Caso Rushdie: direitos humanos e islamismo como instrumentos de conflito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Luana Hordones [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/109303
Resumo: Quando o romance Os versos satânicos, do escritor indo-britânico Salman Rushdie, foi publicado na Inglaterra em 1988, criou-se uma grande controvérsia, que se espalhou pelo Ocidente e países de maioria islâmica. O episódio, que revelou de forma contundente a oposição entre os fundamentos ético-morais islâmicos e os do Ocidente e provocou graves conflitos político-econômicos envolvendo tanto as potências ocidentais como nações do Oriente, é o ponto de partida deste estudo de Luana Hordones Chaves. Apesar de se tratar de uma obra de ficção, ao retratar o profeta Maomé e personagens da religião islâmica de forma desrespeitosa, o livro provocou revolta no mundo muçulmano e mesmo na Inglaterra, onde foi queimado em praça pública em protesto contra as leis inglesas, que ate então puniam a blasfêmia contra o Cristianismo. Manifestações contra a publicação foram observadas no Paquistão, Turquia e Índia. Mas no Irã, a reação atingiu o ápice, quando o aiatolá Khomeini, presidente da República Islâmica do Irã, mesmo sem recorrer às leis do islamismo para justificar sua decisão, decretou sentença de morte ao escritor e a todos os que estavam envolvidos com o livro, sob acusação de blasfêmia. A fatwa (decreto) do líder iraniano provocou o rompimento de relações diplomáticas da Inglaterra com o Irã e foi condenada pela Conferência Islâmica por 44 dos 45 países participantes. Se por um lado a sentença de morte de Rushdie é carregada de referências à lei islâmica e aos valores e concepção de vida próprios da religião, por outro, as potências ocidentais condenaram a fatwa com base nos direitos à vida e de liberdade de expressão garantidos pelos Direitos Humanos. A autora analisa as relações entre Islamismo e Direitos Humanos e entre Ocidente e Oriente, as quais perpassam a relação entre religião e modernidade. E conclui a obra com um amplo debate sobre a questão da universidalidade...
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