O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mittmann, Daniel [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/90125
Resumo: A pesquisa em mãos discute acerca da dimensão cultural e social da prática da pichação paulista, conhecido como “pixo” e ou Escola Paulista de Pichação, bem como da sua relação com as questões do ordenamento jurídico e dos movimentos de positivação da ilegalidade e da marginalidade por parte dos pichadores. Para tal empreitada partimos de alguns momentos destacáveis na história e no espaço que percebemos serem importantes de ênfase, momentos em que a escrita no espaço público urbano ganhou forma e fora posteriormente repelida pelo ordenamento e pelos governamentos locais. Falamos nas pichações políticas de Paris no maio de 1968, do grafite étnico e racial da cidade de Nova Iorque dos anos de 1970, da pichação de protesto político dos Palestinos, bem como do surgimento da pichação poética na capital paulista no final dos anos da década de 1970. A partir dessas primeiras diferenciações foi possível entendermos as características e particularidades da “pixação” paulista, o “pixo”, oriunda dos primeiros anos de 1980 e presente até hoje pelas grandes cidades do estado de São Paulo. Focando no movimento da “pixação” paulista – sobretudo nas cidades de São Paulo e de Campinas – procuramos entender as relações desse circuito e de seus atores – os pichadores – para com os programas de combate a prática da pichação, tão em voga nos municípios paulistas. Partindo do exemplo de Campinas, cidade que conta com este formato de programa anti-pichação desde março de 2009, arriscamos entender qual a relação do pichador e de sua prática – a escritura ilegal de nomes – com os diversos cerceamos jurídicos e morais que atingem esta forma de agir no espaço urbano. Buscamos em autores como Michel Foucault...
id UNSP_e36afaa6a197d2f03e207c5072b84d26
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/90125
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulistaPichação de muros - HistóriaEspaço urbanoSociologia urbanaA pesquisa em mãos discute acerca da dimensão cultural e social da prática da pichação paulista, conhecido como “pixo” e ou Escola Paulista de Pichação, bem como da sua relação com as questões do ordenamento jurídico e dos movimentos de positivação da ilegalidade e da marginalidade por parte dos pichadores. Para tal empreitada partimos de alguns momentos destacáveis na história e no espaço que percebemos serem importantes de ênfase, momentos em que a escrita no espaço público urbano ganhou forma e fora posteriormente repelida pelo ordenamento e pelos governamentos locais. Falamos nas pichações políticas de Paris no maio de 1968, do grafite étnico e racial da cidade de Nova Iorque dos anos de 1970, da pichação de protesto político dos Palestinos, bem como do surgimento da pichação poética na capital paulista no final dos anos da década de 1970. A partir dessas primeiras diferenciações foi possível entendermos as características e particularidades da “pixação” paulista, o “pixo”, oriunda dos primeiros anos de 1980 e presente até hoje pelas grandes cidades do estado de São Paulo. Focando no movimento da “pixação” paulista – sobretudo nas cidades de São Paulo e de Campinas – procuramos entender as relações desse circuito e de seus atores – os pichadores – para com os programas de combate a prática da pichação, tão em voga nos municípios paulistas. Partindo do exemplo de Campinas, cidade que conta com este formato de programa anti-pichação desde março de 2009, arriscamos entender qual a relação do pichador e de sua prática – a escritura ilegal de nomes – com os diversos cerceamos jurídicos e morais que atingem esta forma de agir no espaço urbano. Buscamos em autores como Michel Foucault...The research discusses about the cultural and social dimension of the practice of pichação in São Paulo, known as Pixo or Paulista School of Pichação, its relationship with the issues of legal and illegal movements and the positive illegality and marginality by the writers. For this task we set off from moments in history and space we perceive to be important: times when the writing on urban public space took shape and was subsequently repealed by the local people and by local governing. We talk about political graffiti in Paris on May 1968, ethnic and racial graffiti in the city of New York in the 1970s, the graffiti of political protest by Palestinians, as well as the emergence of poetic graffiti in downtown São Paulo at the end of the decade of 1970. From these early differentiations it was possible to understand the characteristics and peculiarities of pichação in São Paulo, the “Pixo”, which derived from the early 1980s and continued until now at big cities in São Paulo state. Focusing on the movement of “pichação” – especially in the cities of São Paulo and Campinas – we try to understand the relations of the Paulista circuit and its actors – taggers – with local programs against the practice of pichação, popular among local government officials/municipal officials/city managers. Following the example of Campinas, a city that has such a program since March 2009, we try to understand the relationship between the writer and their practice – writing illegal names – among various legal and moral limits that reach this act in the form of urban space. We turn to authors like Michel Foucault, Gilles Deleuze and Felix Guattari and others for theoretical tools and support to target that practice, trying to understand how self-writing and machine-war can be... (Complete abstract click electronic access below)Secretaria de Educação do Estado de São PauloUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Camargo, Maria Rosa Rodrigues Martins de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Mittmann, Daniel [UNESP]2014-06-11T19:24:19Z2014-06-11T19:24:19Z2012-08-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis124 f. : il.application/pdfMITTMANN, Daniel. O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista. 2012. 124 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2012.http://hdl.handle.net/11449/90125000702139mittmann_d_me_rcla.pdf33004137064P23060869388251465Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-19T06:18:44Zoai:repositorio.unesp.br:11449/90125Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:42:28.799016Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
title O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
spellingShingle O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
Mittmann, Daniel [UNESP]
Pichação de muros - História
Espaço urbano
Sociologia urbana
title_short O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
title_full O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
title_fullStr O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
title_full_unstemmed O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
title_sort O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista
author Mittmann, Daniel [UNESP]
author_facet Mittmann, Daniel [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Camargo, Maria Rosa Rodrigues Martins de [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Mittmann, Daniel [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Pichação de muros - História
Espaço urbano
Sociologia urbana
topic Pichação de muros - História
Espaço urbano
Sociologia urbana
description A pesquisa em mãos discute acerca da dimensão cultural e social da prática da pichação paulista, conhecido como “pixo” e ou Escola Paulista de Pichação, bem como da sua relação com as questões do ordenamento jurídico e dos movimentos de positivação da ilegalidade e da marginalidade por parte dos pichadores. Para tal empreitada partimos de alguns momentos destacáveis na história e no espaço que percebemos serem importantes de ênfase, momentos em que a escrita no espaço público urbano ganhou forma e fora posteriormente repelida pelo ordenamento e pelos governamentos locais. Falamos nas pichações políticas de Paris no maio de 1968, do grafite étnico e racial da cidade de Nova Iorque dos anos de 1970, da pichação de protesto político dos Palestinos, bem como do surgimento da pichação poética na capital paulista no final dos anos da década de 1970. A partir dessas primeiras diferenciações foi possível entendermos as características e particularidades da “pixação” paulista, o “pixo”, oriunda dos primeiros anos de 1980 e presente até hoje pelas grandes cidades do estado de São Paulo. Focando no movimento da “pixação” paulista – sobretudo nas cidades de São Paulo e de Campinas – procuramos entender as relações desse circuito e de seus atores – os pichadores – para com os programas de combate a prática da pichação, tão em voga nos municípios paulistas. Partindo do exemplo de Campinas, cidade que conta com este formato de programa anti-pichação desde março de 2009, arriscamos entender qual a relação do pichador e de sua prática – a escritura ilegal de nomes – com os diversos cerceamos jurídicos e morais que atingem esta forma de agir no espaço urbano. Buscamos em autores como Michel Foucault...
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-08-21
2014-06-11T19:24:19Z
2014-06-11T19:24:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MITTMANN, Daniel. O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista. 2012. 124 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2012.
http://hdl.handle.net/11449/90125
000702139
mittmann_d_me_rcla.pdf
33004137064P2
3060869388251465
identifier_str_mv MITTMANN, Daniel. O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulista. 2012. 124 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2012.
000702139
mittmann_d_me_rcla.pdf
33004137064P2
3060869388251465
url http://hdl.handle.net/11449/90125
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 124 f. : il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129237308145664