Recuperação ambiental e estética de áreas degradadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Isaac Stringueta [UNESP]
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Meio_Ambiente/Trabalho34.htm
http://hdl.handle.net/11449/148137
Resumo: Aspectos Gerais do Trabalho: A utilização dos recursos naturais para os mais diversos fins e a consequente degradação dos mesmos, trouxeram a evolução de uma consciência ecológica e muitas providências por parte das autoridades criando-se uma série de instrumentos legais, conforme se observa pela atual legislação ambiental brasileira, que é uma das mais amplas do mundo. A recuperação ambiental e proteção dos entornos de represas, que envolve principalmente a utilização do recurso natural água, também estão definidas em Lei como se observa no artigo 2º, letra a, da Lei no. 4.771 (alteraa pela Lei nº. 7.803) em conjunto com a Resolução nº. 4, de 18 de setembro de 1985, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), consideram de preservação permanente e reservas ecológicas, respectivamente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto ou além do leito maior sazonal, medido em faixa marginal. Esta vegetação localizada em faixa marginal aos cursos d'água recebe a denominação de "área ripária", ou "área ciliar", tem sido utilizada por alguns autores para caracterizar tanto a porção do terreno que inclui a ribanceira do rio propriamente dita, como também a planície de inundação, com suas condições edáficas próprias, e a vegetação que aí ocorre ( a mata ripária ou ciliar). O conjunto, portanto, ou seja, a área, a mata e a vegetação associada, o piso florestal e as interações com o meio, poderia ser chamado de ecossistema ripário. A largura desta área ripária, portanto da faixa de mata ciliar, deve, é claro, variar com as condições da bacia hidrográfica.. As larguras mais comumente consideradas como próprias variam de 12 a 30 m de cada lado do canal. Contudo, esta faixa marginal de proteção pode chegar até os 600 metros, de acordo com a Lei no. 4.771 (alterada pela Lei nº. 7.8030). Com respeito a faixa de proteção ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais, a legislação define o seguinte: n de 30 metros para os que estejam situados em áreas urbanas; n de 100 metros para os que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d'água com até 20 hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros; e, n de 100 metros para as represas hidrelétricas. De acordo com os pesquisadores da área, o ecossistema ripário de proteção desempenha sua função ecológica e hidrológica através das seguintes formas: estabilização dessa área crítica, pelo desenvolvimento e manutenção de um emaranhado radicular, protegendo o solo contra a erosão e o curso d'água contra o assoreamento; tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático; diminuição e filtragem do escoamento superficial impedindo e dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático; integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimento para peixes e outros componentes da fauna aquática; intercepta e absorve radiação solar, contribuindo para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d' água. Com a finalidade de se realizar a recuperação ambiental e adaptação à legislação ambiental brasileira nos entornos das represas existentes no Condomínio Ibiti, cujas áreas destas somam aproximadamente 5,08 há , foi proposto e implantado o projeto denominado "Recuperação Ambiental do Ibiti", cujos objetivos envolveram a reposição vegetal das áreas marginais das represas, abordando-se nesse programa de melhoria da paisagem, tanto os aspectos relacionados a vegetação de caráter ornamental como aquela de preservação ambiental que interagem na recuperação florística da região. Desenvolvimento do Projeto: Quanto aos aspectos ambientais, que envolveram a recuperação florística, do solo e água; o projeto desenvolveu-se através da combinação de 55 espécies diferentes em sua grande maioria nativas, associando espécies pioneiras (crescimento rápido) , secundárias (crescimento com velocidade intermediária) e clímaxes (crescimento lento), ou seja aspecto relacionado à sucessão ecológica secundária, além disso levou-se em consideração as características ecofisiológicas das plantas, ou seja a adaptação das plantas quanto às características climáticas e edáficas (solo) de tal forma que as plantas se desenvolvam melhor em função de sua adaptação ao clima local, ao teor de nutrientes e de umidade do solo, e finalmente, utilizou-se também de plantas frutíferas atrativas para a fauna silvestre tanto de pássaros, abelhas, pequenos mamíferos e peixes. O plantio foi realizado no espaçamento 3 x 3 metros limitando-se a uma faixa marginal de 30 metros e, realizando-se adubação e calagem da seguinte forma: CALAGEM: aplicação de 2,0 kg/cova de calcário dolomítico. ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO: aplicação, por cova, em mistura com terra de superfície, 600g/cova da fórmula 10-10-10, 3,0 g de Bórax e 3,0 g de sulfato de zinco/cova e 20 litros/cova de esterco de curral. Aplicação por três vezes de 40g de uréia em cobertura 60,90 e 120 dias após plantio. No projeto executou-se o plantio de espécies de caráter ornamental nos trechos mais próximos às represas, de tal forma que em continuidade a essas plantou-se as espécies nativas de proteção. O estilo paisagístico escolhido para o plantio das espécies ornamentais, foi o tropical Paisagístico de Burle Marx, referência mundial em paisagismo, de adequação plena à região do parque Ibiti, área originalmente pertencente ao Complexo da Mata Atlântica. Foram dezenas de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas ornamentais, em sua maioria, pertencentes à flora brasileira, introduzindo também, algumas espécies exóticas adaptadas, que comporão uma macropaisagem de grande valor estético e protecionista do ambiente, devido à maior proteção do solo; diversidade biológica e recomposição de mata ciliar. Para o plantio das plantas ornamentais realizou-se o mesmo procedimento de calagem e adubação descrito para as espécies nativas. O ponto alto do Paisagismo ornamental coube à coleção de palmáceas e musáceas nativas brasileiras, e outras exóticas, de reconhecidos valores estéticos e funcionais, compondo ambiente de grande conforto visual e ambiental; tipicamente tropical.
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A recuperação ambiental e proteção dos entornos de represas, que envolve principalmente a utilização do recurso natural água, também estão definidas em Lei como se observa no artigo 2º, letra a, da Lei no. 4.771 (alteraa pela Lei nº. 7.803) em conjunto com a Resolução nº. 4, de 18 de setembro de 1985, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), consideram de preservação permanente e reservas ecológicas, respectivamente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto ou além do leito maior sazonal, medido em faixa marginal. Esta vegetação localizada em faixa marginal aos cursos d'água recebe a denominação de "área ripária", ou "área ciliar", tem sido utilizada por alguns autores para caracterizar tanto a porção do terreno que inclui a ribanceira do rio propriamente dita, como também a planície de inundação, com suas condições edáficas próprias, e a vegetação que aí ocorre ( a mata ripária ou ciliar). O conjunto, portanto, ou seja, a área, a mata e a vegetação associada, o piso florestal e as interações com o meio, poderia ser chamado de ecossistema ripário. A largura desta área ripária, portanto da faixa de mata ciliar, deve, é claro, variar com as condições da bacia hidrográfica.. As larguras mais comumente consideradas como próprias variam de 12 a 30 m de cada lado do canal. Contudo, esta faixa marginal de proteção pode chegar até os 600 metros, de acordo com a Lei no. 4.771 (alterada pela Lei nº. 7.8030). 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De acordo com os pesquisadores da área, o ecossistema ripário de proteção desempenha sua função ecológica e hidrológica através das seguintes formas: estabilização dessa área crítica, pelo desenvolvimento e manutenção de um emaranhado radicular, protegendo o solo contra a erosão e o curso d'água contra o assoreamento; tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático; diminuição e filtragem do escoamento superficial impedindo e dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático; integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimento para peixes e outros componentes da fauna aquática; intercepta e absorve radiação solar, contribuindo para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d' água. 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Foram dezenas de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas ornamentais, em sua maioria, pertencentes à flora brasileira, introduzindo também, algumas espécies exóticas adaptadas, que comporão uma macropaisagem de grande valor estético e protecionista do ambiente, devido à maior proteção do solo; diversidade biológica e recomposição de mata ciliar. Para o plantio das plantas ornamentais realizou-se o mesmo procedimento de calagem e adubação descrito para as espécies nativas. O ponto alto do Paisagismo ornamental coube à coleção de palmáceas e musáceas nativas brasileiras, e outras exóticas, de reconhecidos valores estéticos e funcionais, compondo ambiente de grande conforto visual e ambiental; tipicamente tropical.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Solos e Recursos Ambientas, Faculdade de Ciências Agronômicas de BotucatuUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Solos e Recursos Ambientas, Faculdade de Ciências Agronômicas de BotucatuUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Machado, Isaac Stringueta [UNESP]2017-01-18T15:46:00Z2017-01-18T15:46:00Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Meio_Ambiente/Trabalho34.htmhttp://hdl.handle.net/11449/1481375985167321144602PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-30T19:29:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148137Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:50:33.745262Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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Desenvolvimento do Projeto: Quanto aos aspectos ambientais, que envolveram a recuperação florística, do solo e água; o projeto desenvolveu-se através da combinação de 55 espécies diferentes em sua grande maioria nativas, associando espécies pioneiras (crescimento rápido) , secundárias (crescimento com velocidade intermediária) e clímaxes (crescimento lento), ou seja aspecto relacionado à sucessão ecológica secundária, além disso levou-se em consideração as características ecofisiológicas das plantas, ou seja a adaptação das plantas quanto às características climáticas e edáficas (solo) de tal forma que as plantas se desenvolvam melhor em função de sua adaptação ao clima local, ao teor de nutrientes e de umidade do solo, e finalmente, utilizou-se também de plantas frutíferas atrativas para a fauna silvestre tanto de pássaros, abelhas, pequenos mamíferos e peixes. O plantio foi realizado no espaçamento 3 x 3 metros limitando-se a uma faixa marginal de 30 metros e, realizando-se adubação e calagem da seguinte forma: CALAGEM: aplicação de 2,0 kg/cova de calcário dolomítico. ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO: aplicação, por cova, em mistura com terra de superfície, 600g/cova da fórmula 10-10-10, 3,0 g de Bórax e 3,0 g de sulfato de zinco/cova e 20 litros/cova de esterco de curral. Aplicação por três vezes de 40g de uréia em cobertura 60,90 e 120 dias após plantio. No projeto executou-se o plantio de espécies de caráter ornamental nos trechos mais próximos às represas, de tal forma que em continuidade a essas plantou-se as espécies nativas de proteção. O estilo paisagístico escolhido para o plantio das espécies ornamentais, foi o tropical Paisagístico de Burle Marx, referência mundial em paisagismo, de adequação plena à região do parque Ibiti, área originalmente pertencente ao Complexo da Mata Atlântica. 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