Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marconi, Camila [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/104556
Resumo: A vaginose bacteriana (VB) é a alteração de microbiota vaginal mais frequente em mulheres em idade reprodutiva.Inúmeras complicações ginecológicas e obstétricas são associadas à VB, como doença inflamatória pélvica, aumento do risco de aquisição de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), corioamnionite clínica e histológica e baixo peso ao nascimento. A VB se caracteriza pela substituição dos lactobacilos da microbiota vaginal por outras espécies bacterianas, na sua maioria anaeróbias. Estudos recentes demonstraram que várias espécies até então raramente ou nunca isoladas em laboratório são associadas à VB como Atopobium vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp. Essas espécies têm como característica comum a produção de ácido lático. Dessa forma, tem sido observado que mulheres assintomáticas podem apresentar ausência de lactobacilos na microbiota vaginal e predomínio de tais espécies. Portanto, alguns autores sugerem que elas possam contribuir para o equilíbrio do meio vaginal. Tendo em vista que os casos de VB apresentam grande heterogeneidade quanto à composição microbiológica, considera-se que a resposta imune também possa ser variável. A amplificação da resposta imune local na VB é um dos mecanismos que levam a maior suscetibilidade da mucosa vaginal à aquisição de DSTs, dentre as quais a infecção clamidiana que, é bastante frequente em nossa população. Embora estudos tenham demonstrado associação da infecção por Chlamydia trachomatis (CT) com a VB, poucos trabalhos avaliaram o perfil da resposta imune inata local nesses casos. O objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros da imunidade inata e atividade de sialidases nos casos de VB em relação a maior ou menor participação das espécies de A. vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp., além de comparar os níveis de citocinas pro-inflamatórias nos casos de VB de acordo com o status...
id UNSP_de0bc8f5fea5d473f9cf940e41059a97
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/104556
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacterianaGinecologiaVaginite bacterianaImunidade (Higiene)Bacterial vaginitisA vaginose bacteriana (VB) é a alteração de microbiota vaginal mais frequente em mulheres em idade reprodutiva.Inúmeras complicações ginecológicas e obstétricas são associadas à VB, como doença inflamatória pélvica, aumento do risco de aquisição de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), corioamnionite clínica e histológica e baixo peso ao nascimento. A VB se caracteriza pela substituição dos lactobacilos da microbiota vaginal por outras espécies bacterianas, na sua maioria anaeróbias. Estudos recentes demonstraram que várias espécies até então raramente ou nunca isoladas em laboratório são associadas à VB como Atopobium vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp. Essas espécies têm como característica comum a produção de ácido lático. Dessa forma, tem sido observado que mulheres assintomáticas podem apresentar ausência de lactobacilos na microbiota vaginal e predomínio de tais espécies. Portanto, alguns autores sugerem que elas possam contribuir para o equilíbrio do meio vaginal. Tendo em vista que os casos de VB apresentam grande heterogeneidade quanto à composição microbiológica, considera-se que a resposta imune também possa ser variável. A amplificação da resposta imune local na VB é um dos mecanismos que levam a maior suscetibilidade da mucosa vaginal à aquisição de DSTs, dentre as quais a infecção clamidiana que, é bastante frequente em nossa população. Embora estudos tenham demonstrado associação da infecção por Chlamydia trachomatis (CT) com a VB, poucos trabalhos avaliaram o perfil da resposta imune inata local nesses casos. O objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros da imunidade inata e atividade de sialidases nos casos de VB em relação a maior ou menor participação das espécies de A. vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp., além de comparar os níveis de citocinas pro-inflamatórias nos casos de VB de acordo com o status...Bacterial vaginosis (BV) is the most frequent type of abnormal vaginal flora in women in childbearing age. Several gynecological and obstetrical complications are associated with BV, such as pelvic inflammatory disease, increased risk for acquisition of sexually transmitted infections (STIs), clinical and histological chorioamnionitis and low birth weight. Bacterial vaginosis is characterized by the replacement of the vaginal lactobacilli by other bacterial species, mostly anaerobes. Recent studies show that many species, rarely or never isolated by culture, are highly associated with BV, such as Atopobium vaginae, Leptotrichia sp. and Megasphaera sp. In common, these bacteria have the characteristic of producing lactic acid. Study of the vaginal flora of asymptomatic women showed that these species may replace the lactobacilli, dominating the vaginal environment. Thus, some authors suggest that A. vaginae, Leptotrichia sp. and Megasphaera sp. may contribute to a balanced vaginal flora. Considering that BV cases are microbiologically heterogeneous, the immune response is also likely to differ among the women. An imbalanced local immune response is one of the mechanisms leading to increased acquisition of STIs, such as chlamydial infection, which is very frequent in our population. Although studies demonstrated a significant association of BV with Chlamydia trachomatis (CT), few studies evaluated the associated innate immune response. The objective of this study was to evaluate parameters of the innate immunity and sialidase activity in BV, in relation to the larger or samaller participation of A. vaginae, Leptotrichia sp. and Megasphaera sp., and to compare the levels of pro-inflammatory cytokines in BV cases according to the status of CT infection. We evaluated women that presented BV in the period of the study and the control group was composed by women with normal vaginal flora pattern. Vaginal ...Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Marcia Guimarães da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Marconi, Camila [UNESP]2014-06-11T19:33:24Z2014-06-11T19:33:24Z2012-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis69 f.application/pdfMARCONI, Camila. Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana. 2012. 69 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2012.http://hdl.handle.net/11449/104556000709875marconi_c_dr_botfm.pdf33004064056P54940791909535775Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-17T06:22:14Zoai:repositorio.unesp.br:11449/104556Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-17T06:22:14Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
title Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
spellingShingle Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
Marconi, Camila [UNESP]
Ginecologia
Vaginite bacteriana
Imunidade (Higiene)
Bacterial vaginitis
title_short Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
title_full Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
title_fullStr Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
title_full_unstemmed Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
title_sort Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana
author Marconi, Camila [UNESP]
author_facet Marconi, Camila [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Silva, Marcia Guimarães da [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Marconi, Camila [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Ginecologia
Vaginite bacteriana
Imunidade (Higiene)
Bacterial vaginitis
topic Ginecologia
Vaginite bacteriana
Imunidade (Higiene)
Bacterial vaginitis
description A vaginose bacteriana (VB) é a alteração de microbiota vaginal mais frequente em mulheres em idade reprodutiva.Inúmeras complicações ginecológicas e obstétricas são associadas à VB, como doença inflamatória pélvica, aumento do risco de aquisição de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), corioamnionite clínica e histológica e baixo peso ao nascimento. A VB se caracteriza pela substituição dos lactobacilos da microbiota vaginal por outras espécies bacterianas, na sua maioria anaeróbias. Estudos recentes demonstraram que várias espécies até então raramente ou nunca isoladas em laboratório são associadas à VB como Atopobium vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp. Essas espécies têm como característica comum a produção de ácido lático. Dessa forma, tem sido observado que mulheres assintomáticas podem apresentar ausência de lactobacilos na microbiota vaginal e predomínio de tais espécies. Portanto, alguns autores sugerem que elas possam contribuir para o equilíbrio do meio vaginal. Tendo em vista que os casos de VB apresentam grande heterogeneidade quanto à composição microbiológica, considera-se que a resposta imune também possa ser variável. A amplificação da resposta imune local na VB é um dos mecanismos que levam a maior suscetibilidade da mucosa vaginal à aquisição de DSTs, dentre as quais a infecção clamidiana que, é bastante frequente em nossa população. Embora estudos tenham demonstrado associação da infecção por Chlamydia trachomatis (CT) com a VB, poucos trabalhos avaliaram o perfil da resposta imune inata local nesses casos. O objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros da imunidade inata e atividade de sialidases nos casos de VB em relação a maior ou menor participação das espécies de A. vaginae, Leptotrichia sp. e Megasphaera sp., além de comparar os níveis de citocinas pro-inflamatórias nos casos de VB de acordo com o status...
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-03-01
2014-06-11T19:33:24Z
2014-06-11T19:33:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MARCONI, Camila. Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana. 2012. 69 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2012.
http://hdl.handle.net/11449/104556
000709875
marconi_c_dr_botfm.pdf
33004064056P5
4940791909535775
identifier_str_mv MARCONI, Camila. Aspectos clínicos, microbiológicos e da regulação da imunidade inata na vaginose bacteriana. 2012. 69 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2012.
000709875
marconi_c_dr_botfm.pdf
33004064056P5
4940791909535775
url http://hdl.handle.net/11449/104556
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 69 f.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799965318568738816