mães de recém-nascidos com malformações visíveis que apresentou escores indicativos de sinais clínicos para ansiedade, depressão e ambos sugerem a necessidade de suporte, individual ou em grupo.
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spelling Sintomas depressivos e ansiosos em mães de recém-nascidos com e sem malformaçõesDepressive and anxious symptoms in mothers of newborns with and without malformationsDepressãoAnsiedade maternaMalformaçõesSaúde mentalDepressionMaternal anxietyCongenital abnormalitiesMental healthOBJETIVO: comparar as condições emocionais de mães cujos filhos nascem com malformações visíveis (Grupo M) com as das mães de crianças eutróficas (Grupo E) logo após o nascimento. MÉTODO: foram avaliados os sintomas de ansiedade e depressão de 22 mães de cada grupo por meio do Inventário de Depressão de Beck (BDI) e do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Foram excluídas as mães portadoras de deficiência sensorial incapacitante, HIV, distúrbios psiquiátricos e síndromes genéticas. Os dados foram complementados com consultas a prontuários médicos da criança e da mãe. Para análise comparativa entre as medianas dos grupos foi utilizado o teste não-paramétrico U de Mann-Whitney; para amostras independentes e para os escores indicativos de sintomas clínicos, o teste exato de Fisher e o teste do χ2. RESULTADOS: houve diferenças significativas nas medianas dos escores das três subescalas (ansiedade-traço, ansiedade-estado e disforia/depressão) entre os dois grupos de mães. Houve uma porcentagem significativamente maior de mães do Grupo M com escores indicativos de sinais clínicos para depressão ou ansiedade no pós-parto imediato e, para ambos os quadros, quando comparadas com mães do Grupo E. Os resultados podem ser decorrentes de traços de personalidade materna, visto que os índices de ansiedade-traço eram significativamente maiores nas mães de crianças malformadas, mas especialmente pelo estado da criança, seu encaminhamento para a UTI e sua condição de vida futura. CONCLUSÕES: a porcentagem de mães de recém-nascidos com malformações visíveis que apresentou escores indicativos de sinais clínicos para ansiedade, depressão e ambos sugerem a necessidade de suporte, individual ou em grupo.PURPOSE: the main goal of this study is to evaluate the emotional conditions among mothers of newborns with visible malformation (Group M) and mothers of eutrophic newborns (Group E) soon after birth. METHODS: twenty-two mothers from the Group M were matched by age and number of children to 22 mothers of the Group E. They were assessed through the Beck Depression Inventory (BDI) and the State-Trait Anxiety Inventory (STAI). The data were complemented by interviews and analyses of the medical files of both mother and child. RESULTS: the results have shown significant differences in the mean scores of the three subscales (trait anxiety, state anxiety, dysphoria/depression) between the two groups of mothers. In terms of clinical signs, there were a significantly larger percentage of mothers from Group M identified with depression and anxiety after the child's birth, and for both conditions when compared with mothers from Group E. Although the results may reflect characteristics of the maternal personality, the trait anxiety was significantly more evident in mothers of malformed children, especially due to the child's health condition, its referral to the ICU and his/her condition regarding their future life. CONCLUSION: the percentage of mothers with clinical depression and anxiety suggests the need for either individual or group support to attend the needs of the mothers and mitigate the adverse effects of stressors throughout the child's development. Support should also be provided during pregnancy, when the mothers currently receive the news about the malformation.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Neurologia, Psicologia e PsiquiatriaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Programa de Residência MédicaUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina de BotucatuUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Neurologia, Psicologia e PsiquiatriaUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina de BotucatuFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade de São Paulo (USP)Perosa, Gimol Benzaquen [UNESP]Canavez, Isabela CristinaSilveira, Flávia Cristina Pereira [UNESP]Padovani, Flávia Helena Pereira [UNESP]Peraçoli, José Carlos [UNESP]2014-05-20T13:35:07Z2014-05-20T13:35:07Z2009-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article433-439application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000900003Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 9, p. 433-439, 2009.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1206910.1590/S0100-72032009000900003S0100-72032009000900003S0100-72032009000900003.pdf764309763106913958711069103745548499437381595614SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-12T06:15:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12069Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-12T06:15:04Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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